ORIGENS DA VIDA
Uma
carta para Alfred Wallace. 4
Alfred
Russel Wallace – Vida E Sua Primeira Teoria da Evolução. 8
Entre Wallace e Darwin – A
Evolução. 18
‘Wallace
E A Amazônia’. 21
O
Arquipélago Malaio. 23
Darwin e o arquipélago de
Galápagos. 26
Wallace
e as variedades de Mariposas– e a prova cientifica da
seleção
natural. 32
Darwin e a classificação das
cracas. 34
Wallace e o
seu Ensaio sobre a tendência das
variedades de se
afastarem
indefinidamente do tipo original. 37
Mais mistérios inexplicados – as cartas
de Wallace e Darwin. 37
Alfred
Russel Wallace e suas bases cientificas para a teoria da
evolução.
Biografia. 41
Homenagem: ALFRED
RUSSEL WALLACE. 50
Reunião
da Sociedade Lineana em
1858, para apresentação dos trabalhos sobre evolução natural desenvolvidos por
Wallace e Darwin. 52
Separando
o que Hooker e Lyell juntaram entre as teorias da
evolução
e da seleção natural de Wallace e as de Darwin.
Divergência Evolutiva - Síntese moderna – Deriva
Genética - Evo Devo - Epigenética
-
Evolução
paralela = Seleção natural de Wallace.
63
Epigenética
– e a seleção natural de Wallace. 67
‘A seleção natural é uma lei
Universal’. 69
Origem
Da Evolução Biométrica. 74
Evolução – Biométrica – Humana. 76
Mito Da
Imagem Famosa Da Evolução Humana, Baseada
No
Gradualismo Darwiniano. 83
ERRO DO
GRADUALISMO DARWINIANO. 85
BASES
BIOMÉTRICAS. 90
Biométrica Sexual. 109
Seleção Biométrica Espaço-Terra.
111
Processos
físicos interferem na Biométrica da Terra. 116
DNA – BIOMÉTRICO. 116
‘Cada’ organismo é um bioma, são
biomas dentro de Biomas... 122
Epigenética – Biométrica. 129
Não paramos
de evoluir – Biométrica alimentícia. 143
Biométrica Espacial. 145
ESTUDO BRASILEIRO PODE MUDAR TUDO
O QUE SABEMOS SOBRE A EVOLUÇÃO HUMANA. LIDERADO PELO O GRANDE PROFESSOR WALTER
NEVES.. 164.
Dinossauros
e mamíferos da Biométrica - Mamíferos eram
notívagos até extinção dos
dinossauros, diz estudo.
Uma carta para Alfred Wallace
Cariríssimo Alfred Wallace,
foi com grande jubilo, que recebi sua
carta sobre sua teoria da evolução e seleção natural, em
meu peito nasceu um Sol, ao tormar conhecimento que iniciares aqui vossas teorias, em nossos
majestosos rios Negro e Solimões, em nossa emblemática Floresta Amazônica.
Sua carta demorou a chegar a minhas
mãos cento e sessenta e um anos, mas como dizem ‘mais
antes tarde do que nunca’, porem, às vezes é preciso
entender que, algumas coisas tem seu próprio tempo, e não
tem jeito que der jeito.
Suas cartas saíram da Amazônia, para a
Inglaterra, da
Inglaterra para o Arquipélago Malaio (Indonésia), retornando para sua amada
Inglaterra, e agora voltam para a sua e minha, amada Amazônia.
Apesar de não merece-las, esse homem
simples, um homem do povo, lutará com afinco e destreza
para justificar tamanho mérito,
responsabilidade.
Poderíamos chamar isso de ‘ironia do
destino’, porém, chamo de ‘glória do destino’, seu
valioso trabalho cientifico saiu da Amazônia e voltou para as mãos de um
Amazono, que quando garoto brincou e
pescou nos fabulosos rios em que criastes tuas teorias,
que tu amastes, mas também que te deram grandes
dores,
como a morte por febre amarela do teu estimado irmão em Belém, depois partistes
da Cidade dos deuses (Manaus) para a Inglaterra.
Sem me delongar, pois és um homem
extremamente ocupado em desvendar os segredos ocultos
pela a natureza.
Li suas cartas em estado de êxtase, pela
tamanha clareza de pensamento, és um exímio
observador,
daquele que sabe que, no óbvio pode está o maior dos erros, a maior das
descobertas. Então, em
minha ínfima
sabedoria, desenvolvi meu trabalho, que
havia iniciado
em meu livro Ciensofia, dedicado mais as
questões da ciência física, mas que já havia aplicado o
termo Biométrica nele, a base da minha evolução e seleção biométrica, já se encontra
nesse livro, sua proposta básica é unificar a ciência biológica com a ciência
física.
Suas expedições pelos os rios amazônicos,
e pelo o
arquipélago Malaio, são inspiradoras, quanta
coragem, quanta paixão pelo o conhecimento, não tenho
duvidas, teu nome está marcado para sempre na historia da ciência.
Em minha carta parto da sua dinâmica
historia de vida, analiso suas ideias, e pesquisas em
relação
a Charles Darwin, este que representa para vossa senhoria um grande símbolo da
ciência, um mestre. Comparo sua visão da
evolução e seleção natural em relação à evolução e seleção natural
proposta
por teu estimado Darwin, e como elas influenciam os mais variados ramos da
ciência biológica moderna.
Se em minhas observações, concordares
pelo
menos em cinco por cento delas, isso será para mim, algo de valor inestimável,
pois cada pequeno avanço na
ciência, representa um marco para a humanidade.
Aguardo
com ânsia do tamanho dos rios amazônicos tua resposta.
Edson Exs, Manaus,
Amazônia,
20032021
Dedicado a Alfred Russel Wallace
Alfred Russel Wallace – Vida E Sua
Primeira Teoria da Evolução.
O naturalista inglês Alfred
Russel Wallace
nasceu em 8/1/1823 em Usk, Monmouthshire. Até morrer em
Broadstone, em 7/11/1913, escreveu prolificamente sobre biologia, socialismo e
vários outros assuntos. Ele foi o oitavo dos nove filhos de Thomas Wallace e
Mary Greenell, um casal de posses modestas que, não obstante, durante a sua
infância, editou uma revista literária e manteve uma das livrarias da cidade,
atividades que se mostraram favoráveis à formação do menino. Entrementes, esse
período foi marcado pelas limitações que as dificuldades financeiras de sua
família trouxeram e pela morte, pois quatro das cinco irmãs mais velhas do
infante Alfred faleceram antes de alcançar a idade adulta. Como sua saúde
também não era exemplar, em torno dele houve uma perene atmosfera de medo; mas
o pior não adveio e, embora a considerasse
tediosa, recebeu as primeiras letras na escola de gramática de Hertford.
Sua tendência para o estudo e a presença de livros tanto na escola quanto em
casa acabaram por fazer da leitura a atividade preferida do futuro cientista
(cf. Smith, 2003a, p. 1; Tort, 1996, p. 4565).
Por volta de 1835, a família do
adolescente
Alfred Wallace entrou numa crise econômica aguda e, no
fim de
1836, aos treze anos, ele teve de deixar a escola e
seguir rumo a Londres para trabalhar com o irmão John Wallace. No início de
1837, o jovem trabalhador conheceu alguns simpatizantes
de Robert Owen, chegando a ouvir o próprio líder trabalhista discursar; desde
então, tornou-se socialista, não-conformista e descrente das formas religiosas
predominantes na Inglaterra. Em meados de 1837, partiu para Bedforshire, para
aprender topografia com seu irmão William Wallace, que adquirira uma empresa do
ramo; nos anos subsequentes, dentre outras ciências, procurou aprender
geometria, cartografia, botânica, geologia e astronomia. Por volta de 1841,
associou-se aos institutos de mecânica de Hereford e de Neath, passando a fazer
conferências sobre tecnologia e história natural (cf. Smith, 2003a, p. 2;
Smith, 2003b, p. 1).
Em
1842, Wallace teve contato com o tema que
haveria de empolgá-lo pelo restode sua vida, ao ler o Tratado sobre a geografia e a classificação
dos animais, de William Swainson. Esta obra, publicada em 1835,
didaticamente expunha as diversas doutrinas sobre os centros de criação, da
crença bíblica de que Deus criou as espécies tal como agora existem no jardim
do Éden até os múltiplos centros de criação do criacionismo modificado do
século dezenove; contudo, para esse teólogo natural, os mecanismos da dispersão
posterior à criação, qualquer que fosse
o seu modo correto, estariam fora das possibilidades do
conhecimento humano, permanecendo assim um invencível mistério divino (cf.
Tort, 1996, p. 4566). Alguns anos se passariam, até que a importância dessa
primeira introdução a zoogeografia e sistemática se mostrasse por completo.
Nesse ínterim, no fim de 1843, a
firma de William entrou em crise e, no início de1844, Wallace empregouse no
Collegiate School de Leicester como mestre-escola de desenho, topografia,
inglês e aritmética; a boa biblioteca do colégio forneceu ao novo professor do
primário acesso a várias obras importantes de história natural. No final desse
ano e nessa cidade, conheceu o jovem naturalista Henry Bates que, apesar de
moço, era um entomologista com alguma experiência – a coleção de insetos e as
atividades de coleta do novo amigo logo capturaram o interesse de Wallace (cf.
Smith, 2003a, p. 2).
Trabalhar e viver em Leicester,
ainda que por
pouco tempo, foi para Wallace de grande valia, pois
nesse período pôde ler os relatos de viagem de Humboldt e Darwin; ademais, no
plano teórico, a leitura dos Princípios
de geologia mostrou-se decisiva para ele (cf. Tort, 1996, p. 4566) por duas
razões: a) nessa obra, Charles Lyell desenvolveu uma teoria uniformitarista em
geologia, sustentando que a superfície da Terra teria sempre se alterado
fundamentalmente de forma gradual,
tendo por agentes as forças naturais conhecidas, tais como a chuva,
a neve, a erosão, a deposição, a sedimentação, o vento etc.
Essa tese contrastava com a da
escola
criacionista ortodoxa, então dominante, para a qual a
face do mundo seria o resultado de catástrofes periódicas, revoluções
geológicas similares ao dilúvio bíblico; b) em biologia, para refutar o
transformismo de Lamarck, Lyell expôs criteriosamente a filosofia zoológica do
escritor francês; em seu lugar, o problema da extinção das espécies foi respondido
com a tese do retorno das variedades à forma original para recompor a população
extinta. Wallace adotou sem restrições o gradualismo naturalista, transpondo-o
para o seu pensamento biológico; não obstante, com o tempo, a resposta de Lyell
para o repovoamento da Terra veio a lhe parecer
sumamente insatisfatória (cf. Horta, 2003, p. 241, n. 2).
Na páscoa de 1845, William
Wallace morreu
inesperadamente, e Wallace retornou para Neath, no sul
do País de Gales, para conduzir o negócio deixado pelo irmão (cf.Ferreira,
1990, p. 19); logo em seguida, irritado com os encargos das tarefas puramente
administrativas, voltou a atuar como intelectual, tornando-se curador do Museu
do Instituto de Filosofia e Literatura de Neath (cf. Smith, 2003a, p. 2). Sua formação
teórica continuava em curso e, na carta para Bates de 9/11/1845, Wallace
escreveu sobre outra influência marcante que recebeu: no outono desse ano, leu
um livro publicado anonimamente em 1844 (apenas na última edição, a de 1884, é
que Robert Chambers se apresentou como o autor), os Vestígios da criação (cf. Ferreira, 1990, p. 19; Tort, 1996,p.
4567). Sua posição central, que
marcou profundamente o pensamento de Wallace, é a que segue:
a idéia que concebo do progresso
da vida
orgânica sobre o globo ... é que o tipo mais simples e mais primitivo (sob
uma lei à qual está subordinada a produção do semelhante) deu origem ao tipo
seguinte acima dele e este produziu o próximo tipo mais elevado – assim
sucessivamente, até o mais alto de todos; como os graus de avanço, em todos os casos, sempre foram
pequenos (a saber, apenas de uma espécie a
outra), o fenômeno sempre possuiu um caráter
simples e modesto (apud
Papavero & Bousquets, 1994, p. 20).
Possivelmente por não ter sido
educado na
biologia e teologia ortodoxas, Wallacemostrou-se aberto
à tese advogada por Chambers, sobre a continuidade natural e progressivana
história dos seres vivos. Entusiasmado, na carta para Bates de 28/12/45,Wallace
escreveu que os Vestígios da criação sustentavam
uma ―hipótese engenhosa fortementeapoiada sobre fatos e analogias
impressionantes, mas que resta provar‖ e queo papel do naturalista era
descobrir o que ―cada fato que se observa pode indicar seja afavor ou contra
esta hipótese‖ (apud Tort, 1996, p.
4567). Nessa época, Wallace entendeu que o futuro imediato da ciência biológica
de ponta consistia em evidenciar a evolução contínua, gradual e progressiva dos
seres vivos, além de demonstrar como o seu mecanismo ou causa eficiente opera,
originando as espécies de forma estritamente natural (cf. Horta, 2003, p. 219;
Horta, 1998).
A inquietude existencial de
Wallace manifesta
em sua insatisfação
profissional, sugere que sua vocação para a história natural o
pressionava e, em 1847, quando da oportuna leitura de Uma viagem Amazonas acima, do americano
Witt Edwards, uma forma alternativa de ganhar a vida se lhe apresentou: ele
resolveu tornarse um profissional em história natural (cf. Ferreira, 1990, p.
23).
Em 1848, Wallace convenceu Bates
a
acompanhá-lo à bacia amazônica com um triplo intento:
1) remeter espécies zoológicas para museus e amadores ricos; 2) estudar a
relação entre as espécies mais ou menos isoladas e os afluentes do Amazonas; 3)
verificar se a transmutação resulta da modificação de uma espécie preexistente,
por meio do processo natural de geração (cf.Tort, 1996, p. 4567). Nas palavras
de Bates:
o plano consistia em fazermos
uma coleção de
objetos, i.e., insetos, pássaros, peixes etc., vender
as duplicatas em Londres para pagar as despesas, e assim obter dados com o
objetivo, como o Sr. Wallace se expressou em uma das suas cartas, de resolver o
problema da origem das espécies, um assunto sobre o qual tínhamos conversado
muito e discutido na nossa correspondência (apud
Ferreira, 1990, p. 22).
Em 24/04/1848, Wallace (com
vintee cinco
anos) e Bates (com vinte e três) partiram para Belém
rumo ao rio Amazonas e, em 28/05/1848, desembarcaram no Pará; no plano teórico,
ambos estavam interessados, principalmente, na distribuição das borboletas e
aves em função da presença ou da ausência de barreiras naturais, a chave que
então dispunham para o problema da origem das espécies. Essa hipótese talvez
seja devida à leitura de Buffon, para quem possivelmente: todos esses animais
do novo mundo seriam, no fundo, os mesmos do antigo, dos quais outrora
obtiveram sua origem: poder-se-ia dizer que, sendo em algum momento separados
por mares imensos ou por terras impraticáveis, com o tempo eles receberam todas
as impressões e sofreram todos os efeitos de um clima rigoroso (novo, mesmo), e
que também mudaram de qualidade pelas mesmas causas que produziram a separação;
que, em consequência, eles diminuíram com o tempo, se desnaturalizaram etc. (apud Papavero & Bousquets, 1994, p.
6).
Wallace e Bates trabalharam juntos
até fins de 1848, quando fizeram uma expedição pelo Tocantins; então,
Wallace seguiu para o Rio Negro e Bates para o
Solimões(em 1850, reencontraram-se brevemente). Bates permaneceu na região por
onze anos, só retornando à Inglaterra em 1859 (cf. Ferreira, 1990, p. 25); em
1861, publicou um artigo sobre o mimetismo nas borboletas amazônicas que Darwin
recebeu com entusiasmo, pois nele há praticamente a observação da formação
natural de uma nova espécie de borboleta, através da união de um tipo de semelhança
mimética (cf. Tort, 1996,p. 4567), a partir de então chamada ―batesiana‖, com a
seleção natural. Por sua vez, Wallace subiu o Rio Negro para além do que
qualquer outro europeu jamais houvera ido, desenhando um mapa da região
suficientemente acurado para tornar-se padrão por muitos anos. Imbuído do
uniformitarismo de Lyell e do evolucionismo de Chambers, ele buscava fatos que
fornecessem não apenas uma gradual descendência.
A primeira teoria evolucionista
de Wallace
natural, mas um princípio de divergência que permitisse
apresentar a sistemática como uma árvore ramificada, como postulara Hugh
Strickland (cf. Tort, 1996, p. 4153), para quem:
O sistema natural pode ser,
talvez, melhor
comparado com uma árvore irregularmente ramificada, ou
com um conjunto de árvores e arbustos separados, de vários tamanhos e modos de
crescimento (apud Papavero &
Bousquets, 1994, p.
22-3).
Apesar de ser a sua melhor
hipótese, a
ramificação por separação geográfica da população das
espécies devida a eventos geológicos daria tanto? No início de 1852, quatro
anos após chegar à Amazônia, Wallace estava doente e sem condições de
continuar; decidiu então retornar à Inglaterra, começando uma longa viagem de
volta pelo Rio Negro e Amazonas até Belém. Quando finalmente alcançou essa
cidade, em 2/7/1852, soube que seu irmão mais jovem, Herbert (que esteve
trabalhando na região desde 1849), morrera de febre amarela tentando embarcar
do Pará para a Inglaterra, em 1851(cf. Smith, 2003a, p. 3). Abalado
emocionalmente e teoricamente insatisfeito, Wallace juntou suas coleções
pessoais, os volumes de seu diário e partiu; surpreendentemente, em 6/8/1852, o
barco em que velejava pegou fogo e afundou, levando tudo (com exceção de parte
do diário e alguns desenhos de peixes do Rio Negro) – por dez dias Wallace e
outros náufragos sobreviveram em botes precários, sendo salvos por um cargueiro
que passava rumo à
Inglaterra, onde chegou em
1/10/1852 (cf. Smith, 2003a, p. 3; Ferreira, 1990, p. 33).
Em 1853, Wallace publicou Uma narrativa de
viagens no
Amazonas e no Rio Negro, no qual sustentou que a dispersão das espécies e
das variedades nas margens desse braço do Amazonas se relaciona a sua condição
de obstáculo geográfico. Embora positiva, o livro teve uma repercussão muito
pequena, e a velha dificuldade financeira voltou a se apresentar: com vinte e
nove anos, Wallace era razoavelmente conhecido como naturalista viajante, mas
precisava voltar ao trabalho. Provavelmente, a escolha de viajar para o
Arquipélago Malaio ligava-se à sua convicção de que a hipótese da separação geográfica
da população das espécies devida a eventos geológicos podia explicar
satisfatoriamente a origem das espécies; assim, ele procurou um lugar em que a
descontinuidade espacial é a regra.
Em meados do século XIX, a região
do Arquipélago Malaio era pouco explorada e perigosa – entre 1821 e 1851, ao
menos doze zoólogos ali morreram. Todavia, como evolucionista, Wallace deve
tê-la avaliado como cientificamente estratégica, em razãoda presença de tribos
―não-civilizadas‖ e orangotangos (cf. Tort, 1996, p. 4567).
Apesar de considerá-las uma
chave para a
evolução, ao retornar da Amazônia para a Inglaterra,
Wallace manifestava uma posição incomum para o século XIX, e não chamava as
tribos selvagens de ―primitivas‖ e nem as considerava moral ou intelectualmente
―inferiores‖ aos europeus (cf. Smith, 2003b, p. 2). Quanto aos grandes macacos,
desde Lamarck, a postulação da origem símia dos seres humanos era patrimônio do
pensamento heterodoxo, e Wallace ―ficou fascinado com a possibilidade de
estudá-los no seu habitat. Para ele,
era perfeitamente aceitável que tivéssemos um ancestral comum com os
orangotangos‖ (Ferreira, 1990, p. 47). Graças à sua pequena fama, a Royal
Geographical Society pagou sua passagem
de ida, e ele alcançou Singapura em 20/04/1854, permanecendo na Oceania de 1854
a 1862. Visitou Bornéu, Java, Sumatra, Timor, Molucas, Nova Guiné, Málaca, Aru
e dezenas de pequenas ilhas; fez por volta de setenta expedições, cobriu 14000
milhas e coletou 125660 espécies, sendo mais de mil anteriormente desconhecidas
(cf. Smith, 2003a, p. 4; Tort, 1996, p. 4567).
Em fevereiro de 1855, em
Sarawak, irritado
com um artigo publicado em 1854 por Edward Forbes, no
qual este afirmou que os fósseis mostram que o número de gêneros extintos
atinge dois máximos, um nas eras geológicas mais antigas e outro nas recentes,
com um mínimo nas eras intermediárias, Wallace redigiu um manuscrito intitulado Sobre a lei que regula a introdução de novas espécies, publicado em
Londres em setembro de 1855 (Wallace, 2003a), traduzido e publicado a seguir. A
interpretação.
A primeira teoria evolucionista
de Wallace não-
progressiva dos registros fósseis de Forbes estava em
franca oposição à de Wallace, que teve de agir; em 08/01/1858, escreveu para
Bates: Foi a publicação da teoria de Forbes que me decidiu a escrever e
publicar [o artigo], pois fiquei aborrecido de ver um tal absurdo formulado
quando uma hipótese tão simples explica todos os fatos (apud Ferreira, 1990, p. 37).
Maduro intelectualmente e
disposto ao
confronto teórico, nesse artigo de 1855, Wallace refina
a teoria da descendência de Chambers e apresenta-se francamente como
evolucionista. Fornece também uma causa natural para a divergência, ou origem
das espécies, sustentando que o mecanismo geológico de separação geográfica das
populações de uma espécie que descreve, talvez inspirado em Buffon, abrange
todos os fatos da biogeografia e permite apresentar o sistema natural
estruturado na forma de uma árvore ramificada. Essa disposição marcou o fim da
sistemática tal como Lineu a entendeu, pois seu criacionismo o fez conceber e
classificar as espécies de modo descontínuo, pressupondo a inexistência de
relações parentais reais nas categorias taxonômicas superiores; por
conseguinte, Wallace (e também Darwin) substituiu o lineano centro de origem
único das espécies pela ancestralidade comum entre elas. Não havia mais espaço
para uma concepção tal como Lineu delineou em seu Sistema natural:
...os continentes, nas primeiras
idades do
mundo, jaziam imersos embaixo do mar, exceto uma só
ilha em meio ao imenso oceano, na qual todos os animais viviam comodamente e
todos os vegetais foram produzidos na maior exuberância … devemos conceber o
Paraíso situado sobre o equador (apud Espinosa
& Bousquets, 1993, p. 29).
De autor que fortemente o
influenciou, Lyell
tornou-se o principal adversário teórico de Wallace,
quanto à sua pretensão de ter solucionado o problema das condições para o
surgimento de uma nova espécie, tema que o veterano geólogo atacou em seus Princípios de geologia. Nessa obra, para
criticar Lamarck, Lyell adotou a ideia de A. de Candolle, de que as espécies
vegetais ou animais ocupam uma ―estação‖, ou seja, que cada uma delas está
adaptada a um conjunto limitado de circunstâncias ambientais; ora, se uma
mudança lenta ou seu arremate geológico drástico mudar as condições físicas do habitat, deve haver extinção de
espécies.
Contudo, firmemente em oposição
ao
transformismo, Lyell sustentou que, tão logo surgissem,
os espaços vazios deixados pela extinção seriam rapidamente ocupados pelas
formas vivas já existentes e, consequentemente, não haveria tempo para a lenta
transformação proposta por Lamarck (cf. Papavero & Bousquets, 1994, p. 3).
Wallace, por sua vez, no artigo de 1855, observa que barreiras geológicas
separam periodicamente a população de uma espécie e que os novos grupos assim
formados passam a ter uma história distinta que, com o tempo, conduzi- los-ia à
divergência de forma. Cada uma dessas populações apartadas não tem que ocupar
uma região tornada vazia por extinções, no fim de um período de modificações
geológicas, mas nela se desenvolve, moldando-se paulatinamente para sobreviver
às lentas e graduais alterações de seu ambiente físico.
A nova solução impressionou
Lyell que, apesar
de criacionista, percebeu um novo delineamento para o
transformismo; para saber sua opinião, escreveu a Darwin.
Entre Wallace e Darwin – A Evolução
Em 1858, Wallace sintetiza a
teoria da seleção
natural, mas ao invés de publicar a descoberta,
remete-a para Darwin que, pouco tempo depois, publica A Origem das Espécies. Este artigo visa discutir quais seriam as
contribuições de Wallace para as teorias evolutivas.
O autor da carta era Alfred
Russel Wallace
(1823-1913), um jovem naturalista galês de 35 anos que,
da ilha
Ternate (atualmente Pulau Ternate, província das
Molucas do Norte, Indonésia) enviou para Darwin um manuscrito intitulado Sobre a tendência de as variedades se
afastarem indefinidamente do tipo original. Durante um ataque de malária,
no delírio da febre, Wallace sonhara com a seleção natural. Ao invés de
publicar a descoberta, mandou-a para Darwin.
Em carta escrita por Darwin a
seu amigo, o
geólogo britânico Charles Lyell (1797-1875),
confessava que o conteúdo de tal manuscrito deixou-o atônito:
A Charles Lyell, 18 [de junho de 1858]
Meu estimado Lyell
Cerca de um ano atrás,
recomendaste-me a
leitura de um artigo de Wallace nos Annals [and Magazine of Natural History]; onde, em 1855, no vol. 16 da
segunda série, Wallace havia publicado o trabalho "On the law which has
regulated the introduction of new species", em que postula o monofiletismo
de todas as espécies vivas, provindas de um único ancestral comum, que lhe
havia interessado &, como eu estava escrevendo para ele [Wallace] e sabia
que isso lhe daria muito prazer, contei-lhe esse fato. Hoje ele enviou-me o
texto anexo & pediu-me que o encaminhasse para o senhor. Parece-me muito
digno de ser lido. Suas palavras, quando o senhor disse que alguém se
anteciparia a mim, confirmaram-se num grau incomum. Disse isso quando lhe
expliquei aqui, muito sucintamente, minhas ideias sobre o fato de a "Seleção Natural" depender da
luta pela vida. – Nunca vi coincidência mais impressionante. Se Wallace
dispusesse do esboço do manuscrito que escrevi em 1842, não poderia ter feito
dele um resumo melhor! Até seus termos figuram agora como títulos de meus
capítulos.
Peço-lhe
que devolva o MS, pois Wallace não
diz que deseja que eu o publique, mas é claro que
escreverei de imediato e oferecer-me-ei a enviá-lo a qualquer periódico.
Portanto, toda a minha originalidade, importe ela no que importar, estará
arruinada, muito embora meu livro, se vier algum dia a ter algum valor, não
venha a se deteriorar, uma vez que o trabalho inteiro consiste na aplicação da
teoria.
Espero que o senhor aprove o
esboço de Wallace, para que eu possa comunicar-lhe o que disse.
Meu estimado Lyell,| Do
sinceramente seu,| C. Darwin (Darwin,
2000, p.274)
A carta e o manuscrito Sobre a tendência das
variedades de
se afastarem indefinidamente do tipo original, remetidos por Wallace,
desencadearam uma série de acontecimentos que hoje nos permitem questionar a
primazia de Charles Darwin. Pretendemos, neste artigo, apresentar ao leitor
alguns importantes pontos das obras de Alfred Russel Wallace e Charles Robert
Darwin, tecendo, desta forma, uma leitura comparativa do trabalho de ambos,
aquilatando suas respectivas contribuições à teoria da evolução das espécies.
‘Wallace E A Amazônia’
No outono de 1847, o Sr. A. R.
Wallace ...
propôs-me uma expedição conjunta ao rio Amazonas, com o
fim de explorar a História Natural de suas margens; o projeto permitir-nos-ia
criar uma coleção de objetos para nós mesmos, dispor de duplicatas em Londres para
pagar os gastos, e reunir dados, como bem
expressa Wallace em uma de suas cartas, "para resolver o problema da
origem das espécies", uma matéria sobre a qual havíamos conversado e
mantido muita correspondência.
(grifo nosso)1
Estas são as primeiras linhas do
prefácio do
livro de Henry Walter Bates (1825-1892), O naturalista no rio Amazonas (1863;
1962; 1984). A afirmação de Bates é muito importante, pois demonstra que ele e
Wallace estavam buscando a evidência de como se originavam as espécies. A única
forma pela qual tal empreitada poderia ser levada a cabo era mediante a análise
das relações entre os padrões de afinidade e a distribuição entre as espécies
estreitamente relacionadas, com base no estudo da morfologia.
Wallace observou que o rio
Amazonas e seus
principais afluentes constituíam fronteiras para
vários grupos de animais, em particular, os macacos. O parágrafo final de um
artigo por ele publicado pela Sociedade Zoológica de Londres declara:
Durante a minha estada no
distrito do Amazonas, determinei, cada vez que pude, os limites das espécies;
pois que encontrei no Amazonas, no rio Negro e no Madeira a formação dos
limites através dos quais certas espécies nunca passam. Os caçadores nativos
conhecem perfeitamente este fato e sempre que querem obter um animal em
particular, cruzam o rio, porque sabem que o encontrarão em um lado do rio e
nunca ou por nenhum motivo no outro. À medida que se aproxima da nascente dos
rios, estes deixam de ser uma fronteira, e muitas das espécies se encontram em
ambas as margens. (Wallace, 1852, p.109-110)
Devemos observar neste artigo o
quanto Wallace, em suas primeiras viagens, já havia percebido o significado dos
rios como fronteiras faunísticas. Realmente ele não havia atentado para tal
fato até começar a explorar o rio Negro. Desse modo, a questão das barreiras
físicas começa a ser uma constante nos trabalhos publicados de Wallace. Em um
artigo sobre a distribuição dos macacos, Wallace parece haver entendido o
significado das barreiras físicas enquanto se pergunta:
Da determinação precisa das
áreas de
distribuição dos animais dependem muitas perguntas
interessantes. Estão relacionadas de maneira próxima as espécies mesmo quando
estão amplamente separadas? Que características físicas determinam os limites
das espécies e dos gêneros? As isotermas podem limitar com precisão a área de
distribuição das espécies ou são totalmente independentes delas? (Wallace,
1852, p.110)
Wallace provavelmente concebeu
os grandes
rios amazônicos como barreiras insuperáveis à
dispersão das espécies, ainda que não
como uma barreira que houvesse dividido uma população ou biota ancestral em
dois descendentes, os quais, com o tempo, haveriam se convertido em espécies
distintas. Todavia, esse assunto parece que nunca ficou fora de sua atenção,
pois em um artigo sobre mariposas do vale amazônico, apresentado à Sociedade
Entomológica de Londres em dezembro de 1853, Wallace argumentou que a
diversidade desses insetos estaria diretamente relacionada a fronteiras físicas
(Wallace, 1853a). Novas espécies poderiam originar-se quando uma espécie
ancestral, vivendo originalmente em terras mais altas (como as que habitam
planaltos e montanhas, por exemplo), se dispersasse por terras mais baixas
(mais recentes do ponto de vista geológico); as populações das terras mais
baixas seriam modificadas pela influência dos novos habitats, gerando variedades e, finalmente, novas espécies. Os
dados obtidos sobre a distribuição das mariposas apontar nessa direção.
Em sua obra Viagens pelos rios Amazonas e Negro (1972), Wallace apresentou uma
visão geral da geografia e geologia, vegetação, zoologia e antropologia da
região amazônica. Uma das questões mais pertinentes desse livro encontra-se nos
capítulos sobre as características gerais da história geológica da bacia
amazônica e, consequentemente, dos padrões de distribuição de populações de
espécies de terras altas que geraram as espécies das terras baixas, em certos
grupos de animais (Wallace, 1853b, p.425-427; 1889, p.294-296).
O
Arquipélago Malaio
Ao regressar da América do Sul,
Wallace
começou a fazer preparativos para outra viagem que lhe
compensasse o que a viagem à Amazônia, pelas tragédias ocorridas no seu
retorno, não lhe propiciara em termos de material coletado. O navio onde
viajava de volta para a Europa incendiouse e praticamente toda a sua coleção, e
quase todas as suas anotações, se queimaram.
Suas indagações sobre lugares
inexplorados nos
trópicos levaram-no à conclusão de ser o Arquipélago
Malaio o lugar mais promissor para efetuar coletas científicas. Um ano e meio
após seu regresso da Amazônia, Wallace e Charles Allen, seu assistente de campo
durante três anos, partiram para o Arquipélago Malaio. Graças à intervenção de
Sir Roderick
Murchison (1792-1871), presidente da Real Sociedade
Geográfica, Wallace conseguiu transporte para ele e
seu ajudante em um barco do governo britânico. Chegou a Cingapura em 20 de
abril de 1854, depois de 45 dias de viagem. O mesmo Wallace escreveria, em sua
autobiografia (1905), muitos anos depois, que essa viagem foi o evento mais
importante de sua vida.
Permaneceu oito anos no
arquipélago, viajando
mais de 22 mil quilômetros; somente o tamanho dessa
área é equivalente ao da América do Sul. Wallace mudou de residência pelo menos
oitenta vezes, quase uma por mês. Durante esse período, coletou mais de 125 mil
espécimes, muitos das quais estudou no seu regresso à Grã-Bretanha.
Aproveitando o tempo que acabou
passando
recluso, por conta das condições climáticas ou pelas
várias enfermidades que o atacaram, Wallace escreveu alguns de seus artigos
mais importantes, especialmente os relacionados com a teoria da Evolução. O
livro relativo a essa viagem, intitulado The
Malay Archipelago (1962; 1986), surgiria 6 anos depois do regresso do
naturalista, em 1869. O livro está ordenado geograficamente, o que gera alguma
confusão em termos cronológicos. Os 31 capítulos estão escritos quase que com a
mesma narrativa constante de seu diário de campo; em cada seção há um capítulo
que resume a história natural de cada grupo de ilhas. O autor também preparou um
capítulo introdutório com a descrição completa da geografia do arquipélago e um
capítulo final em que resumiu suas observações antropológicas sobre as
diferentes raças dos habitantes do arquipélago. Na introdução da obra, definiu
os limites da distribuição da biota de Bornéu, Sumatra e Java (de afinidade
asiática) e de Célebes [atual Sulawesi] e outras ilhas (de afinidade
australiana). Essa linha imaginaria é denominada atualmente Linha de Wallace.
Pouco menos de um ano após sua
chegada a Cingapura, Wallace escreveu sua primeira contribuição à teoria da
evolução orgânica. Em sua autobiografia (Wallace, 1905, p.354355) recordava-se
desse dado sucedido 50 anos antes:
Tendo
sempre estado interessado na distribuição
geográfica de animais e plantas, tendo estudado
Swainson e Humboldt e tendo agora uma impressão vívida das diferenças
fundamentais entre os trópicos do Ocidente e Oriente; havendo também lido
livros tais como o "Conspectus" de Bonaparte ... e vários catálogos
de insetos e répteis do Museu Britânico (que quase conhecia de memória) que
brindam um grande volume de dados sobre a distribuição dos animais em todo o
mundo, ocorreu-me que tais dados nunca haviam sido utilizados propriamente como
indicadores da maneira pela qual as espécies haviam chegado a existir. A grande
obra de Lyell havia-me brindado com os principais aspectos da sucessão das
espécies no tempo e, combinando as duas coisas, pensei que poderia chegar a
alguma conclusão valiosa. Em consequência, coloquei meus dados e ideias no
papel, e o resultado – que parecia ter alguma importância –, enviei-o para os Annals and Magazine of Natural History,
onde apareceu em setembro seguinte. (Wallace, 1855b)
Esse resultado que Wallace, em
sua imensa
modéstia, disse que parecia ter alguma importância, é o trabalho intitulado Sobre a lei que regula a introdução de novas
espécies, onde expôs clara e sucintamente a teoria da Evolução. Tal artigo
estava tão bem escrito, tão claro e transparente que Sir Charles Lyell, em
carta dirigida a Wallace em 4 de abril de 1867, declarou:
Estive
lendo, outra vez, seu trabalho publicado
em 1855 nos Annals, sobre "A lei que regula a introdução de novas
espécies", pois quero citar algumas de suas passagens, não em referência a
sua prioridade de publicação, mas
simplesmente porque há alguns pontos expressos mais claramente que na própria
obra de Darwin, em relação à importância de evidências geológicas e zoológicas
para a distribuição geográfica e a origem das espécies. (Marchant, 1916,
p.279-280, grifo nosso)
Uma importante fonte de
inspiração para Wallace, que merece destaque, foi o trabalho do geólogo, ornitólogo
e sistemata inglês Hugh Edwin Strickland (18111853). De todas as ideias de
Strickland (1841), talvez a que mais tenha influenciado o pensamento de Wallace
foi a que sugeria o esquema de uma árvore como analogia útil para um sistema de
classificação:
Novamente,
se considerarmos que só teremos
fragmentos deste vasto sistema, estando o tronco e os
ramos principais representados por espécies extintas, das quais não teremos
conhecimento, enquanto uma vasta massa de membros e ramos, diminutos raminhos e
folhas dispersas é tudo o que teremos para colocar em ordem e determinar a
posição verdadeira que cada um ocupava em relação aos outros, toda a
dificuldade do
Sistema Natural de classificação se nos faz manifesta.
(Wallace,
1855b, p.187)
A
analogia da ordenação das espécies dentro de
um sistema que lembrava os galhos e ramos de uma
árvore foi muito bem observada e descrita por Wallace, entretanto, na história,
essa descoberta é, na grande maioria das vezes, creditada somente a Charles
Darwin.
Darwin e o arquipélago de Galápagos
Uma das primeiras obras a lançarem
o nome de Charles Darwin foi o resultado de sua viagem a bordo do HMS
Beagle. Publicada em 1839, a obra Viagem de um naturalista ao redor do mundo (1937)
era uma versão em livro dos diários e anotações que Darwin fizera no decurso de
3 anos e 3 meses em terra e 18 meses no mar a bordo daquela que era uma viagem
de levantamento cartográfico das costas da parte sul da América do Sul. O
Beagle, um brigue comandado pelo capitão Robert FitzRoy (1805-1865), um jovem
oficial da marinha inglesa de caráter rígido, zarpou do porto de Plymouth em 27
de dezembro de 1831, só retornando à Grã-Bretanha em 20 de fevereiro de 1836.
Nesse
diário, Darwin fez observações sobre as
ilhas do Cabo Verde, o Rio de Janeiro, Maldonado, Bahía
Blanca, Buenos Aires, Patagônia, Terra do Fogo, Estreito de Magalhães,
Chile, Peru, Galápagos, Taiti, Nova Zelândia,
Austrália, Ilha Maurício e, finalmente, Inglaterra. De todos os lugares
visitados por Darwin, talvez o que tenha ficado mais famoso (graças a sua
visita) foi o arquipélago de Galápagos, hoje pertencente ao Equador. Muitos
autores afirmam que as ilhas Galápagos forneceram a Darwin considerável gama de
informações para formular sua teoria da evolução.
Entretanto, para ele, os
jabutis gigantes (galápagos) teriam sido trazidos ao arquipélago por piratas,
para servirem como fonte de alimento. Na colônia penal da Ilha de Santa Maria,
uma autoridade local disse-lhe que esses jabutis apresentavam pequenas
diferenças de ilha para ilha, sendo que os nativos chegavam a saber de qual
ilha era cada espécie, somente observando seu casco. Darwin não deu importância
a essa informação, tanto que nem se preocupou em coletar espécimes desses quelônios
nas diversas ilhas que compõem o arquipélago de Galápagos.
Com
relação aos iguanas de Galápagos, chegou
a pensar que tais répteis (únicos) eram mais uma das
inúmeras espécies encontradas na América do Sul. Em relação às aves,
principalmente as canoras, Darwin notou que cada ilha era habitada por uma
espécie única, diferente. Entretanto, quando da coleta desses animais, Darwin
não etiquetou precisamente as várias espécies de tentilhões que habitavam cada
uma das ilhas do Arquipélago de Galápagos. Curiosamente, eram os tentilhões e
suas variadas formas de bicos que apresentavam as maiores provas de como uma espécie,
a partir de um ancestral comum, pôde diversificar-se e gerar novas espécies
(Darwin, 1937, p.355380).
Em 1839 Darwin publicou a
primeira edição de
seu Journal of Researches into the Geology and Natural History of various
Countries visited by H. M. S. Beagle (1839), e 6 anos depois saiu a lume a
segunda edição, na qual Darwin declarou:
Vendo esta graduação e
diversidade de estrutura
em um grupo pequeno e intimamente relacionado de
aves, realmente pode-se imaginar que, a partir de uma pobreza original de aves
neste arquipélago, uma espécie foi tomada e modificada para diferentes
finalidades. (Darwin, 1845, p.345-356)
Também nessa segunda edição do Journal, ao
terminar sua discussão sobre as ilhas Galápagos,
Darwin indicou o aspecto dessas ilhas que mais o intrigou, com relação à biota:
A distribuição dos ocupantes
deste arquipélago
não seria tão maravilhosa se, por exemplo, uma ilha
tivesse um tordo e uma segunda ilha algum outro gênero mui-to distinto: – se
uma ilha tivesse um gênero de lagarto e uma segunda ilha outro gênero distinto,
ou nenhum –, ou se diferentes ilhas fossem habitadas não por espécies
representativas dos mesmos gêneros de plantas, mas por gêneros totalmente
diferentes ... Entretanto, o que ocorre é que várias das ilhas possuem sua
própria espécie de jabuti [galápago], tentilhão e de numerosas plantas; estas
espécies têm os mesmos hábitos gerais, ocupam lugares análogos e, obviamente,
ocupam o mesmo lugar na economia natural deste arquipélago, o que me enche de
espanto. Pode-se supor que algumas destas espécies representativas, pelo menos
no caso dos cágados e de algumas das aves podem
considerar-se posteriormente somente raças bem marcadas; porém isso seria,
igualmente, de grande interesse para o naturalista filósofo. (Darwin, 1845,
p.362, grifo nosso)
Por outro lado, no seu trabalho
de 1855, Wallace sustentou claramente que sua lei da modificação gradual das
espécies era a resposta ao problema da fauna e da flora das ilhas Galápagos,
como vemos na seguinte passagem:
Fenômenos tais como os que
exibem as ilhas Galápagos, as quais contêm poucos grupos de plantas e animais
que lhes são particulares, ainda que mais intimamente relacionados com aqueles
da América do Sul, não receberam sequer
uma explicação conjetural. As Galápagos são um grupo de ilhas vulcânicas
muito antigas e, provavelmente, nunca estiveram mais próximas do continente do
que estão no presente. Devem ter sido povoadas primeiramente, assim como outras
ilhas recémformadas, pela ação dos ventos e correntes, em um período
suficientemente remoto para que as
espécies desaparecessem, só permanecendo os protótipos modificados. Do
mesmo modo, podemos explicar as ilhas separadas que têm, cada uma, suas
espécies próprias, por meio da suposição de que a mesma emigração original
povoou a ilha em seu conjunto com as mesmas espécies, a partir das quais se
criaram protótipos modificados de distintas maneiras, ou que as ilhas foram
povoadas sucessivamente umas a partir das outras, ainda que as novas espécies
se tenham criado, cada uma, a partir do desenho das espécies preexistentes.
(Wallace, 1855b, p.188, grifos nossos).
As percepções de Wallace, acerca
da
diversidade e parentesco entre as espécies
encontradas nas ilhas Galápagos, eram bem mais profundas e próximas de uma
explicação que caminhava em direção a um entendimento da origem e diversidade
das espécies do que as de Darwin, quando este discutiu o mesmo fenômeno.
Wallace
e as variedades de Mariposas–
e a prova
cientifica da seleção natural.
A busca de evidências que
confirmassem a
teoria da evolução foi coroada com êxito por Wallace,
no arquipélago Malaio. Vários casos indicavam que, de maneira muito geral, as
distribuições disjuntas de espécies se devia à extinção de formas
intermediárias. Assim, por exemplo, em relação aos lepidópteros2 do
gênero Euploea, Wallace notou, desde
sua chegada a Cingapura, que As Euploea
aqui ocupam o lugar dos Heliconidae3 da
Amazônia e se assemelham a elas exatamente em seus hábitos (Wallace, 1854a,
p.4396). Ao resumir, posteriormente, a entomologia de Cingapura e Malaca, ele
comparou vários grupos de mariposas da região Oriental com as da América,
concluindo que As Euploea, apesar de
serem muito belas, não podem competir com os estranhos Heliconidae, com os
quais estão intimamente relacionados... (Wallace, 1854b, p.4637).
Porém, Wallace necessitava de
uma prova mais
contundente para comprovar sua teoria. Essa prova
surgiu em 1855, quando ele teve a possibilidade de descrever uma nova espécie
de Ornithoptera4 totalmente
distinta de todas as outras. O exemplar provinha do extremo noroeste de Bornéu,
e Wallace chamou-a Ornithoptera brookiana:
Este magnífico inseto é uma
adição muito
interessante ao gênero Ornithoptera. As espécies marcadas com verde até agora haviam sido
encontradas no norte da Austrália, Nova Guiné e Molucas, e todas elas se
assemelham tanto umas a outras em seu aspecto, que em sua maioria foram
consideradas como variedades do Pipilio
priamus de Linnaeus. Portanto, nossa nova espécie é notável por duas
razões: primeiro, por oferecer um padrão de coloração completamente novo no
gênero a que pertence; segundo, por ampliar a distribuição das Ornithoptera marcadas de verde até o
extremo noroeste de Bornéu. Como nunca foi encontrada pelos naturalistas
holandeses, que têm explorado a maior parte do sul e do sudoeste da ilha, esta
espécie, provavelmente, está confinada à costa noroeste... (Wallace, 1855a,
p.104-105)
Para
Wallace, esse achado era uma evidência a
favor de sua teoria: uma distribuição tal das Ornithoptera com asas manchadas de verde
era explicada admitindo-se uma forma hipotética que antes houvesse ocupado o
resto de Bornéu; essa forma, que deve ter se extinguido depois da formação da O.
brookiana,
seria uma forma intermediária entre essa espécie e as formas relacionadas com O. priamus das ilhas do sudeste, isto se
sua lei das modificações graduais fosse válida. Finalmente, em 1855, Wallace
decidiu publicar sua Lei que regula a
introdução de novas espécies (1885b).
Um caso posterior confirmou,
mais uma vez,
sua teoria. Em 1857, ao desembarcar nas ilhas Aru, teve
a possibilidade de coletar três exemplares (um macho e duas fêmeas de uma nova
forma relacionada com a Ornithoptera
priamus. Esta nova forma nativa de Aru era exatamente intermédia entre o O. priamus de Amboina (nas ilhas
Molucas) e o O. poseidon de Nova
Guiné. Efetivamente, O. priamus tem
quatro manchas negras na asa posterior, e a asa anterior não apresenta uma veia
longitudinal central verde; O. poseidon tem
duas manchas negras na asa posterior e uma veia longitudinal central verde na
asa anterior: a nova forma descoberta por Wallace em Aru tinha três manchas
negras na asa posterior, e a veia verde da asa anterior
tem um comprimento exatamente intermediário entre O. poseidon e O. priamus.
Ali estava, de maneira clara,
segundo Wallace,
o processo de formação de espécies, com toda a sua
evidência. Uma espécie antecessora havia ocupado completamente a área então
ocupada por essas três formas, que se haviam diferenciado em populações
localizadas, por influência do ambiente. Contudo, a forma intermediária (das
ilhas Aru) existia. Se desaparecesse a forma encontrada em Aru, O. priamus e O. poseidon permaneceriam
como espécies isoladas e separadas, tal como Wallace havia proposto para tantos
e tão diversos grupos zoológicos.
Darwin e a classificação
das cracas
Em sua autobiografia, publicada
pelo filho
Francis Darwin (1848-1925) em 1887, Charles Darwin
disse:
Em outubro de 1846, comecei a
trabalhar com
os 'Cirripedia'. Enquanto estava na costa chilena encontrei uma
forma muito curiosa que perfurava as conchas de Concholepas e que diferia tanto dos outros Cirripedia, que só para incluí-la tive que formar uma nova
subordem. Mais tarde, outro gênero de perfurador relacionado foi encontrado nas
praias de Portugal. Para entender a estrutura de meu novo Cirripedia, tive que examinar e dissecar muitas das formas comuns;
isso, gradualmente, me levou a estudar todo o grupo. (Darwin, 1887, p.80)
Como
resultado desses estudos, Darwin chegou
a publicar, entre os anos de 1851 e 1854, ao menos
quatro monografias sobre essa classe de crustáceos, totalizando pouco mais de
1.200 páginas, com 89 pranchas de preciosos desenhos (Darwin, 1851a; 1851b;
1854a; 1854b).
Um exame mais detalhado dos
trabalhos de Darwin sobre os Cirripedia mostra
que se baseiam na taxonomia clássica, aristotélico-lineana, atemporal, ou seja,
não encontramos o mais insignificante traço de evolucionismo – algo bem
diferente do que propôs Wallace em seus estudos sobre os Ornithoptera. Talvez porque Darwin, nesse período (até 1858), ainda
não tivesse entendido como se formavam as espécies. Que melhor ocasião teria
para demonstrar sua teoria da origem das
espécies do que com uma monografia taxonômica.
Wallace e o seu Ensaio sobre a tendência
das
variedades de se afastarem indefinidamente do tipo original
Quase no fim de sua vida, em seu
livro The Wonderful Century (1898;
1903), Wallace referiu-se ao descobrimento da teoria da seleção natural, que
fizera em meio a um ataque de febre produzido pela malária em Ternate:
Essa mesma tarde escrevi um
esboço de um
artigo e, nas tardes seguintes, escrevi-o todo e
mandei no seguinte despacho de correspondência ao Sr. Darwin. Eu esperava que
fosse completamente novo como o foi para mim, dado que ele me informou por
carta que estava comprometido em um trabalho que intentava mostrar de que forma
espécies e variedades se diferenciam umas das outras, agregando que "meu
trabalho não alteraria ou agregaria nada". Pelo que fiquei surpreso ao
descobrir que ele havia realmente chegado à mesma teoria que a minha tempos
antes (em 1844). (Wallace, 1898, p.140)
Darwin
realmente já havia chegado à teoria da
seleção natural; não havia, porém, entendido a origem das espécies. Em carta datada de
1º de maio de 1857, Darwin contou a Wallace o fato de estar, havia quase 20
anos, trabalhando a questão de como as espécies e as variedades diferem umas
das outras, insistindo na impossibilidade de explicar sua teoria em uma simples
carta. Apesar disto, em setembro desse mesmo ano, Darwin enviou (não se sabe
por quê) uma carta ao botânico estadunidense Asa Gray, contendo a parte
fundamental de sua teoria da seleção natural, aconselhando-o que, por favor,
não difundisse tal informação, pois alguém como o britânico Robert Chambers
(1802-1871) poderia ouvi-las e desenvolvê-las facilmente. Uma pergunta surge
aqui: por que enviar tal informação para Asa Gray, que considerava o conteúdo
da carta como algo altamente hipotético, em lugar de remetê-la a Wallace, que
compreenderia melhor o conteúdo? Ou será que Darwin temia que este alguém como Chambers fosse Wallace?
Muitos anos depois, Wallace pôde
saber o
impacto que sua carta e seu manuscrito haviam causado
em Darwin. Em uma carta a Francis Darwin, datada de 1887, Wallace disse:
"Não estava inteirado de que seu pai havia estado tão angustiado – ou
melhor, perturbado – por haver mandado meu ensaio quando estava em Ternate...".
Ao receber o manuscrito de
Wallace, Darwin
notificou seus amigos, Charles Lyell e Joseph Dalton
Hooker (1817-1811). Eles se encarregaram de apresentar essas contribuições aos
membros da Sociedade Lineana de Londres e decidiram a ordem em que seriam
apresentadas.
Eram estas: um apontamento de
Darwin,
supostamente escrito em 1839 e copiado depois em
1844; um fragmento da carta que Darwin escreveu a Asa Gray em setembro de 1857;
e o trabalho de Wallace Sobre a tendência
das variedades de se afastarem indefinidamente do tipo original (Darwin;
Wallace, 1858), escrito em fevereiro de 1858, em Ternate, nas ilhas Molucas.
Desta forma, o ensaio de Wallace ficou no final. Darwin inseriu uma nota
esclarecendo que o resumo do ensaio nunca fora escrito para ser publicado e
que, portanto, não fora escrito cuidadosamente (o que pode ser notado na
leitura). Todavia, como assinala Beddal (1968), o conteúdo dessa nota não era
totalmente correto, pois Darwin tinha uma cópia encadernada do mesmo ensaio,
com instruções dirigidas a sua esposa para que fosse publicado no caso de sua
morte prematura.
Em relação às contribuições de
Darwin na
"publicação conjunta", Brooks (1984)
esclarece que o esboço de
Darwin, datado em 1844, na realidade fora escrito em
1842
(Darwin, 1859, p.1) e não 5 anos antes, como assinalava
a carta
de Lyell e Hooker apresentando esses escritos ao
secretário da Sociedade Lineana.
No esboço, Darwin não fez menção
alguma
ao princípio
da divergência. Esse princípio da
divergência, ou seja, a causa da origem
das espécies está, porém, mencionado na segunda contribuição de Darwin, no
extrato da carta a Asa Gray de 1857. Entretanto, Dupree esclarece que, no
extrato publicado no Journal da
Sociedade Lineana, "a cópia enviada a Gray tem uma caligrafia que não é a
de Darwin, ainda que corrigida por ele ... varia em detalhe com a versão
publicada pela sociedade Lineana" (Dupree, 1968, p.459). De acordo com
Dupree, a cópia da carta a Asa Gray contém, essencialmente, os mesmos argumentos
que Lyell e Hooker conheceram em 1844 e 1856, com a adição do princípio de divergência. Dupree infere
que esse princípio era somente um pronunciamento vago daquilo que,
posteriormente, Darwin desenvolveria nos primeiros capítulos da Origem das espécies (Dupree, 1968).
Não
existe, infelizmente, uma cópia publicada,
até onde sabemos, da versão original recebida por Asa
Gray. Estranhamente, outros importantíssimos documentos também estão, até hoje,
perdidos: o manuscrito original de Wallace, escrito em Ternate; a carta de
Wallace a Darwin que acompanhava esse manuscrito, assim como o conteúdo desses
dois documentos; as cartas troca-das entre Darwin, Hooker e Lyell, durante
junho de 1858. Também estão perdidas as cartas de Darwin a Asa Gray sobre o
tema das cartas que Darwin e Hooker remeteram para Wallace após esses
acontecimentos. São muitas as perdas e coincidências...
De
todas as formas, depois da publicação dos
resumos de Darwin e do ensaio de Wallace, no Journal da Sociedade Lineana em 1858,
Darwin abandonou, em definitivo, a redação de seu big book on species, intitulado Natural
Selection, e, nesse mesmo ano começou a escrever febrilmente um novo livro,
um resumo de seu big book on species, publicado em 1859, sob o título de Origin of Species.
Mais mistérios inexplicados – as cartas
de Wallace e Darwin
Em seu Diário, publicado por Sir Gavin de Beer (1959), Darwin disse que,
em 31 de março de 1857, havia terminado o capítulo 6, sobre Seleção Natural. Foi desse capítulo que
enviou um resumo a Asa Gray, em setembro de 1857.
Porém, um ano mais tarde, nesse
mesmo diário,
tem-se a seguinte anotação: "April 14th
Discussion on large general & small & on Divergence & correcting
Ch. 6 (Moor Park) finished June 12th & Bee Cells" (De Beer, 1959,
p.14). Moor Park era uma estação hidroterápica, onde Darwin permaneceu de 20 de
abril a 4 de maio de 1858. Isso poderia indicar que Darwin escreveu (ou
reescreveu) sobre Divergência, bem
como as correções do capítulo 6 de sua Natural
Selection, entre 6 de maio e 12 de junho de 1858.
O manuscrito original de Natural Selection,
o Big Book on Especies
de Darwin, foi dado como desaparecido até a Segunda Guerra Mundial, quando,
em 1942, foi anunciado seu descobrimento na revista Nature. Entretanto, aquela não era uma ocasião propícia para
estudos desta ordem. Finalmente, Stauffer (1959) deu a conhecer o conteúdo
desse manuscrito inédito. Um exame feito por Brooks (1984) de uma cópia desse
manuscrito em poder de Stauffer mostrou que cada fólio do manuscrito está
numerado de forma consecutiva; na necessidade de alguma correção ou inserção no
manuscrito, o fólio correspondente leva um asterisco; por exemplo, os fólios
adicionados depois de 10, eram numerados da seguinte forma: 10*, 10a, 10b,
etc.; se houvesse mais de 27 fólios inseridos, a numeração seguiria da seguinte
forma: 10aa, 10bb, etc. A descoberta de Brooks foi surpreendente: após o fólio
26 havia uma inserção de 41 páginas, até o fólio 26nn. Nesse fólio, de número
26, ao final da página, há um cabeçalho intitulado Extinção, e, no início do fólio 26b, outro cabeçalho: Princípio da Divergência. Essas folhas
foram, portanto, as que Darwin escreveu entre 6 de maio e 12 de junho de 1858.
Em 8 de junho de 1858, Darwin
escreveu a Hooker dizendo que, finalmente, havia entendido como as espécies
divergiam na natureza. Essa carta foi escrita, portanto, aparentemente, 4 dias
antes que terminasse de escrever sua nova versão de 41 páginas do princípio da divergência.
A carta em que Darwin anunciava
a Charles Lyell a chegada de uma correspondência e do manuscrito de Wallace
está datada simplesmente "Down, 18th". Posteriormente, é possível que
o filho de Darwin, Francis, editor de suas cartas, tenha anexado entre aspas
"June 1858". Assim, parece que Darwin havia terminado de escrever sua
nova versão do princípio da divergência 6
dias antes da chegada do manuscrito de Wallace sobre o mesmo assunto. Uma
notável coincidência.
Toda essa coincidência,
incluindo a
apresentação dos dados na contribuição conjunta de Wallace e Darwin, fez com que vários
autores investigassem mais detalhadamente esse extraordinário caso de convergência. Somente para citar alguns,
mencionaremos Beddal (1968; 1969; 1972) e Brackman (1980). Porém, o estudo mais
detalhado e documentado dessa estranha situação foi feito por Brooks (1984).
Sabe-se
que Wallace enviou, no mesmo dia em
que remeteu a carta com o manuscrito de Ternate a
Darwin, também de Ternate, uma carta a Frederick Bates (1777-1825), o irmão
mais jovem de Henry Walter Bates (1825-1892), que vivia em Leicester. Essa
carta, endereçada a Frederick Bates, está datada de 2 de março de 1858. A carta
encontra-se em posse da família de Wallace, e McKinney (1972, p.140-141)
reproduziu-a em seu livro, onde podemos ver a marca "Via
Southampton", com a data de 21 de abril em Cingapura e a data de 3 de
junho em Londres. Todo o problema parece estar em quantos dias uma carta levava
para chegar de Ternate a Londres. Isto foi o que Brooks se dedicou a
investigar, fazendo uma extensa pesquisa no Museu dos Correios e nos Arquivos
dos Correios de Haia, assim como nos arquivos da P&O Steamship Navigation
Company de Londres. Munido das informações conseguidas nesses centros de
documentação, Brooks chegou a duas únicas possibilidades.
Se a carta com o manuscrito foi
postada em Ternate em 9 de março de 1858, chegaria a Cingapura em 21 de abril e,
deste modo, por vários portos, até Malta, no dia 23 de maio. Se estivesse
assinalada "Via Southampton", chegaria a Londres no mesmo dia em que
a carta a Frederick Bates chegou a Leicester, ou seja, 3 de junho. Se estivesse
marcada "Via
Marseille" e "Overland", chegaria a
Londres em 28 de maio.
A segunda possibilidade é a de
que a carta
endereçada a Darwin, escrita em fevereiro, seguiu em
uma mala postal anterior a 9 de
março, a qual seria em 23 de fevereiro. Neste caso, chegou a Cingapura em 7 de
abril e a Malta em 10 de maio; se seguiu "Via Southampton", chegaria
a Londres em 20 de maio; no caso de ter seguido "Overland, Via
Marseille", deveria ter chegado à capital inglesa em 14 de maio. O dia 14
de maio foi uma sexta. Para Brooks, a carta chegou às mãos de Darwin no dia 17
(segunda), ou 18 (terça) de maio de 1858.
Brooks acredita que, com o
manuscrito de
Wallace em suas mãos, Darwin releu o trabalho de
Wallace de
1855 e, finalmente, teve uma "iluminação"
sobre o princípio da divergência.
Escreveu a carta a Lyell anunciando a chegada do manuscrito em 18 de maio, porém não a enviou. Deste modo, teve pelo menos 25 dias para reescrever
as 41 páginas novas sobre o princípio da
divergência, que anunciou a Hooker em 12 de junho. Finalmente, pode-se
interpretar que enviou a carta a Lyell em junho,
e é por isso que talvez Francis Darwin, seu filho e editor de suas cartas,
escreveu, do próprio punho, depois de "Down, 18th", "June
1858".
A
outra possibilidade é a de que a carta chegou
às mãos de Darwin em 28 de maio (ou em 29). O que
deixaria a Darwin duas semanas para
escrever as 41 páginas do princípio da
divergência. Afirma Brooks que precisamos reconhecer que o desespero fez a
pena mover-se rapidamente. Neste caso, a carta escrita por Darwin a Lyell seria
realmente de 18 de junho.
De qualquer forma, Darwin teve
entre 2 e 4
semanas para escrever um novo capítulo sobre o princípio da divergência. De todas as
maneiras, publicou uma ideia distinta da de Wallace, e incidiu no mesmo erro de
Maupertuis (1698-1759) – como, sem isolamento geográfico (Darwin só admite uma
competição entre as variedades formadas a partir de uma espécie antecessora),
se pode explicar a formação de morfoespécies? Como é possível que as novidades evolutivas, surgidas
fortuitamente, não se disseminassem por todas as populações? Por que, em lugar
de se matarem, as variedades surgidas de uma espécie antecessora não copulariam
antes? Será que, para um vitoriano como Darwin, o incesto seria mais grave que
o fratricídio, no caso das variedades originadas de uma espéciemãe comum?
Rev. Bras. Hist. vol.34 no.67 São Paulo jan./jun. 2014 https://doi.org/10.1590/S0102-01882014000100008. ARTIGOS. Evolucionismo
darwinista? Contribuições de Alfred Russel Wallace à teoria da evolução.Darwinian evolutionism?
Contributions
of Alfred Russel Wallace to the theory of evolution. Nelson PapaveroI; Christian
Fausto Moraes dos
SantosIIIPesquisador
do Museu de Zoologia (USP-SP). Pesquisador .CNPq
IICoordenador do Laboratório de História, Ciências e
Ambiente (LHC-UEM). Pós-Doutorando em História das Ciências (CSIC-Barcelona),
Bolsista Capes
Alfred
Russel Wallace e suas bases cientificas para a teoria da evolução. Biografia.
Agora
os naturalistas estão começando a olhar
além,
e a perceber que existe algum principio que regula infinitas variedades de
formas de vida animal.
Alfred Russel Wallace
1
Evolucionistas antes de Wallace e Darwin já
tinham mencionado o mecanismo da seleção natural.
Para Wallace (1855-58), a variação existe em larga escala entre populações e
ela está disponível para a ação da seleção natural. Parte dessa variação
beneficia seus portadores na luta pela sobrevivência. Darwin (1858-9) chegou a
conclusões semelhantes quase ao ‗mesmo tempo‘. Mas, quais são essas tão
comentadas ‗semelhanças‘, que se fala durantes um século e cento e sessenta e
um anos depois? No capitulo seguinte, definiremos essa questão.
2
Wallace
veio para o Brasil, pensando em testar
suas teorias sobre a origem das espécies, enquanto o
renomado
cientista Charles Darwin nada
havia publicado. Wallace publicava seus trabalhos em revistas cientificas da
época.
3
Com bases em seus conhecimentos de
geografia,
geologia e biologia escreveu que:
"toda espécie chegou à existência
coincidentemente tanto no tempo
quanto no espaço com uma espécie aliada preexistente".
4
Wallace propôs que todas as espécies
vivam descendem de um único ancestral comum, e explicou como elas se
diferenciavam. Ele foi o primeiro a notar que os trechos longos dos Rios
Amazônicos (Negro e Solimões) eram
habitados por duas espécies de mariposas diferentes, era a base da seleção
natural no que diz o isolamento, o distanciamento geográfico, podia transformar
duas populações da mesma espécie, em espécies distintas:
5
Wallace tanto considera o espaço como um elemento
ativo no processo evolutivo, e suas divisões condutoras das distinções
entre as espécies:
reconheceu que o distanciamento geográfico,
ambiental, está relacionado com as historias das
espécies, ou seja, as espécies mais próximas entre si compartilham um ancestral
comum mais recente, do que com a espécie mais distante. E que a separação
espacial entre as mesmas espécies poderiam torna-las distintas uma da outra.
6
Em
1858, quando sofreu um ataque de malária,
usou
as ideias de Thomas Malthus sobre o Crescimento
populacional e os meios de
subsistências, para incorpora em seu trabalho a Idea que ‗somente os mais aptos
sobrevivem‘, explicando como os organismos se tornam naturalmente adaptados ao
ambiente.
7
A
busca de evidências que confirmassem a
teoria
da evolução foi coroada com êxito por Wallace, no
arquipélago Malaio. Vários casos
indicavam que, de maneira muito geral, as distribuições disjuntas de espécies
se devia à
extinção de formas intermediárias. Assim, por
exemplo, em
relação aos lepidópteros do gênero Euploea, Wallace
notou, desde sua chegada a Cingapura, que As Euploea aqui ocupam o lugar
dos Heliconidae da Amazônia e se assemelham a elas exatamente em seus
hábitos (Wallace, 1854a, p.4396).
8
A
analogia da ordenação das espécies dentro de
um sistema que lembrava os galhos e ramos de uma
árvore foi
muito bem observada e descrita
por Wallace, ideia que também será seguida por Charles Darwin.
9
Wallace
deu o conceito biológico de espécie, e
falou
sobre a importância da seleção natural, e ainda das
diferenças entre as seleções naturais
e artificiais. Darwin, ainda incorporava o ‗lamarckismo‘ a sua teoria. Wallace
sempre se opôs a ‗Lamarck‘.
A
distinção básica entre Lamarck e Darwin não
diz
respeito à ideia dos efeitos da hereditariedade do ‗uso e
desuso‘
das partes. Nisso ambos estavam de acordo. Quando
Darwin explica a seus
correspondedentes que quer evitar ‗os erros de Lamarck‘, ele se refere a sua
visão da vida a uma arvore genealógica, pela a lógica da ancestralidade, ao
passo que
Lamarck
pensava em processos paralelos de aperfeiçoamento continuo.
Darwin
antecipava, na primeira edição do
‗Origem‘, uma conjectura sobre a
origem da baleia: ela seria descendente de mamíferos terrestres, a ideia foi
criticada com
zombaria, inclusive ele a
retirou na edição seguinte. Para Lamarck isso seria impensável, pois para um
mamífero aquático seria o
‗aperfeiçoamento‘ de um réptil
aquático. Um mamífero terrestre não se ‗aperfeiçoa‘ tornando-se um aquático,
como propôs Darwin.
10
Wallace
adotou sem restrições o gradualismo
naturalista,
transpondo-o para o seu pensamento biológico.
11
Darwin
acreditava na herança de características
adquiridas, pois ele mesmo não
acreditava que a seleção natural era suficiente para explicar o processo
evolutivo das espécies,
enquanto que Wallace rejeitou prontamente o
lamarckismo, desde o inicio de sua carreira cientifica. E Darwin, em cada nova
edição dos ‗Origens‘, mais se tornava lamarckiano, é o que dizem seus críticos
científicos.
12
Quanto aos grandes macacos, desde Lamarck, a
postulação
da origem símia dos seres humanos era patrimônio do pensamento heterodoxo, e
Wallace ―ficou fascinado com a
possibilidade de estudá-los no seu habitat, arquipélago Malaio.
Para
ele, era perfeitamente aceitável que tivéssemos um ancestral comum com os
orangotangos‖.
13
Em
1868, Wallace lançou o livro Arquipélago
Malaio,
contando suas viagens pelo o arquipélago Malaio, no livro Wallace descreve uma
linha imaginária entre as faunas da Austrália e da Ásia, hoje conhecida como
alinha Wallace.
14
Wallace
viajar para a Amazônia ainda muito
jovem,
tinha apenas 25 anos. Aos 31 viaja para o Arquipélago
Malaio
(Indonésia). Wallace viajou pelas as ilhas desse arquipélago, deparou-se com um
feito curioso, apesar da
proximidade
geográfica, partes das ilhas tinham diversidades complementes diferentes das
outras partes: em uma parte,
algumas
ilhas mantinham a relação de biodiversidade encontrada na Ásia, mas as ilhas
mais ao sudeste mantinham relações com a biodiversidade australiana.
15
Depois
de muito estudar compreendeu hoje o
que
chamamos de placas tectônicas, e traçou a barreira biográfica, atualmente
conhecida como a ‗linha de Wallace‘.
16
Wallace
contou mais de 180 mil espécies no
arquipélago
Malaio, só de besouros mais de 80 mil, sendo que mil representavam espécies
novas para a ciência, isso é para percebemos como a categorização dos animais
já estavam avançadas naquele tempo.
17
Descrições
dos seus estudos e aventuras foram
eventualmente
publicados, uma em especial se tornou um dos
diários
de exploração cientifica mais populares do século XlX. A publicação foi
elogiada por cientistas, tais como Darwin, a quem o livro foi dedicado.
18
Wallace
manifestava uma posição incomum
para o século XIX, e não chamava
as tribos selvagens de ―primitivas‖ e nem as considerava imoral ou
intelectualmente
―inferiores‖ aos europeus. Isso
tipo de postura de Wallace lhe acarretou grandes problemas pessoais. Enquanto
que Darwin em
seu livro A Ascendência do
Homem‘, ainda assume uma posição racista, falando de ‗raças humanas‘ (isso é
não é biológico), ou
misoginia dizendo que a mulher tem ‗um intelecto
menor‘, que o
homem,
porém, também dirá seguindo o exemplo de Wallace, que nenhum ser é superior ao
outro.
19
Os
doze anos que passou convivendo com os nativos do arquipélago, lhe deram uma
visão mais realista da natureza humana, ‗Quanto mais vejo pessoas menos
civilizadas, melhor compreendo a natureza humana como um todo, e as diferenças
essenciais entre os chamados homens civilizados, e os selvagens, tendem a
desaparecer.
20
Para
Darwin a seleção sexual deu origem ao que
ele chamava de ‗raças‘ humanas, e progresso cultural, o
porquê dos humanos se dividirem em diferentes grupos raciais, a cor da pele e
do cabelo como indicadores importantes. A seleção sexual podia afetar
características mentais como inteligência e amor
materno, até mesmo dentro dos grupos raciais, ele
escreveu: ―o
homem
é mais corajoso, sagaz e enérgico do que a mulher, e tem mais gênio inventivo‖.
21
Wallace era contra essas
definições darwinianas de sua seleção sexual (racismo-sexismo):
A
ideia de ‗raças inferiores‘ de Darwin, dividia
até mesmo seus parentes diretos. Uma votação crucial
ocorreu em
1913
no Parlamento Britânico, sobre a esterilização de ‗tipos inferiores‘. De um
lado estava o filho de Darwin, o Major
Leonard
Darwin, que presidira um congresso de eugenia no ano anterior, do outro lado
seu primo Clemente Wegwood, que foi um dos três votos contrários, mas lutou
contra a vetaçao da lei, e conseguiu suplanta-la.
Francis
Galton era primo de Darwin, e baseado
em
suas teorias, cunhou o termo Eugenia, que significa ‗bem
nascido‘. Galton definiu a eugenia como ‗‘o estudo dos
agentes
sob
o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades essências das
futuras gerações seja física ou mentalmente‘.
22
Alguns
estudiosos alegam que talvez Darwin,
tenha
assumido essas posturas (racismo-sexismo) por causa do ‗espírito da época‘, ou
talvez, para agradar os vitorianos superiores aos ‗selvagens‘. Mas, seja como
for, Wallace não comportava com o ‗Espirito da época‘, porque seu espirito era
mais avançado que ela.
Inclusive
já aos 60 anos, escreveu sobre os
direitos das mulheres, e direitos no trabalho.
Trabalhos sobre a
nacionalização da terra trazem
ideias de quem estava muito além do seu tempo. Ele sugeriu uma legislação para
salvaguardar patrimônios históricos, a construção de cinturões verdes em
parques,
agrupamentos para repovoamento e organização urbana, sempre em constância com a
natureza, com a ecologia.
23
Enquanto
Darwin temia apresentar suas ideias
na
Inglaterra vitoriana, que acreditava no fixismo criacionista.
Wallace
lança suas ideias aos quatro ventos, e foi exatamente essa valentia de Wallace
que irá influenciar Darwin a apresentar ao publico, em ‗conjunto‘ com Wallace
suas teorias:
24
De
fato, desde o retorno de sua viagem no
H.M.S. Beagle (1831-1836), Darwin
já começara a esboçar sua teoria. Entretanto, fizera isso secretamente por pelo
menos 20
anos
devido ao fato da teoria confrontar a crença religiosa de que Deus teria criado
todos os seres vivos de forma fixa, imutáveis. Portanto, a teoria era
inaceitável a um membro da elite britânica na Era Vitoriana.
(Na
segunda edição do Origem Das Espécies,
Darwin introduz uma epígrafe, um
trecho do livro do bispo anglicano Joseph Butler, que utiliza termos dos atuais
defensores
do
Design Inteligente, inclusive utilizando essa expressão, além disso inseriu
referencias ao ‗Criador‘. Algo totalmente contraditório).
25
Por
outro lado, Wallace, sem as amarras sociais
de Darwin, escreveu um ensaio
detalhado explicando sua Teoria de Seleção Natural e enviou ao Darwin
juntamente com uma carta de apresentação. Como já se correspondia com Darwin,
ele sabia de seu interesse sobre transmutação das espécies (como a evolução era
chamada).
26
Wallace
não era contra as vacinas, mas pela a
forma
anti-higiênica em que eram aplicadas. Wallace fez um
estudo que mais pessoas eram prejudicas pelas as
vacinas, do que seu efeitos protetores, por causa da forma sem base higiênica
em que eram aplicadas. ‗Hoje‘, a higienização é a base da ciência médica
universal.
27
Wallace
através de seus estudos sobre tamanhos
de
crâneos, ele tentava medir as funções da mente e da
personalidade de cada um, e dizia que, ‗A mente é um
função do
cérebro‘, indo de encontro a
crença comum na época que eram funções separadas. Mas, os estudos da
inteligência dos
homininios,
caracterizado conforme o tamanho dos crâneos
destes. Assim, por exemplo,
conforme o tamanho de um crâneo, sua capacidade de inteligência é analisada.
ALFRED
RUSSEL WALLACE
Teve
uma vida agitada desbravando horizontes
além,
‗louco‘, apaixonado pela a natureza, pela a vida. Enfrentou dificuldades desde
a infância até o dia que morreu dormindo, aos 90 anos de uma vida intensa.
Enquanto
Darwin sentiu em seu rosto as brisas
dos ventos das ilhas Galápagos, coletando dados, e
analisando os pescoços das tartarugas, Wallace teve que enfrentar a floresta
mais fechada, perigosa, e de maior
diversidade biológica do mundo, a floresta amazônica. E escreveu sua ‗Lei do
mais apto‘, enquanto lia Malthus , delirando de febre, depois de adquirir
malária.
Seu irmão morrerá atacado pela a febre amarela.
A
medida que seu barco afastava-se da floresta
amazônica, ela distancia-se dele,
houve um momento sublime de respeito entre ambos, a Amazônia devorou seu irmão,
mas
respeitou aquele audaz mortal, não sentia-se culpada, o
desafiante
deve arcar com os ônus do desafio. Wallace com olhos
plácidos inclina um pouco a cabeça em reverência a Toda Poderosa Natureza, e
segue.
No
retorno de casa seu barco virou um ‗Titanic‘,
ferido
mais vivo, depois de dez dias à revelia pelos os lares de
Poisedon,
retornou a sua querida Inglaterra, levando a Amazônia na alma. Era chegada a
hora de encarar os perigos do arquipélago Malaio.
Foi o
‗ultimo cientista aventureiro do Velho
Mundo‘,
ainda não contente em apenas em encarar a Gigante
Verde (Amazônia), enfrentou as
florestas perigosas do arquipélago Malaio, cruzou rios e mares, e algumas vezes
por eles fora ‗engolido‘, e doenças que lhe infringiram a carne e o
‗coração‘(morte do irmão), em sua busca incessante pelo o conhecimento dos mistérios
da Vida, guardados a sete chaves pela a natureza implacável, qual enfrentou,
mas que no final entre tragédias e alegrias, ás vezes se conciliavam, outras
vezes
reconciliavam-se,
era como um casal que brigavam, mas que se amavam, para o bem da ciência, pelo
o bem da natureza e da humanidade.
Wallace
é um exemplo que inspira por suas
atitudes
audaciosas, de alguém que não queria passar pelo o planeta Terra sem deixar sua
marca, sua contribuição para a ciência, para a humanidade, nem mesmo as condições
de
extremas
necessidades que lhe acometeram desde sua infância, o delimitaram, manteve em
seu espirito um amor pela a natureza, que compensará todo o esforço por ele
desprendido, para poder dizer no final: ‗Sim, valeu a pena, mesmo entre
escombros, venci‘.
Wallace
jamais declinou por não ter apoios de
contatos poderosos, ou das vantagens
da riqueza, não se intimidou e foi adiante, conseguindo realizar feitos
extraordinários, através de sua concentrada força de vontade, pensamento
independente,
rebeldia,
entusiasmo pela natureza, pela a ciência, pela a Vida.
Reunião da Sociedade Lineana em 1858, para apresentação dos trabalhos sobre
evolução natural desenvolvidos por Wallace e Darwin.
Nem Darwin
nem Wallace estavam presentes. Darwin ficara em sua casa na Inglaterra em luto
pela
morte
de um filho de febre escarlate; Wallace estava na distante Nova Guiné, caçando
borboletas e besouros.
O
artigo de Wallace formalmente intitulado "Sobre a tendência das variedades
de se diferenciarem indefinidamente do tipo original" foi popularmente
chamado de
"o
artigo Ternate", pelo nome da cidade da Indonésia da qual ele enviou o
estudo para Darwin. O artigo foi a primeira explicação completa do processo de
seleção natural, que introduziu o conceito da sobrevivência dos mais fortes.
Wallace, que não tinha
consciência que seu artigo tinha sido apresentado na Sociedade Linnean,
continuou
colecionando dados e escrevendo sobre biogeografia, a biologia da ilha, a
mudança das marés e a antropologia do
arquipélago
melanésio, onde passou oito anos produtivos, porém isolados.
Darwin, membro da elite científica britânica. Wallace, que deixou a
escola aos 14 anos e vinha de uma família modesta.
Darwin
era mais velho e mais bem estabelecido. Sem dúvida que vinha pensando sobre a
evolução e colecionando dados volumosos, mas até aquele momento ele não tinha
publicado uma única palavra sobre o assunto.
Wallace, por outro lado, havia escrito vários artigos sobre a evolução
antes do artigo Ternate, inclusive o Sarawak Law de 1855, em que afirmava o
princípio hoje o óbvio que "toda espécie chegou à existência coincidentemente
tanto no tempo quanto no espaço com uma espécie aliada preexistente".
Quais são as ‗semelhanças‘ entre a
teoria da
evolução
proposta por Wallace e Darwin. Na reunião da
Sociedade Linneana, em que
realmente consistem, quais das duas apresentaram mais consistências
científicas?
Sobre as polemicas das cartas de
Wallace à Darwin (capitulo Cartas de Wallace). Independentemente das polemicas
que as envolvem, em torno de Darwin, e das suspeitas que recaem sobre ele, ter
ser apoderado das ideias de Wallace. Vamos ao quer é realmente objetivo,
cientifico:
Os
trabalhos de Wallace por ele apresentados
jamais estiveram sobre suspeição,
e os apresentavam abertamente, e pela a grande admiração que tinha por Darwin
(14 anos mais
velho que ele) , ao invés de mandar sua analises
cientificas para as
revistas ou grupos científicos
da época, os enviavam a Darwin, acreditava piamente nele, não só como
cientista, mas como homem honroso, digno da sua absoluta confiança.
A
carta com o manuscrito de Wallace foi
postado
em Ternate em 9 de março de 1858. Nesse exato
momento em que Wallace postou sua carta com o ‗Ensaio
sobre a tendência das variedades de se afastarem indefinidamente do tipo
original‘. Aqui, ele marcou para sempre seu nome na historia da ‗biologia
moderna‘, da historia cientifica.
Naquela
época o registro de uma obra era feito
através
das cartas enviadas entre os pesquisadores das áreas
cientificas,
por publicações em revistas, ou em reuniões oficiais de grupos científicos.
Assim, Wallace assina-la seu pioneirismo na publicação da teoria evolução, da
seleção natural.
‗Semelhanças‘
em ciência, pode significar um
abismo
entre as ditas partes ‗semelhantes‘, que é a diferença entre um asno e um
cavalo pangaré. Cada acréscimo em uma teoria desenvolve milhares de fenômenos.
Agora,
independentemente das polemicas
envolvendo
as cartas de Wallace à Darwin, se Darwin. Vamos ao cerne da questão:
Como
Lyell e Hooker puderam afirmar, na
introdução
do trabalho conjunto, que Darwin e Wallace haviam chegado independentemente à mesma "teoria engenhosa para
explicar a aparição e perpetuação de variedades e formas em nosso
planeta", quando isso não era correto?
Ao receber o manuscrito de Wallace, Darwin
notificou seus amigos, Charles Lyell e Joseph Dalton
Hooker
(1817-1811). Eles se encarregaram de apresentar essas
contribuições aos membros da Sociedade Lineana de Londres e decidiram a ordem
em que seriam apresentadas.
Eram estas: um apontamento de Darwin,
supostamente escrito em 1839 e copiado depois em 1844; um
fragmento da carta que Darwin escreveu a Asa Gray em
setembro de 1857; e o trabalho de Wallace
Sobre a tendência das
variedades de se
afastarem indefinidamente do tipo
original (Darwin; Wallace, 1858), escrito em fevereiro de 1858, em
Ternate, nas ilhas Molucas.
Desta forma, o ensaio de Wallace
ficou no final. Darwin inseriu uma nota esclarecendo que o resumo do ensaio
nunca fora escrito para ser publicado e que, portanto, não fora escrito
cuidadosamente (o que pode ser notado na leitura).
Todavia,
como assinala Beddal (1968), o conteúdo dessa nota não era totalmente correto,
pois Darwin tinha uma cópia encadernada do mesmo ensaio, com instruções
dirigidas a sua esposa para que fosse publicado no caso de sua morte prematura.
Depois da publicação dos resumos de Wallace e
do ensaio de Darwin, no Journal da Sociedade Lineana em 1858,
Darwin abandonou, em definitivo, a redação de seu big book on species, intitulado Natural Selection, e, nesse mesmo ano
começou a escrever febrilmente um novo livro, um resumo de seu big book on species, publicado em 1859, sob o título de Origin of Species
Por
fim, ao analisarmos, pormenorizadamente e
em separado as contribuições de Wallace e Darwin, na
publicação conjunta orquestrada por Hooker e Lyell, podemos observar que o
ensaio de Wallace é consideravelmente mais bem escrito e
desenvolvido
que os resumos de Darwin. Wallace,
por exemplo, inicia dizendo que as variedades produzidas em estado de
domesticação são muito distintas
daquelas que ocorrem em estado natural – uma total oposição ao ponto de vista
de Darwin, que acreditava ser o processo de seleção artificial, promovido pela
domesticação,
uma fiel analogia da seleção natural ocorrida na natureza. Para Wallace, as
variedades domesticadas, quando abandonadas, têm uma tendência a reverter à forma
normal de sua espécie antecessora.
Deste
modo, Wallace rechaçou firmemente a
validez dessa analogia. Darwin,
como tantos outros naturalistas, havia iniciado por uma consideração dos
animais domésticos e por uma analogia com o estado natural; mas fez uma
analogia dos resultados conhecidos da seleção de formas domésticas com
possíveis resultados de uma força seletiva mais poderosa que ele propunha atuar
na natureza.
Wallace
também afirmou que "A vida dos
animais selvagens é uma luta pela existência"
(Darwin; Wallace,
1858, p.54), ou seja, todos devem
exercer suas faculdades e energias ao máximo para preservar sua própria
existência e de sua prole. Dependendo do grau de êxito de uma espécie, seus
membros serão mais ou menos numerosos: "A
proporção geral
que deve haver em certos grupos de animais é
facilmente visível.
Animais
grandes não podem ser tão abundantes
como os pequenos; os carnívoros
hão de ser menos numerosos que os herbívoros" (ibidem). Apesar da
fecundidade, que
permitiria que cada espécie expandisse amplamente seu
número, é evidente que a população animal do globo deve ser estacionária ou,
talvez, pela influência do homem, decrescente (ibidem); é
claro que as flutuações se evidenciam por todas as
partes. Depois
de um simples cálculo, baseado
na fecundidade das aves, Wallace concluiu que "é evidente, portanto, que a
cada ano um número
imenso de seres deve perecer – tantos, de fato,
quantos nascem" (Wallace; Darwin, 1858, p.55), isso se a população
permanecer em equilíbrio.
Em
seguida, Wallace pondera:
O
número dos que morrem anualmente deve ser
imenso, e como a existência individual de cada animal
depende
dele mesmo, os que morrem devem
ser os mais fracos – os muito jovens, os velhos e os enfermos –, posto que os
que prolongam
sua existência devem ser os
mais perfeitos em saúde e vigor – os mais aptos na obtenção regular de alimento
e no evitar seus numerosos inimigos. É, como notamos, uma "luta pela
existência", na qual o mais fraco e menos perfeitamente adaptado sempre
deve sucumbir. (Darwin; Wallace, 1858, p.56-57).
Em fevereiro de 1858, o
naturalista Alfred Russel Wallace encontrava-se na ilha de Gilolo capturando
insetos para vender, quando uma doença o impediu de continuar trabalhando. O
ofício de entomólogo financiava seu verdadeiro objetivo: levantar dados para
fundamentar uma teoria sobre a origem das espécies, motivação que o conduzira
da Inglaterra para a floresta amazônica e, naquele momento, para o arquipélago
Molucas (região da Nova Guiné, Oceania). Durante o repouso forçado, ele pôs-se
a refletir sobre a natureza viva e, subitamente, ocorreu-lhe uma intuição,
assim descrita em recordações datadas de 1905:
Naqueles
dias eu sofria de um ataque agudo de
febre intermitente; todo dia (durante os acessos de
frio e posterior calor) tinha de repousar por algumas horas, tempo durante o
qual nada tinha a fazer senão pensar sobre alguns assuntos que então me
interessavam particularmente. Um dia algo fez-me recordar os Princípios de população, de Malthus, que
eu havia lido doze anos antes; pensei em sua clara exposição dos 'impedimentos
positivos ao aumento' – doença, acidentes, guerra e fome – que mantêm a
população das raças selvagens tão abaixo da média das pessoas civilizadas.
Então, ocorreu-me que essas causas (ou suas equivalentes) também estão
continuamente agindo no caso dos animais e, como eles usualmente reproduzem-se
muito mais rapidamente do que os humanos, a destruição anual devido a elas deve
ser enorme para controlar a população de cada espécie (posto que os animais,
evidentemente, não aumentam regularmente de ano para ano, pois de outra maneira
o mundo de há muito teria sido densamente povoado pelos que procriam mais
rapidamente).
Pensando vagamente sobre a
enorme e
constante destruição que isso implica, ocorreu-me
formular a questão: por que alguns morrem e alguns vivem? E a resposta foi
claramente que, no todo, o melhor adaptado vive. ... Então, subitamente me
lampejou que esse processo auto-ativo necessariamente melhoraria a raça, porque a cada geração o inferior inevitavelmente
seria destruído e o superior permaneceria – ou seja, o melhor adaptado sobreviveria. ... Quanto mais pensava nisso, mais
ficava convencido de que eu havia finalmente descoberto a tão buscada lei da
natureza que resolve o problema da origem das espécies. Durante a hora
seguinte, pensei nas deficiências das teorias de Lamarck e do autor dos Vestígios, e vi que minha nova teoria
suplementava essas visões e obviava todas as dificuldades importantes (Correspondence, 7, p. 512).
Estou muito contente devido a uma carta de Darwin,
na qual ele diz que concorda com 'quase todas as palavras' do meu artigo. Ele
está agora preparando seu grande trabalho sobre 'Espécies e Variedades', para o
qual tem coletado material faz vinte anos. Ele pode salvar-me do problema de
escrever mais sobre minha hipótese, ao provar que não há diferença na natureza
entre a origem das espécies e a das variedades; ou pode trazer-me problemas se
chegar a outras conclusões. Mas em todos os casos seus fatos dar-me-ão sobre o
que trabalhar (Correspondence, 7, p.
107, n. 2).
Até este ponto, os argumentos de
Wallace e Darwin são notavelmente semelhantes. Porém, o seguinte passo lógico
de Wallace, claramente, não tem um correspondente na
formulação
prévia de Darwin (1844), nem tampouco o conceito – muito distinto – expressado
em sua carta de 1857 a Asa Gray (1810-1888).
Segundo
Wallace, a maioria das variações da
forma
típica de uma espécie, ou talvez todas, devem ter algum
efeito definido – apesar de serem
pequenas – sobre os hábitos e capacidades dos indivíduos. Igualmente uma
mudança na cor pode, por deixá-los mais ou menos indistinguíveis, afetar sua
segurança (Wallace, Darwin, 1858, p.58). Também é
evidente que
a maioria das mudanças afetará,
favorável ou desfavoravelmente, as faculdades ligeiramente ampliadas para
prolongar sua existência; essa variedade, inevitavelmente deve, com o tempo,
adquirir superioridade numérica (ibidem). Então, em geral,
Todas
as variedades se situam, portanto, em
duas
classes – aquelas que, sob as mesmas condições, nunca
alcançarão a população de uma espécie parental, e
aquelas que, com o tempo, obterão e manterão uma superioridade numérica.
Entretanto, se ocorre alguma
alteração das condições físicas em um distrito ... é evidente que, de todos os
indivíduos que formam a espécie, aqueles que formam o grupo menos numeroso e a
variedade
mais deficientemente organizada serão os que sofrerão primeiro, e, se a pressão
é severa, deverão extinguir-se logo.
(ibidem)
Se
essa crise ambiental extrema é contínua, os
indivíduos da espécie antecessora também morrerão,
diminuindo,
assim,
a população típica da espécie ao
ponto da extinção: "A variedade superior será, então, a única que restará
e, com o
regresso
das circunstâncias favoráveis, aumentará rapidamente de número e ocupará o
lugar da espécie e da variedade extintas" (ibidem).
Darwin
não havia explicado, no trabalho de
1844, como surgem as novas
espécies; e igualmente sobre a formação de variedades na natureza havia dito
simplesmente "Quem pode pretender afirmar que ela [a seleção natural] não
produzirá algum efeito?".
Como
Lyell e Hooker puderam afirmar, na
introdução do trabalho conjunto,
que Wallace e Darwin haviam chegado independentemente à ‗mesma teoria engenhosa‘ para explicar a aparição e perpetuação de
variedades e formas em nosso planeta, quando isso não era correto?
Em
outra passagem da carta a Gray, Darwin
expôs
sua ideia mais claramente: "Cada nova variedade ou
espécie,
quando formada, geralmente tomará o lugar de, e assim exterminará seu
antecessor menos adaptado" (Darwin; Wallace, 1858, p.51-52).
A diferença entre os conceitos dos
dois infatigáveis naturalistas é evidente: Wallace postulou que a
variedade superior se expande para ocupar o lugar da espécie
antecessora
depois que essa população sucumbiu a
alguma crise ambiental; Darwin postulou uma competição direta entre a
variedade
superior e a população da espécie
antecessora, terminando com a eliminação da população da espécie antecessora.
A
teoria de Wallace, através do princípio de
divergência,
teria a vantagem adicional de explicar outros
fenômenos.
Esse termo, utilizado ao redor do ano de 1829, significava desvio de uma norma contínua ou
padrão, e o registro fóssil deixava evidente a divergência das formas
representativas posteriores comparadas com as anteriores, em cada grupo de
organismos.
Já o princípio de divergência de Darwin não
ofereceu
nenhuma explicação para a separação
contínua. Não explicou a formação nem de linhagens nem de morfoespécies.
Darwin
somente afirmou que "a variada prole de cada espécie intentará (e somente
umas poucas conseguirão) ocupar tantos e tão diversos lugares na economia da
natureza como sejam possíveis".
Esta
conjectura contrariava a experiência de
Wallace que, depois de uma década
estudando animais em campo, sabia que, apesar de as variedades ocuparem
localidades
diferentes das da espécie antecessora, todas as diferenças
que apresentavam eram ligeiras e que, em ambas, a variedade
e espécie típica ocupavam o mesmo lugar na economia da
natureza.
A conjectura de Darwin só podia ser vista por Wallace como uma especulação de
alguém que conhecia muito pouco da variação que ocorria na natureza (Brooks,
1984, p.211).
Darwin
costumava repetir que ‗A natureza não
dar saltos‘, uma frase que vinha desde a antiga
Grécia, ou seja, para Darwin mudanças desprendem muito tempo, longos períodos
de tempos, o próprio amigo e defensor ferrenho de Darwin, Thomas Henry Huxleu,
solicitou a Darwin para que ele revesse essa posição, mas era o seu dogma
pessoal-cientifico, mas Wallace não se comportar a definições de tempo, apenas
afirma, em suas observações iniciais sobre a evolução que:
...a
ideia que concebo do progresso da vida
orgânica
sobre o globo ... é que o tipo mais simples e mais
primitivo (sob
uma lei à qual está subordinada a produção do semelhante) deu origem ao tipo
seguinte acima dele e este
produziu o próximo tipo mais elevado – assim
sucessivamente,
até o mais alto de todos; como os graus de avanço, em todos os
casos,
sempre foram pequenos (a saber, apenas de uma espécie a outra), o fenômeno sempre possuiu um caráter simples e
modesto
(apud Papavero& Bousquets, 1994,
p. 20).
A
ciência moderna evolutiva está cada vez mais
concluindo
que a evolução pode se comportar de forma muito
mais
rápida do que propunha Darwin, mas que, como analisado, não descaracteriza como
Wallace propôs a evolução natural. No capitulo seguinte veremos como a seleção
natural de Wallace
está de acordo com as ‗visões
modernas‘ da evolução em teorias como, por exemplo, Evo devo, Epigética.
Por
fim, se levarmos em conta as diferenças
existentes
entre os trabalhos de Wallace e Darwin, que bem se podem notar nos escritos de
ambos, Wallace poderia ter-se
perguntado
se Lyell e Hooker compreenderam o que a teoria de cada um afirmava. Se
houvessem realmente entendido,
certamente
não teriam afirmado, na publicação conjunta, que as teorias de Wallace e Darwin
eram as mesmas (Brooks, 1984,
p.211-212).
Muito
se fala que Wallace havia sofrido
preconceito pelos os acadêmicos por não ter
graduação, porém,
Charles
Darwin também não era acadêmico, ambos eram autodidatas. Wallace teve que se
afastar dos estudos acadêmicos por causa de questões financeiras, e Darwin, por
opção. Então, será que a posição social de Darwin, de sua família e de seus
contatos, influenciou na questão?
Darwin
conseguiu uma pensão da rainha vitória
para
Wallace, de cem libras ao ano, alguns autores anti- Darwin, diziam que isso era
o que ele gastava com carne em um mês. E
que
isso seria um ‗cala boca Sócrates‘ em Wallace, é o que dizem ‗as más línguas‘.
Seja como for, Wallace era pai de três filhos, e como dizem, ‗um pai faz (ou deixa de fazer) qualquer coisa por seus
filhos‘.
Por fim condensando as seleções naturais de Wallace e
Darwin, conforme os dados apresentados entre os trabalhos de ambos no decorrer
de seus desenvolvimentos, elas são postas dessa forma:
A seleção natural proposta por
Alfred Wallace,
afirma que o meio ambiente é ativo
no processo evolutivo, que suas divisões conduzem distinções entre espécies, e
que na luta
pela a existência entre os
organismos atuam como selecionadores de caracteres perpetuando os mais aptos a
sobreviver em um determinado espaço-tempo.
(Wallace não define uma medida
definitiva de tempo)
A seleção natural proposta por
Charles Darwin, afirma que na luta pela a sobrevivência entre os organismos, o
ambiente atua selecionando os caracteres perpetuando os mais aptos a sobreviver
em determinado local.
(Para Darwin a evolução ocorre
através de logos períodos de tempo, e de muitas gerações sucessivas)
Divergência Evolutiva - Síntese moderna – Deriva Genética - Evo
Devo -
Epigenética - Evolução paralela
= Seleção natural de Wallace.
No Rio Negro na Amazônia Wallace elabora
que a questão
das barreiras físicas, que modificam as espécies,
começa a ser uma constantes em todos os seus trabalhos. É a base das
ciências modernas que estão surgindo, estão ‗sempre‘ dentro
da seleção natural de Wallace no
que concerne o impacto entre os organismos e ambientes. Como veremos no
capitulo seguinte.
Wallace
concebeu os grandes rios amazônicos
como barreiras insuperáveis à dispersão das espécies,
ainda que não como uma barreira que
houvesse dividido uma população ou biota ancestral em dois descendentes, os
quais, com o tempo, haveriam se convertido em espécies distintas. Todavia, esse assunto
nunca ficou fora de sua atenção, pois em um artigo sobre mariposas do vale
amazônico, apresentado à Sociedade Entomológica de Londres em dezembro de 1853,
Wallace argumentou que a diversidade desses insetos estaria diretamente relacionada
a fronteiras físicas (Wallace, 1853a). Novas espécies poderiam originar-se
quando uma espécie ancestral, vivendo originalmente em terras mais altas (como
as que habitam planaltos e montanhas, por exemplo), se dispersasse por terras
mais baixas (mais recentes do ponto de vista geológico); as populações das
terras mais baixas seriam modificadas pela influência dos novos habitats, gerando variedades e,
finalmente, novas espécies. Os dados obtidos sobre a distribuição das mariposas
apontar nessa direção.
Em sua obra Viagens pelos rios Amazonas e Negro
(1972), Wallace apresentou uma visão geral da geografia e geologia, vegetação,
zoologia e antropologia da região amazônica. Uma das questões mais pertinentes
desse livro encontra-se nos capítulos sobre as características gerais da
história geológica da bacia amazônica e, consequentemente, dos padrões de
distribuição de populações de espécies de terras altas que geraram as espécies
das terras baixas, em certos grupos de animais (Wallace, 1853b, p.425-427; 1889,
p.294-296).
Primeiramente
Wallace visa processos evolutivos seletivos vindos de barreiras físicas entre
as espécies, a seguir prova a sua seleção natural, pela formação de novas
espécies de mariposas.
__Finalmente, em 1855, Wallace
decidiu
publicar sua Lei
que regula a introdução de novas espécies (1885b). Texto completo no Capitulo Wallace e as
mariposas.
Um caso posterior confirmou,
mais uma vez,
sua teoria. Em 1857, ao desembarcar nas ilhas Aru, teve
a possibilidade de coletar três exemplares (um macho e duas fêmeas de uma nova
forma relacionada com a Ornithoptera
priamus. Esta nova forma nativa de Aru era exatamente intermédia entre o O. priamus de Amboina (nas ilhas
Molucas) e o O. poseidon de Nova
Guiné. Efetivamente, O. priamus tem
quatro manchas negras na asa posterior, e a asa anterior não apresenta uma veia
longitudinal central verde; O. poseidon tem
duas manchas negras na asa posterior e uma veia longitudinal central verde na
asa anterior: a nova forma descoberta por Wallace em Aru tinha três manchas
negras na asa posterior, e a veia verde da asa anterior tem um comprimento
exatamente intermediário entre O.
poseidon e O. priamus.
Ali
estava, de maneira clara, segundo Wallace,
o processo de formação de espécies, com toda a sua
evidência. Uma espécie antecessora havia ocupado completamente a área então
ocupada por essas três formas, que se haviam diferenciado em populações
localizadas, por influência do ambiente. Contudo, a forma intermediária (das
ilhas Aru) existia.
Se desaparecesse a forma
encontrada em Aru, O. priamus e
O.poseidon permaneceriam como espécies isoladas e separadas, tal como
Wallace havia proposto para tantos e tão diversos grupos zoológicos.
A seleção natural proposta por
Alfred Wallace,
afirma que o meio ambiente é ativo
no processo evolutivo, e suas divisões conduzem distinções entre as mesmas
espécies, e a luta
pela a existência entre os
organismos atuam como selecionadores de caracteres perpetuando os mais aptos a
sobreviver em um determinado espaço-tempo.
Em
genética chamamos de ‗restrição do fluxo
gênico‘,
quando duas populações paralelas interrompem seu fluxo genético em função de
uma barreira física.
Dessa
forma temos o que chamamos de
‗restrição
de fluxo gênico‘, entre dois grupos da mesma espécie em duas populações
separadas, e o fluxo genético em função de uma barreira física. Cientistas
sabem que vários exemplos de espécies de um lado do ritmo do Panamá possuem
parentes
muitos próximos, são espécies irmãs do outro lado
da barreira.
Essas
espécies próximas têm até nomenclatura
especial,
são chamadas de espécies genidas, da mesma raiz da palavra latina gemine que
significa gêmeas.
Quando
o Oceano a milhões de anos atrás, ficou
raso
o suficiente para permitir que um trecho completo de terra firme, separando as
aguas do Oceano pacifica ao Oeste, e
aterrando o mar do Caribe ao Leste, as espécies de
organismos
marinhos
que se espalharam para os dois lados dos ritmos, havia uma barreira física que
os impediu das espécies terem acesso
umas
as outras. Agora tínhamos superpopulações das mesmas espécies separadas por uma
barreira física entre elas.
Às
vezes as barreiras ambientais que ficam de
cada lado da barreira ficam
ligeiramente diferentes, criando forças seletivas diferentes, para cada uma das
populações, o que leva a
aumenta as diferenças entre as populações ao longo do
tempo. Ao
algum
ponto as populações passam a divergir entre si, ao ponto de se serem
reconhecidas como duas espécies diferentes.
A
Divergência Evolutiva é crucial para entender
como a evolução acontece, e como novas espécies são
formadas,
especiação, a divisão de uma espécie em duas
espécies diferentes
Genótipos
iguais gerando fenótipos diferentes,
por
exemplo, dependendo do ambiente, se há muitos
competidores, gerinos tendem a
apresentar um corpo mais robusto, na falta destes, um corpo menos robusto.
O mesmo fenótipo conforme contextos
ecológicos
diferentes, e deixando as populações isoladas por
muito
tempo o mesmo genótipo, elas acabam acumulando adaptações genéticas que faz com
que sua capacidade plástica seja reduzida.
E se
deixarmos essas populações isoladas por
muito tempo, mesmo que ela tem o
mesmo genótipo, elas acabam por acumular modificações genéticas, que faz com
que aquela
plasticidade genótipa seja
reduzida, e aquilo que surgiu se torne uma característica intrínseca das
populações, teremos uma
especiação causada por um
processo de plasticidade fenótipa, que a síntese moderna da evolução não
alcança.
Epigenética
A Epigética é
uma mistura da seleção natural wallaciana com lamarckismo:
Fenótipo,
as informações são contidas na cadeia
do
DNA, que faz com que algumas zonas se fechem e nãos e
possa
ler, ou se abrem e se possa ler mais facilmente, elas ativam e desativam os
genes, e o importante dessas informações, que o fato de retirar ou postar
informações, é o condicionamento para
fatores
ambientais, por exemplo, alimentação, o clima, pode fazer com que determinada
características que estavam na informação
do DNA, mas que não se mostravam no interior, em
determinado
momento apareça, porque algo no ambiente os ativa, e
que isso
passa
para gerações futuras, não somente no organismo que sofreu a mudança ambiental,
mas que passa para seus descendentes, filhos, netos...
Só
basta Retirar um determinado organismo
para
outro ambiente, para ele começar a expressar determinados genes benéficos a ele
naquele novo ambiente, isso é Epigética,
isso
não é uma influencia de uma mutação, isso é uma adaptação, flexibilidade
genômica, que o próprio individuo já possui, que está programado em si mesmo.
__Os
filhos mesmo que tenham o mesmo
genoma
do pai, se eles estão num ambiente onde os pais sofreram modificação
epigenética, os filhos vão herdar essa modificação,
que
pode durar algumas gerações, dependendo da espécie, ou do gene do individuo, ou
se tornar constante.
Wallace
na seleção natural disse que os
ambientes
podem mudam os indivíduos, de ambiente para
ambiente,
porém a Epigenética, soma a isso questões culturais a essas modificações, a
seleção Biométrica visa explica como se
sucede
essa modificação em junção do organismo com a cultura inserida em seus
contextos e ambientes.
‘A seleção
natural é uma lei Universal’
A seleção natural proposta por
Alfred Wallace,
afirma que o meio ambiente é ativo
no processo evolutivo, e suas divisões conduzem distinções entre as mesmas
espécies, e a luta
pela a existência entre os
organismos atuam como selecionadores de caracteres perpetuando os mais aptos a
sobreviver em um determinado espaço-tempo.
Quando
você lê a lei da seleção natural escrita,
condensada
dessa forma, ela esta dentro de uma visão ‗Universal biológica‘. A partir dessa
premissa todo e qualquer biólogo pode fundamentar sua analise cientifica a
utilizando. E ela pode ser aplicada na Vida como um todo, até mesmo no espaço
sideral.
É por
isso que Darwin, tendo por base essa lei,
escreverá
rapidamente 40 páginas sobre evolução que apresentará na Reunião da Sociedade Lineana em 1858, em conjunto com o
Wallace que selecionou as bases da evolução e da
seleção natural.
Hoje
a lei da seleção natural é aplicada em muitos ramos da ciência biológica,
coisas que Wallace e Darwin jamais
imaginariam
na época, mas de qualquer forma, elas sempre
estiveram
ali. E Darwin, reunirá mais dados para provar essa ‗lei da seleção natural‘, um
ano depois, em 1859. Em seu livro ‗Origem das Espécies‘, porem, nas edições
posteriores, críticos de
Darwin
afirmam que ele se tornou a cada nova edição mais lamarckiniano.
A
polêmica em torno da evolução está longe de
acabar. Para os cientistas, isso não é uma má
notícia: discussões são sempre muito úteis para estimular o conhecimento e
forçar um maior rigor nas pesquisas. Apesar de tanto embates, o que não dá para
negar é o gênio de Wallace. Depois de tantos ataques e emendas, sua teoria se manteve
firme nos calcanhares por mais um século.
Vejamos
alguns exemplos modernos da seleção
natural de Wallace, em relação às mudanças
ambientais, alterarem os ‗mesmos‘ organismos, quando separados em ambientes
diferentes.
As
características do pássaro felosa troquilóide
mudam gradualmente à medida que ele se espalha pela
Ásia. No norte do continente, duas variações da espécie não conseguem se
reproduzir e podem ser considerados membros de espécies diferentes. A forma
como essas espécies se diferenciaram reproduz o modelo de evolução gradual
previsto por Wallace, no caso das mariposas Amazônicas e Malaias a ,a separação
ambiental e a luta pela sobrevivência entre as espécies as modificam,
sobrevivendo o ‗mais apto‘.
Salmões introduzidos em um rio
nos Estados Unidos há 60 anos estão prestes a se dividir em duas espécies. A
descoberta mostra que a evolução nem sempre ocorre de maneira lenta, como
Darwin previa, mas dentro das especificações de Wallace, em relação como ela
transcorre (caso das mariposas do vale amazônico-arquipélago Malaio).
Pesquisas recentes mostram que,
em alguns
casos, as espécies podem evoluir ainda mais rápido do
que Gould e Eldredge imaginaram. Um estudo divulgado em outubro do ano passado
apresentou evidências de que uma espécie de salmão chegou quase ao isolamento
reprodutivo em cerca de 60 anos.
Durante a década de 1930, esse
peixe foi
introduzido em um hábitat no noroeste dos Estados
Unidos composto de um rio e uma praia fluvial. Alguns animais se especializaram
em viver na correnteza e desenvolveram características distintas daqueles que
habitavam as águas calmas da praia.
Hoje em dia, os peixes de uma
população
dificilmente se reproduzem com os da outra e, caso
isso ocorra, os descendentes têm poucas chances de sobreviver. ―Ainda não se
pode dizer que são duas espécies diferentes, mas esse caso é um modelo de como
surgem novas linhagens‖, afirma Andrew Hendry, da Universidade de
Massachusetts, Estados Unidos, o autor do estudo.
É
possível também que a evolução combine a
seleção natural de Wallace, com outras leis da
natureza. É o que indicam novos estudos das ciências da complexidade. Essa
linha de pesquisa parte do princípio de que alguns sistemas possuem tendências
que não podem ser explicadas pelas características de suas partes. Por exemplo,
não é possível prever a direção de uma avalanche se conhecer apenas as
características dos flocos de neve, assim como não se pode partir apenas da
psicologia de cada torcedor para entender o comportamento de uma torcida de
futebol. É o sistema como um todo, em sua complexidade, que deve ser analisado
(Seleção Biométrica)
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Origem Da Evolução
Biométrica
Quando garoto, lembro que no colégio me
ensinaram que os animais eram irracionais, mas eu
sempre gostei de bicho, então observei que, quando chamava meu cachorro, ou meu
gato... Eles viam em minha direção, ficava pensando que de alguma forma, eles
sabiam que eu estava a chamar por eles, tinha também as brincadeiras. Pensava
tem algo errado.
Anos depois vou definir a
Evolução Biométrica,
defendendo
que, os seres vivos possuem vários níveis de inteligências e emoções, só havia
diferenciado de graus, do homem até chimpanzé, do chimpanzé até o golfinho, o
corvo... Até mesmos seres como lesmas tem inteligência, porem, ínfimas, mecânica-instintiva.
A vida se fez quando a energia
deu o salto na
massa abiótica (sem vida), fazendo com que está
passasse a ter auto movimento, vontade, instinto, emoções, pensamentos:
massa-bio, massa-viva.
Como a Evolução Biométrica, é a
quebra das
barreiras entre a biologia e a física, astrofísica,
física quântica... Você não pensa mais como a matéria abiótica (sem vida) deu
um salto para a vida, que é a evolução
de Wallace-Darwin, mas, quando a energia transformou-se em bio-massa.
Até
hoje ela (energia - e suas forças)
continua
sua jornada. Em cada um de nós, o mais 'abstrato' dos
seres.
E
disse a Energia (fisioquímica): Haja Vontade: e Houve Vida.
Para Evolução
Biométrica, a evolução Humana não foi gradual, como proposto pela a evolução
darwiniana, mas expansiva biométrica. Ou seja, o homo habilis, o Neandertal, e
o homo sapiens são os ‗mesmos‖, essa variações corporais se deram no decorrer
dos milênios, através da seleção Biométrica, através dos processos fisioquímicos
por onde os grupos iniciais de homo habilis sapiens, se espalharam pelas várias
Regiões do continente. E conforme os grupos de famílias desse gênero se
diversificou, e se espalharam pela a Terra.
O homo Neandertal, é um filho dos
habilis sapiens, mais robusto, mais adaptável a Regiões frias.
Para a Evolução
Biométrica, não há dúvida que o principal fenômeno de sobrevivência humana, vem
do campo
abstrato,
a imaginação, a capacidade de identificação geométrica, simetria, identificação
de sequencias na natureza, o trouxeram até aqui, e ao espaço sideral.
A partir do homo
habilis sapiens, o homem conquistará o Mundo, conquistará o espaço
sideral. Na verdade podemos chamar o
homo habilis, de homo habilis sapiens, o homo de Neandertal, já é um homo
sapiens, já possuíam 'alta' cultura, inclusive eram religiosos, como estudos
recentes apontam.
Evolução – Biométrica - Humana
No colégio observando a figura
de um Neandertal e do homo sapiens, disse para um amigo, apontando para o
desenho: ‗esse cara (neandertal), viveu na mesma época
que
esse, não é a sequencia desse
(sapiens)., intui. Na época era apenas um garoto curioso e intuitivo, mas de
qualquer maneira
isso
ficou na minha memória, até uma matéria que afirmava o que tinha dito, achei
aquilo interessante, de qualquer forma eu estava
certo. Continuei minhas pesquisas, e agora venho dizer que
ele não só viveu com o homo sapiens, como ele era um homo sapiens, não só ele,
mas o homo erectus, e até mesmo o homo habillis... Vamos analisar.
Lembro
como se fosse hoje, quando disse para a
professora em relação a lei da inércia, ‗Professora,
não existe a ‗inércia‘, as coisas parecem paradas, mas não estão, o seu
computador em cima da mesa não está parado. Porque ele está
sobre
a mesa que esta sobre o solo, e o solo se move, só que um movimento mínimo‘, a
ideia me veio das aulas sobre geografia, das placas tectônicas, que se movem, e
do núcleo dinâmico da Terra. Essa professora realmente ficou em ‗inércia‘, ali
parada olhando-me com grande admiração e espanto. Jamais esquecerei,
acho
que ela também não, esse momento. Precisa contar isso aqui, porque não contei
no Ciensofia, que é dedicado mais a questões da física clássica e moderna.
Voltemos a Biologia.
A evolução humana foi iniciada há pelo
menos seis milhões de anos. Nesse período, uma população
de primatas do noroeste da África se dividiu em duas linhagens. O primeiro
grupo permaneceu no ambiente da floresta tropical. E originou os Chimpanzés. O
segundo grupo se adaptou a ambientes mais abertos, como nas savanas africanas,
dando origem ao Homo Sapiens. Por isso, o continente africano é chamado de O
Berço da Humanidade. Texto do grande cientista paleontólogo descobridor do
fóssil Luzia, Walter Neves. Com minhas respostas sequenciais conforme minha
seleção Biométrica.
A extinção da maioria dos astralopitecus
possibilitou o surgimento de uma nova linhagem: O
Homo Sapiens, que se destaca o desenvolvimento do sistema nervoso e da
inteligência, além disso, apresentava evoluções adaptativas evolutivas, como o
bipedismo.
O Homo Erectus, Homo Ergaster, lhe deu (ao Homo Sapiens)
origem a várias linhagens entre elas a dos Neanderthalensis.
O grupo dos Neanderthalensis, conviveu
com os primeiros dos Homo sapiens, este último que
teria surgido na África, entre duzentos e cento e cinquenta mil anos atrás, à
partir da linhagem do Homo Ergaster. O homo Heidelbergensis, é o último
ancestral comum, entre as duas linhagens de homininios.
O Homo de Heidelbergensis, é a última
espécie da qual, na África, surgiria o Homo Sapiens,
e na Europa, o Homo de Neanderthalensis, ele é o último ancestral comum de
homininios.
O Homo Erectus será o
conquistador do Mundo Antigo chegando na parte oriental, e asiática, mas não
fora encontrado, ainda, nenhum registro dele na Europa. Foi o primeiro a sair da África, a domesticar
o fogo, a assar e cozinha seu alimento. Mas hoje o homo Ergaster, é considerado
o próprio homo Erectus.
Lucy
Os dados dos fosseis de esqueletos são
muitos difíceis de encontra-los de forma inteira,
como aconteceu com a Lucy, e o garoto de Tocasna: achamos um crâneo de Homo
Habbiles, e a uns quinhentos metros de distancia dele, um fêmulo, um tronco, ou
um numero. Dai, assumisse que o crâneo
que foi encontrado e um fêmulo, que estão no mesmo estrato geológico são do
mesmo homininio. Isso é arriscar, mas, e se existiu duas ou três espécies
vivendo contemporâneas, na mesma região. E é muito difícil associar o pós
crâneo com o crâneo homininio.
Hoje o quadro se modificou demais para
associar a capacidade de fabricação de
ferramentas para definir o Homo Sapiens,
ou para definir o inicio do nosso gênero, porque já encontramos ferramentas na
Etiópia, com 2, 6 milhões de anos atrás. E recentemente foi descoberta uma nova
indústria de pedra lascada no Quênia. Hoje sabemos que os hominios passaram a
fabricar instrumentos de pedra lascada, por volta de três (3) milhões de anos
atrás, precedendo e muito o surgimento do Homo Habillis. Assim, não podemos
associar a indústria de pedra lascada ao gênero Homo.
Os poucos materiais fosseis encontrados
sobre o Homo Habillis, mostra que ele ainda possuía
uma bipedia facultativa (usando mãos-pés), ou seja, não dar para usar como
critério para definir a origem do gênero homo sapiens, que é a bipedia
absolutamente terrestre. Alguns autores, principalmente o autor Bernard John Wood (1945USA), dizia
que só e poderia classificar o gênero Homo, somente, pela sua bipedia
terrestre.
Não necessariamente, podem ter adquirido
varias formas de caminhar, até atingir a bipedia
absolutamente terrestre, como no caso do Homo Habillis, assim, já podemos
classifica-lo como um membro dos Homo sapiens, pois já possuíam apurada
capacidade cognitiva para fabricar ferramentas... Edson Exs – Seleção
Biométrica.
Até os anos setenta (70), acreditava-se que a
evolução humana não ultrapassava 2,5 milhões de
anos, então, a descoberta do austrolopitecus Alforensis, recuou a historia da
evolução humana em cerca de um milhão de anos. A Lucy, foi encontrada com
quarenta por cento do seu fóssil preservado.
Quando Lucy foi encontrada, para a surpresa
geral, é que ela ainda tinha um tipo de bipedismo,
muito parecido com o nosso, isso recuou o bipedismo para cerca de 3 milhões de
anos. O fóssil do alforensis, já tem a fase mais retraída para dentro, mais
próximo da nossa face. Porem, sua locomoção, ainda era característica era de
uma bipedia cambaleante, de braços alongados, pernas curtas, mãos e pés curvos.
Precisamos encontrar muitos outros fosseis
da ‗linhagem‘ da Lucy, para termos uma visão ampla
sobre esse grupo de homininios. Edson Exs – Seleção Biométrica.
A evolução humana darwiniana consistia em
comparar os dados fisiológicos entre o monos
(Chimpanzé, gorilas e orangotangos), com os do homo sapiens. Isso fez com que
associamos que lá atrás, havia um ancestral comum entre nós e os chimpanzés.
Ao usar o chimpanzé como um representante
desse ancestral comum, isso demostrou-se uma
falácia, um erro gravíssimo. Mesmo que tenhamos uma identidade genética de
noventa e nove (9) por cento, com os chimpanzés, nós que partimos de um
ancestral comum de sete (7) milhões de anos, provavelmente, na África.
É
impressionante o poder da Evolução
Biométrica,
a diferença de 1(um) % por cento na genética entre chimpanzés e humanos, fez
com que os chimpanzés vivam até hoje nas savanas africanas comendo frutas, e
nós alcançamos ao espaço. A mínima
variação biométrica muda um Universo. Edson Exs – Seleção Biométrica.
Nós, evoluímos desse ancestral comum a
sete (7) milhões de anos, mas também não podemos
esquecer
que, os chimpanzés, também, evoluíram a sete
(7) milhões de anos atrás, a partir de
um ancestral comum de sua própria espécie usar o chimpanzé como modelo desse
ancestral comum, não corresponde a realidade dos dados históricos atuais: por
um lado veio a linhagem dos chimpanzés, e por outro lado, a linhagem homo, que
se definiu pela locomoção adotada pela a bipedia (em pé), e dos monos, pela a
nodopedia.
A
morfologia humana revela-se
extremamente ‗transmorfa‘, capaz de variar através
dos processos biométricos ambientais, através do ‗uso e desuso‘, de suas
capacidades psicorganicas, infrasensibilidades, alimentícias. Por exemplo, a
Seleção Biométrica através desses caráteres vai diferenciar o Homo Sapiens
Neanderthal, do Homo Sapiens, em suas estruturas psicorganicas.
O Homo Sapiens Neanderthal se estabeleceu
em regiões frias, o que clareou sua pele, seu corpo
robusto foi derivado de suas longas temporadas de caça, que lhe exigiam grandes
esforços, sua alimentação rica em fibras e gorduras, e também frutas, em
consonância com a biométrica ambiental, gerou as vitaminas necessárias ao seu
tipo de desenvolvimento. Aumentando sua capacidade cognitiva, ao ponto de criar
cultura avançada (como propõem os estudos atuais), incluindo aumentando sua
sensibilidade biométrica sobre o mundo, ao ponto de perceber ‗ordem‘ nele,
assim, tornando-se religioso.
Homo sapiens Neandertal, foi o primeiro
‗halterofilista‘ da historia humana. Quando
observamos os homens robustos hoje, observa-se que suas barras supra orbitais
são mais salientes, ‗como‘ nos Neandertais. E se o encontrássemos no passado,
os julgaríamos como os ‗irmãos maiores dos Neandertais‘.
A religião foi uma grande evolução no
gênero sapiens, inicialmente, era sua busca por
sentido no Mundo, tinha praticamente uma perspectiva ‗cientifica‘, porém, uma
grande parte dos homo sapiens no futuro (hoje, e alguns milênios atrás), não
entenderam a mensagem, ainda estão no ‗culto (antigo) neandertalenses‘.
A
ciência avançou, tudo que está em tua
volta
é ciência, da simples (sandálias, roupas, bolachas...), a complexa (carros,
celulares, satélites...), renega-la é um erro para a própria sobrevivência do
gênero humano.. .
Mito Da Imagem Famosa Da Evolução
Humana, Baseada No Gradualismo Darwiniano.
Somos influenciados pela uma imagem que
ocupa o imaginário popular, por culpa dos
cientistas, que é aquela figurinha estampadas em camisetas, e nos livros
didáticos espalhados pelo o mundo, do macaco quadrupede, que vai ficando
bípede, até chegar a nós, é falácia pura, um desserviço a ciência, porque ela
não corresponde a realidade.
Para começar, o verdadeiro nome
da ilustração é Estrada até o Homo
Sapiens e sua versão original conta com 15 integrantes, não apenas seis. A
imagem foi criada pelo artista russo Rudolph Zallinger para ilustrar as ideias
do antropólogo norte-americano Francis Clark Howell em um dos 25 volumes da
coleção literária Life Nature Library.
Na obra, Howell não usa a
imagem com intuito de mostrar que os seres humanos evoluíram a partir de
macacos e nem queria colocar o Homo sapiens como
"a versão final" de uma longa linha evolucionária. Ao contrário: no
texto do livro, o antropólogo evidencia sua crença de que as espécies compõem
uma "árvore da vida".
Além disso, em sua versão original,
a ilustração é apresentada com explicações adicionais sobre cada um de seus
integrantes, o que facilita sua interpretação correta. Nessas anotações,
inclusive, Howell explica que alguns primatas ali ilustrados nem mesmo estão na
linhagem direta de antepassados dos Homo
Sapiens.
Desde Darwin (1880), até o
inicio dos anos 60, principalmente o inicio dos anos 70, as características
físicas entre chimpanzés, gorilas e orangotangos, junto com a capacidade de
fabricar ferramentas de pedra, que tudo isso evoluir ao mesmo tempo, e que
sempre existiu no planeta uma espécie de homininio de cada vez, através do
gradualismo, dai a figura fictícia populesca do quadrupede, ficando ereto, até
nós.
Para
a evolução biometricista,
principalmente a parti do Homo habillis, e suas
variações ambientais biométricas, se diversificaram no decorrer dos milênios
até surgir os homo sapiens Erectus, o Homo sapiens Neanderthal, o Homo Sapiens.
O próprio Homo Habillis já pode ser cooptado como o primeiro Homo sapiens
Habillis. São todos da mesma espécie, se reproduziram entre si
(neandertais-sapiens-denisovarianos), e há capacidades cognitivas em ambos..
ERRO DO GRADUALISMO
DARWINIANO.
É um mito dizer que as coisas vão evoluídas
tudo ao mesmo tempo, no padrão:
Bípede + canino menor + face curta +
cérebro maior + ferramentas = Homo Sapiens.
Isso está completamente equivocado, temos
bípede de sete milhões de anos, ainda com uma
capacidade craneana menor, inclusive menor do que a do que próprio chimpanzé
tem uma redução de canino, e encurtamento da face, e em determinados momentos
posteriores esses a face passa a ser projetada como nos monos, os grandes
cérebros, apesar de nossa linhagem de sete (7) milhões de anos, os grandes
cérebros apareceram tardiamente, vão aparecer por volta de dois (2) milhões de
anos, e isso fazendo muita concessão, e a fabricação de ferramentas, antecede
os cérebros grandes
‗Um corpo que tiver mais massa-energia
concentrada atrairá mais do que tem massa maior,
porém, com menos energia concentrada‘.
Edson Exs – Ciensofia l.
Ou seja, o cérebro do homo sapiens habillis,
mesmo sendo menor pode ter adquirido grande
capacidade neural, cognitiva. Peguemos por exemplo, o corvo, é considerada a
ave mais inteligente das aves (e um dos mais inteligentes do reino animal), e
tem um cérebro bem pequeno (ao contrario do golfinho que tem um cérebro
grande), porem, os estudos recentes sobre essas magnificas aves (os corvos), os
cientistas estão concluindo que elas possuem até mesmo intuição, infra
sensilidade. Edson Exs - Seleção Biométrica.
O que se discute hoje é que, quando
surgiram as primeiras ferramentas, há um consenso,
cravado, cravado, que elas surgiram por volta de 2, 6 milhões de anos atrás.
Descobertas recentes no Quênia talvez retrocedam para 3,3 milhões de anos
atrás. As ferramentas surgiram quando ainda tínhamos o cérebro pequeno, não foi
necessário um aumento significativo do
cérebro, para começarmos a produzir instrumentos de pedra lascada.
Isso se chama evolução em mosaico, não
linear, gradual como proposto por Darwin.
Há evolução biométrica segue várias linhas,
se for preciso ela até ‗retrocede‘ para manter a
sobrevivência das espécies. Edson Exs
- Seleção Biométrica.
A ideia que sempre houve uma espécie de
homininio vivendo no planeta, como somos hoje, se
retrocedermos míseros trinta (30) mil anos atrás, tinham quatro ou cinco
espécies de homininios que viviam na Terra: Homo Sapiens, Homo
Neanderthalisensis, Homo Denisorano, Homo Erectus e Homo Floremsensis.
A partir de 4 milhões, há várias espécies de
homininios vivendo em paralelo na Terra.
Nada foi mais ‗cientifico‘ para a espécie
humana, do que a fabricação das ferramentas do homo
sapiens habillis, porque ela criará centenas de novas perspectivas para a
mente, e novas formas mais avançadas de sobrevivência (como na caça, por
exemplo), as ferramentas habillis são a nossa primeira tecnologia avançada, a
partir dessas ferramentas chegaremos ao espaço.
A domesticação dos animais foi um grande
avanço para os homininios, para ele ‗humanizar‘ mais
a natureza, e sair do estado de medo constante em que ele vivia com ela, e isso
trará também novos evoluções bio-emocionais para os hominios, até ir passando
para grupos mais fechados, até chegar aquilo que ficara caracterizado como
‗família‘, chegando a agropecuária, dando novas utilidades para as ‗ferramentas
habillis‘. Até chegamos a ‗conquista‘ espacial.
Provavelmente a 300 mil anos
atrás, no Marrocos, você encontraria humanos semelhantes a nós. É o que afirma
artigo publicado no Nature.
A diferença mais marcante estaria no perfil,
revelando um crâneo mais baixo e alongado. Tudo
indica que o homo sapiens estaria presente no Norte da África pelo menos a 100
mil anos atrás do eu se pensava, a datação de três fosseis adultos, um
adolescente, e de uma criança de 8 anos de idade, e dos artefatos a eles
associados, indica que o homo sapiens estaria a pelo menos 100 mil anos antes
do que se pensava.
Até agora os três conjuntos de fosseis mais
antigos de homo sapiens eram oriundos do leste da
África Subaariana. O mais velho deles, do sitio de Omo Kibirhina Etiópia, tinha
idade máxima de 195 mil anos atrás. As consequências do novo achado para a
evolução humana são grandes.
O aspecto surpreendente desses fosseis é a
disparidade entre as partes de seus crâneos, que o
autor francês descreveu como uma combinação inusitada de traços avançados (o
rosto e a dentição) e arcaicos. ―É um retrato mais complexo da evolução humana
evoluindo a taxas distintas. O formato do cérebro, portanto, teria se alterado
ao longo das evoluções mais recentes do homem moderno, tornando se mais
globular e com mudanças nas proporções. O cerebelo, por exemplo, teria
crescido‖.
Disse Jean-Jacques Hublir, paleoantropologo
francês do Instituto Plack, na Alemanha, sobre o
achado dos fosseis dos homo sapiens encontrados no sitio Jebel Irhoud, no
Marrocos (2017).
Quando já havia ‗finalizado‘ o meu trabalho
para esse capitulo sobre a Evolução Biométrica,
quando esse artigo me saltou a cara na internet. Ele apenas reforça minha
teoria que os homininios eram todos homo sapiens, apenas separados por questões
psicorganicas estruturais, suas formas e modos de sobrevivência e ambientes.
Como explicado acima, e no decorrer do estudo abaixo.
BASES BIOMÉTRICAS
Edson Exs
1
Para a seleção biométrica o meio
fisioquímico é
ativo no processo evolutivo, suas
divisões conduzem distinções
entre espécies, ambiente-organismo
são inter-dependentes, que na luta pela a existência dos ambientes-organismos,
seleciona,
desprende caracteres perpetuando o
ambiente e organismo mais biometricamente apto a sobreviver em um determinado
espaçotempo.
2
Hoje
no grande avanço da tecnologia, nossos
ares são transpassados por centenas de sinais
invisíveis de wifi, ondas de radiofrequências dos celulares... Ate que ponto
nosso organismo (e natureza) é afetado por eles. E como eles podem agir em
conjunto com os sinais que recebemos do espaço sideral, e com os terrestres? E
quais podem trazer novos caracteres biométricos benéficos a Vida.
3
A
evolução humana cultural e a genética, se
fundem, em dados momentos, e separam-se em outros,
a psicologia e a cultura são a natureza transformada, e se transformando.
4
Os organismos transmitem informações
biométricas infra (sensiveis) de um corpo para ou
outro, ou seja, toda fauna e flora. A bio-massa é um campo de energias
fisioquímicas, que interage com as energias fisioquímicas do meio, e da matéria
abiótica.
5
Quando o gene se adaptar a um paradigma
cultural, e quando se sente rivalizado por outro
‗gene cultural‘, reage, ameaça o outro. Pois não quer mais desprender mais
energia com outro paradigma, qual terá que desprender energias, ou sente que
está ameaçado em sua própria existência (de onde surge a base do preconceito
‗racial‘, ideológico religioso, por exemplos).
6
Os pássaros que voam em bandos dentro de
um campo simétrico, utilizam a força cinética dos
movimentos do grupo para se proteger, e conservar energia.
7
A separação inteligencia-emoçao entre
humanos e outros seres vivos está apenas nos graus de
inteligências e emoções que cada um deles sente.
8
Principalmente a biométrica humana, se
desenvolveu mais rapidamente, por causa de sua
estrutura corpórea, que se tornou mais ‗transmorfa‘ que a das outras espécies,
e o fator alimentação e movimentação, o desenvolveu cada vez mais, no
decorrer dos milênios. O ‗uso e desuso‘
de suas capacidades psiorganicas, foram primordiais para sua sobrevivência ou
extinção (Erectus, neandertal), nisso a linhagem dos homo sapiens se
sobressaiu, em relação aos outros grupos, que são hoje apenas ‗imagens da
história‘.
Porem, os seres
micro biométricos estão mais diretamente expostos aos fenômenos fisioquímicos,
por isso em seu reino há muito mais variações, recombinações e mutações, do que
as do plano macro biométrico.
9
Os seres vivos com os metabolismos mais
‗flexíveis‘,
que possuem mais variabilidades de absorção (alimentícia, fisioquímica...), são
os mais biometricamente aptos a sobreviver.
10
As mutações combinadas com os processos
biométricos (fisioquímicos) genéticos no momento do
nascimento aumentam as variações, e dá origem a evolução: os bens adaptáveis ao
seu ambiente biométrico melhoram suas chances de sobrevivência e produção, de
forma que ela vai passar esses genes para as gerações futuras.
11
A Teia da Vida pode ser tornar bastante
obscura, nas ilhas Galápagos, existe um dos
‗Tentilhões de Darwin‘, que inseriu ao seu cardápio sangue de outras aves,
tornaram-se vampiras, tanto bebem sangue de outras aves que estejam com algum
tipo de sangramento, como dos cadáveres dessas. Nessa seleção obscura tem um
tipo de porco que suas presas crescem tanto que podem mata-los quando crescem
em direção a sua cabeça, como acabam por varar pelas as extremidades de sua boca.
12
A In-certeza da Natureza – seleção oscilar
A
Natureza é um pendulo que oscila entre a certeza e incerteza, constantes e
inconstantes, e esses padrões são universais, fazem parte do intrínseco e do
extrínseco dos fenômenos naturais e físicos:
Quando
uma cobra choacalha o seu choacalho, ela está em cinco campos... bases possível
da seleção oscilar Biométrica.
1 –
ela pode afastar um possível predador. 2 – ela pode atrair um possível
predador. 3 – afastar uma possível pressa. 5 – atrair uma pressa curiosa... 5 –
como não ocorrer nenhuma dessas
possibilidades. . Mas, a certeza
nas incertezas, acabará por se revelar em um dado momento, e em relação aos
outros processos dos outros processos.
13
‗Não existe uma Seleção Natural‘, mas Seleções
Biométricas , porque para cada organismo
sobreviver, um emaranhado de causas unem para forma-lo, separam-se para
dissolvê-lo.
14
Quando um rato fica engatado em
um buraco, e ali morre, ele tornou-se vitima da biométrica por ele mal
calculada.
15
Os animais mutualistas (formigas, búfalos...) são o que
tendem a sobreviver mais, se reproduzirem mais, do que os animais
individualistas (tigres...).
16
Na Biométrica não há ‗acaso‘, há
incógnitas. A base da teoria do caos de Henry Poincore diz que uma tempestade
se forma através de processos absolutamente aleatórios, porem, a complexidade
de
uma tempestade só pode ser
formada através de procedimentos ‗combinatórios-complementares‘ (Ciensofia l),
se não a tempestade jamais se formaria.. O ‗mesmo‘ ocorre com os
fenômenos biológicos, que chamamos
de ‗aleatórios‘, ‗acasos‘, há ali leis ainda incógnitas para nós, vamos
descobri-las.
17
Quando um leão ataca uma zebra, ele
o faz para se alimentar, sobre isso ele não tem alternativa, precisa se
alimentar, porem, saciada sua fome, ele não mais se importará com as zebras que
estejam ao seu derredor. Ele não age assim porque é o ‗mais
forte‘, mas por uma necessidade biológica que esta
acima de sua vontade. Porem, quando ele protege seu território de outro leão,
aqui sim, ele está exercendo a lei do mais forte, seu poder, sua vontade sobre
o outro.
18
Dividindo
os seres vivos conforme seus graus de inteligência e emocional.
Racional
– Humanos.
Senciente - são os que possuem um nível mais elevado de
inteligência e emocional, e que alguns são capazes até mesmo de produzir
culturas, como os corvos e os macacos pregos.
Golfinhos, orcas, abelhas...
Infraciente
– crocodilos, moscas, ...
Monociente
– plantas, lesmas, bactérias...
19
Questiona-se muito que a
evolução não poderia formar a complexidade de um olho humano, mas se a evolução
gerou o
próprio Universo. Por um acaso
o mecanismo do olho humano é mais complexo do que o Universo?
20
As plantas são
terríveis, por trás daquelas singelas e pacatas aparências, se encontra os
maiores ‗predadores‘ do reino
biológico, os dinossauros foram ‗fichinhas‘ perto
delas, ali é onde
impera realmente a ‗lei do mais
‗forte‘, é por isso que em cada 30 metros quadrados da Amazônia, você encontra
dezenas de
espécies de plantas e suas variações. Elas invadem tudo,
rios, mares, montanhas, em uma competição assustadora, vão invadindo o espaço
umas das outras constantemente (usam até os pássaros e animas para isso, como
são ‗astutas‘), as mais biometricamente aptas sobrevivem.
21
A
Seleção Biométrica trabalha em pacotes, herança, ambiental, cultural, genética,
epigenética... Tudo é extremamente importante para o desenvolvimento do ser
humano (e seres), e entre essas influencias conforme seus espaços-tempos se
unem, se separam.
22
Os fenômenos biométricos agem de
forma diferente tanto em espécies como em indivíduos. Muitas são as variações,
o que faz
uma abelha ser diferente da outra, um ser humano ser
diferente do outro, um cachorro ser diferente do outro. Por isso, por exemplo,
um ser mais determinado a uma doença do que outro, um gato ser mais inteligente
que o outro.
23
A
evolução é um fenômeno externo e interno.
24
Pela Seleção Biométrica nos
afastaremos cada vez mais da química, adentrando cada vez mais o mundo Físico.
O aparelho de raio x, é um dos pilares disso, temos que aperfeiçoa-lo cada vez
mais para diminuir os danos no organismo. Cada vez mais diminuir seu campo de
ação no corpo, para reduzir o máximo
possível
o impacto radioativo no corpo. Até vermos, por exemplo, um tumor, e ataca-lo de
por raios infra sensíveis, sem precisar dos cortes. Pela Biométrica ‗aposentaremos‘,
as nossas famosas farmácias.
24
O que faz os corais marinhos
‗ressuscitarem‘, são as energias moleculares que ficam contidas em suas
vibrações moleculares. Que despertam quando as circunstancias se unem, para
‗ressuscita-los‘.
25
O tipo de alimentação, mastigação, pelas as quais os
homininiios
(e animais) se adaptaram ,
determinou sua saúde, sobrevivência, seu crâneo, sua força maxilar, suas
variações corporais.
26
Cada
organismo é um bioma, são biomas
dentro de Biomas. Macro bioma,
micro bioma, infra bioma, bioma físico (energia, forças físicas...),.
27
A
evolução é Múltipla. Ela não é uma Teia
Intricada, ela é formada por
várias teias de geometrias diferentes sobre expostas.
28
Existe um erro grave de analise no Design inteligente,
ele parte da perspectiva da ‗Grande Ordem‘ na natureza, o que lhes justificaria
que um Ser Extraterrestre Superior de alto conhecimento a teria
constituído. Porém, aqui não temos um erro
epistemológico. Essa
‗ordem‘ (na natureza) é derivada de
pesquisa cientifica de vários níveis de pensamentos, pois bem, o objeto de
estudo deles não deveria ser o próprio ‗Objeto‘ de sua visão, prova-lo
empiricamente,
para assim justificar sua tese, sua teoria.
Claro que existe mais ordem do que
caos na natureza, se não o sistema não se sustentaria, porém, o que mais me
chama atenção na natureza (hoje), não é a complexidade de um determinado
sistema,
como por exemplo, o do DNA, mas a forma como os seres vivos se mantem vivos a
custa da vida dos outros seres vivos, a vida devora a morte pela a própria
vida. Nesse exato
momento, milhares, milhares e milhares de seres vivos
estão se
devorando
das formas mais terríveis possíveis. E isso para mim, é a parte mais ‗absurda‘
disso tudo, é a que mais me afeta. Gostaria que não fosse assim, mas é.
29
Nada parou de evoluir, porque não podemos parar a
biométrica de agir, em seus processos fisioquímicos, psicorganismos, suas
combinações, reações, contrações, recombinações... que vão
gerando novas mutações, novas características nos Biomas.
30
Os
seres vivos, possuem sentimentos,
emoções, 'pensamentos', alguns em maior grau, outros, em menor grau, e
fenômenos de I (nfra-) s (ensibilidades), e os humanos em maior grau.
31
A
Seleção Biométrica é a mãe da Vida, e da Morte: ela é a ‗deusa Shiva‘.
32
A Seleção Biométrica
definiu o tamanho dos olhos de uma coruja e seu tipo de visão, os olhos de uma
águia, seus instintos, sensibilidades. Pensamentos, a transformação dos seres
humanos... Através das épocas, e dos ambientes quais esses adentraram, e como
eles foram afetados por estes, e como estes afetaram os ambientes quais
penetravam, e formas de alimentação.
33
A Seleção
Biométrica, entre a física e geometria, simetria definiu as estruturas dos
seres vivos, e suas alimentações, mecanismos de sobrevivência. Pela seleção
Biométrica, existe a massa inanimada, e a bio-massa, mas todas estão dentro dos
‗mesmos‖ processos fisioquímicos.
34
Os
mais biometricamente adaptáveis sobrevivem, e passam as características
adquiridas as próximas gerações. Essas variações são ‗inevitáveis‘, porque cada
organismos tende a ser diferente do
outro,
a forma como ele se desenvolveu, alimentou-se, o bioma dentro de cada um deles
e em torno, e isso cria as oscilações gênicas ou deriva genéticas, independente
das mutações ou
pressões
seletivas, em populações pequenas, ou grandes, ou mesmo de individuo para
individuo. E entre o Ambienteorganismo, organismo-Ambiente, e ambiente e
ambiente.
35
Ambientes
selecionam ambiente, como também praticam ‗autocanibalismos‘.
36
O
Anel da Vida não para de girar.
37
Ambientes
e ambientes são interdependentes, mesmos os distantes, cooperam entre si.
38
Ambientes
selecionam ambientes, organismos selecionam organismos, inteligência seleciona
emoções e ações, e emoções e ações selecionam inteligências.
40
Os animais sonham, tem pesadelos, e dependendo do grau de
inteligência, desenvolvem doenças psicossomáticas. E entre os humanos, isso
sempre ocorreu. Muitos animais (chimpanzés..), como
os homininios antigos, já tinham acessos a alucinógenos naturais, já sofriam de
vários ‗problemas modernos‘, como esquizofrenia, psicopatismos, traumas
psicológicos...
41
Estamos
sempre dentro de seleção oscilar, ‗lutamos à favor e contra nós mesmos e
natureza‘. O mesmo ocorre entres os organismos, em certo nível.
42
‗A área encontrada no meio da
espiral das conchas é utilizada por algumas espécies de lesma para armazenar
ovos. Essa finalidade, no entanto, não explica o surgimento desse espaço. Ele é
apenas um subproduto da evolução‘:
Não existe ‗subproduto‘ na
evolução, a espiral das conchas, simplesmente existem por formação biométrica,
ela existe por uma utilidade em si, ‗não para a lesma armazenar ovos‘. Mas, a
lesma a
utiliza por seleção perceptual, ela como uma monociente,
‗percebe‘, que ali é um bom lugar
para ela colocar seus ovos, lhe passa segurança.
43
O mais importante da seleção
biométrica, é quem sobrevive é aquele que mais biometricamente consegue se
‗adequar‘ ao meio, quanto o meio a ele.
44
Tanto o meio
seleciona o organismo, como o organismo pode selecionar o meio, gerando assim,
interdependência entre eles. Disso, surgindo a geometria entre eles, por
exemplo, pinguins e golfinhos. E essas interações entre ambos
(ambiente-organismos) produzem várias alterações nas escalas espaço temporais.
45
Os processos evolutivos combinam organização compensatória, a seleção
biométrica e os acontecimentos históricos.
46
A seleção biométrica é o encontro
da Amazônia de Wallace, com a Amazônia de Exs. Na Amazônia Wallace considerou o
espaço como um elemento ativo no processo evolutivo, e nas distinções das
espécies. Na Amazônia, Exs considerou que os fenômenos fisioquímicos, são
elementos ativos no processo evolutivo no espaço tempo, e nas distinções das
espécies.
47
As estruturas, a geometria dos
organismos converge para adaptações biométricas. Causando diferenciações entre
genótipos, mas não necessariamente nos fenótipos.
48
A Vida é dinâmica.
49
Quando analisamos o mimetismo,
parece que há na natureza uma enteléquia, que regular como algo metafisico o
reino biológico, como por exemplo, a mariposa que suas asas ‗imitam‘ uma
cabeça de cobra, que lhe afasta
determinados predadores.
Parece que a natureza possui uma inteligência
especifica. Porem, todo o mimetismo, é fruto da seleção perceptual. Durante
milhares de anos os seres foram
se adaptando aos ambientes
biométricos, e gerando suas
infinitas formas, desenhos, cores, combinações... e todos os organismos foram
criando padrões de sobrevivência advindo de suas percepções, e essas percepções
foram se estabelecendo entre eles.
A ‗imagem da cobra‘, não está na mariposa porque a natureza quis
defende-la, mas o predador que é uma possível presa de cobra ‗sabe‘ que ali
está o perigo a sua existência, por
similaridades, justaposição de imagens, em paralelo a
seus instintos.
50
O ambiente do núcleo plasmático no núcleo da célula é um
ambiente, que também seleciona seus caracteres.
51
Mesmo entre animais da mesma espécie uns são mais inteligente que
outros, respondem mais emocionalmente que outros. Porque a seleção biométrica
consegue lhes adaptar mais caracteres, em uns do que em outros.
52
A Natureza é a Pele da Terra.
53
Os animais possuem relógios biológicos. Enquanto digitava
meu trabalho sobre a biométrica, todo dia uma gata, as entre doze e
meia vem até
minha porta, deita e fica esperando que eu lhe der
comida. Olhando para aquilo pensei: ‗Isso é
impressionante, sua biométrica lhe dar todo o sistema de espaço tempo para ela
perceber o momento, o clima (mesmo variando, frio,
quente), para vim até mim, na hora da sagrada refeição‘.
Assim
desenvolvemos uma evolução mental (emocional...) entre nós, hoje ela me
reconhece e mandar esses sinais para mim, assim, como ela reconhece os meus
para ela. Porém faz dias que ela não veio mais. O que será que aconteceu com
ela, vai procurar saber.
Tratar os animais como irracionais, foi o maior erro da
biologia ocidental.
53
Temos vários ancestrais comuns,
incluindo as bactérias.
54
Os astros são satélites da Vida, coordenam os ritmos biológicos,
hábitos como a alimentação, humores, em conjunto com o Planeta Terra.
55
‗O herbívoro devora o espaço no tempo, e o carnívoro devora
o tempo no espaço‘.
56
O Ambiente (natural) é um
Organismo.
57
Os
fenótipos similares (pinguins, golfinhos), mas de genótipos diferentes, são
causados pelas as pressões, compressões, pelas as biométricas gravitacionais em
seus respectivos ambientes.
58
O fenótipo estendido significa que uma aranha independente onde nasça,
vai fazer teia. A informação biométrica já está gravada em
sua memoria, e
sua seleção perceptual a fará construir sua teia nos mais variados lugares, não
especificamente em apenas um tipo de ambiente.
59
Os meios ambientes podem causar
canibalismos, e autocanibalismos.
56
O que aconteceria se todos os
seres vivos móveis fossem retirados da Terra, ficando somente os imóveis?
57
Uma espécie pode se separar de
uma espécie, apenas por questões de hábitos, culturas.
56
Evoluir também pode ser ‗um
voltar atrás‘.
57
Um leão que na mesma região, ou
mudando-se para outra região, mudar por escassez de espécies, passar a comer
somente javalis,
terá suas características
alteradas, em seu fenótipo, e dependendo de outros fatores biométricos, em seu
genótipo também.
58
A
seleção mental é o mecanismo que atua com o
espaço tempo, selecionando informações e perpetuando
os organismos mais aptos a usá-las em sua sobrevivência individualcoletiva. Foi
a seleção mental que trousse o homo sapiens até aqui, em contrário dos outros
homo sapiens como os Neandertais.
59
‗Bactérias não tem sexo, não se
reproduzem
entre elas, mas elas se dividem pela a metade, e essa
é sua forma de se reproduzir, há plantas hermafroditas, ou tem suas flores
masculinas e femininas, ou até mesmo a própria flor pode se autopolinizar,
quando não temos a reprodução, não temos todos os sexos separados, e não temos
a reprodução, e é mais difícil delimitar o que é uma espécie‘.
Espécie é qualquer ser que
consegue se
perpetuar, não importando o meio que utiliza para sua reprodução, duplicação,
assimilação, hermafrodismo... Mesmo que seja através da seleção mental, que
criará ‗incubadores reprodutíveis das espécies.
‗Basicamente espécie são os que
se reproduzem
entre si, gerando gerações viáveis a se reproduzirem
entre si, e também capazes de reproduzir, persevera no tempo. Mas às vezes isso
não acontece, quando se cruza uma égua com um cavalo nasce uma mula que nasce
estéril‘.
Isso se chama seleção de
reprodução ‗nula‘, a
reprodução não consegue dar o salto nesse individuo,
e ele não se reproduzirá, não deixará descendentes. Mas ele é ‗uma‘ espécie‘,
surgiu de cruzamentos de linhagens biométricas especificas em relação ao seu
código genético, que o caracteriza em uma espécie.
Se há um ‗igual‘, temos a
reprodução, a espécie
continua, toda unidade é uma espécie (mesmo no caso
da mula, pois vem de reproduções anteriores, são genótipos de reprodução nula
(ou recessivas mesmo que se reproduzam entre si, transferem mais falhas do que
acertos) dentro da espécie, mas a espécie éguas-cavalos continuará). Espécie
são todos os seres vivos que conseguem se reproduzir entre si, em si, por si.
Não existe a ‗não espécie‘. Porque muitos são os ancestrais comuns entre eles.
60
A biometricidade é o conjunto de
todo sistema
biológico da Terra, Terra e Espaço.
61
A evolução é
oscilar, às vezes o mais forte sobrevive, às vezes o mais inteligente, seja
como for, sendo de um jeito ou de outro, o
‗mais apto‘, é o que melhor se adequar as mudanças
biométricas, porem, o mais apto aqui, pode ser o menos apto acolá..
62
Não é só o ambiente que seleciona os
organismos, mas os organismos também selecionam o ambiente. Se não houve
ações e reações biométricas compensatórias, entre
ambienteorganismos, não há Vida.
63
O ultimo
ancestral comum universal, analisado pela a ciência moderna esta dentro da
mesma concepção de Wallace-Darwin,
apesar de não ter sido a
primeira forma de vida, porem, foi a que se originou toda a vida.
Para a Biométrica não há o primeiro
ser vivo, há os primeiros seres vivos, a ciência moderna acredita que a quatro
bilhões de
anos atrás havia pequenas sistêrmicas como as que têm
no fundo
do oceano, de onde a vida haveria
de ter ser originado. Para a evolução biométrica, havia como que ‗bacias, lagos
rios
biométricos‘, que geraram
centenas de seres unicelulares, até se formarem os seres pluricelulares.
Essa
foi à primeira rede da vida que começa a virar uma Teia
Intricada, e entre esses rios,
bacias, lagos e oceano primitivo começou a haver trocas de materiais
fisioquímicos entre eles,
fluxos gênicos, e nos que de alguma forma foram
separados por
barreiras fisioquímicas, sofreram
restrições gênicas separando da espécie de origem, assim, gradativamente iam
gerando vários tipos de fenótipos, e genótipos, entre eles mesmos, e
‗desiguais‘ que ora, se associam, e ora se separaram.
E dessas centenas até chegar a
milhares de ancestrais comuns universais, se desenvolvera toda a vida na Terra,
cada ser vivo,
externa e internamente é uma
‗partícula‘ onde está incluso o todo, mesmo que o registro tenha se perdido no
tempo, por sucessivas gerações. Somos parentes de fungos, bactérias, vírus,
plantas,
crocodilos, aves, parasitas, dinossauros, tigres, insetos,
ou seja, todos somos todos, e todos somos unidades do Todo. ‗Todos‘ participaram,
e participam da construção de cada um até hoje.
Animais fenotipicamente
diferentes podem ser iguais genotipicamente. A pobre da mula de repente pode
ter sua ‗cara metade‘, em algum ser completamente diferente dela, em todo vasto
planeta Terra. Se não diretamente, mas indiretamente estamos conectados no Anel
da Vida.
Também nessas trocas biométricas
estão inseridos fluxos e restrições de energias, de forças, de partículas,
entre os ambientes, entre os organismos.
64
Os primeiros seres vivos que
conquistaram a terra não foram os vertebrados, mas os invertebrados,
gradativamente eles foram
invadindo as praias dos oceanos, em
conjunto com as pequenas plantas, onde um fora dando sustentabilidade
habitativa para o
outro. Esses pequenos seres microscópicos foram
‗adubando‘ o
chão, e as plantas iam acompanhando o processo em
conjunto, até se transformarem em seres como ‗vermes de areia‘ (até chegarem às
minhocas), e as plantas iam se diversificando gerando cada vez mais novos
habitats pela a terra, novos ambientes naturais (até chegarem às árvores). Aqui
foi quando ambiente e organismos
atingiram uma grande simbiose.
Deixando o caminho preparado para os vertebrados conquistarem a terra.
65
Ao se retirar um organismo de um
lugar para o outro, leis químicas e físicas são alteradas. E o que conseguir
selecionar
mais seleções biométricas,
caracteres benéficos, envermelhecerá menos do o outro da mesma espécie,
desenvolverá mais
inteligência do que o outro será mais ágil, sagaz que
o outro...
66
A
Vida é uma Teia Intricada:
A seleção Biométrica considera que o
meio fisioquímico é ativo no processo evolutivo, condutor das distinções entre
as espécies: reconhece que o distanciamento espaço-temporal está relacionado
com as historias das espécies, ou seja, as espécies mais próximas entre si
compartilham ancestrais comuns mais recentes, do que
com as espécies mais distantes. E que a separação,
mudanças de
hábitos como a alimentação entre espécies podem
distingui-las.
67
A Seleção
Biométrica é o 'fim da química', e o início da física aplicada à Vida, por
exemplo:
Quando
você vê um animal alimentando-se de
outro animal, isso é o que vemos, mas o que não vemos,
é que ali, energia devora energia, energias em transformações.
Biométrica Sexual
A seleção biométrica sexual foi (e é) um dos
principais motores da sobrevivência das espécies, e
acima de tudo da espécie humana.
Biometricamente as fêmeas, os machos, mais
sadios transmitem mais atração, do que o que estão
moribundos, raquíticos, ou velhos. Os que transmitem melhores cheiros e odores
conseguem mais parceiros sexuais, melhores informações infrasens (iveis), como
sonoras, de forma mais simétricas que os outros, se destaca para conseguir um
parceiro, procriar.
Na biométrica humana, ocorrem
os ‗mesmos‘ fenômenos. No decorrer da evolução biométrica sexual humana, os homininios foram cada vez mais se
adequando a geometria corporal (estava surgindo o conceito de beleza) : os
trejeitos, o modo de articular, de se posicionar, de se expressar... foram cada
vez mais ganhando espaço e atenção. Até virarem ‗padrões‘.
Na biométrica sexual temos uma seleção
oscilatória, por um lado à perpetuação da espécie,
por outro lado pode representa o fim de um organismo, como ocorre no caso da
viúva-negra, porém, mesmo devorado o macho passou sua prole adiante.
E a alimentação foi um fator primordial
nesse
processo, conforme o tipo de alimento que os homininios se alimentavam, estes
inferiam em seus cheiros, odores, em suas posturas e composturas, seus organismos
adquiriram mais caracteres sadios, ou frágeis: os seres são o que comem.
Os
corpos mandam informações biométricas
para os outros corpos, e mesmo um fenômeno abstrato
(imagem), pode inferir em suas escolhas. Através de suas frequências...
Corporais-elétricas, causador da atração (da gravidade) entre eles.
A biométrica sexual, basicamente
movimenta a conduta humana, no seu dia-a-dia: ‗Por
que será que estamos sempre querendo parecer mais bonitos, charmosos que os
outros? Porque há tantos salões de beleza?
Seleção Biométrica Espaço-Terra
Para a seleção biométrica o meio
fisioquímico é
ativo no processo evolutivo, suas
divisões conduzem distinções
entre as espécies, que
ambiente-organismo são inter-dependentes, que na luta pela a existência do
ambiente-organismo, seleciona,
desprende caracteres perpetuando o
ambiente e organismo mais biometricamente apto a sobreviver em um determinado
espaçotempo.
Para
uma formiga existir, é necessário que
exista o próprio Universo. Edson Exs
Essa frase de Edson Exs, explica
cosmologicamente a Evolução Biométrica, que a vida na
Terra-
Espaço
depende de um emaranhado Biométrico (fisioquímico), para persistir, ou se
extinguir, entre os fenômenos terrestres e
espaciais,
como está proposto no meu livro Ciensofia l, Amazon, 2019.
Os astros são satélites da Vida, coordenam os ritmos
biométricos, humores, mudanças de hábitos como o alimentar em conjuntos com o
Planeta Terra.
Estudos recentes descobriram que as fases
da Lua incidem
diretamente em épocas de acasalamento de várias espécies. Até mesmo os hábitos
dos insetos se alteram, de acordo com o ciclo Lunar.
Pássaros noturnos preferem a Lua Cheia,
porém, suas presas também estão
mais atentas na Lua cheia.
Morcegos evitam a Lua Cheia, como possuem uma visão
delimitada, e se guiam pelos seus radares, entendem que a Lua cheia é mais
perigosa para eles, os expõem mais facilmente aos seus predadores.
Corais se reproduzem em sincronia, em
uma noite especifica de dezembro. Os corais da costa da
Austrália fazem uma sincronia perfeita como um espetáculo musical.
Quando a noite propicia chega, todos eles desovam e
lançam seus espermas ao mesmo tempo. Apesar das influencias oceânicas,
como salinidade, temperatura, os
especialista perceberam que a iluminação da Lua tem papel fundamental nesse
processo reprodutivo dos corais australianos.
Processos físicos interferem na
Biométrica da Terra.
Evento Adams (2021), revela que,
a troca de
pelos
magnéticos da Terra, teria causado grandes mudanças no clima e na Vida no
Planeta, conforme a teoria da Seleção Biométrica (2019), que a vida é
influenciada por leis físicas terrestres e espaciais.
Os pesquisadores disseram que o
Evento de Adams pode explicar muitos dos mistérios evolutivos da Terra,
incluindo a extinção dos neandertais e o súbito aparecimento generalizado da
arte figurativa em cavernas em todo o mundo.
O fenômeno teria causado alguns
eventos
dramáticos e impressionantes. Antes do Evento de
Adams, o campo magnético da Terra caiu para de 0 a 6% de sua força, enquanto o
Sol teve longos períodos de mínima atividade solar.
Mas o impacto pode ser ainda
mais grave do
que isso, de acordo com o novo estudo. Pela primeira
vez, cientistas encontraram evidências de que uma virada de pólos poderia ter
sérias repercussões ecológicas. A investigação liga uma reversão do campo
magnético há cerca de 42 mil anos atrás à uma crise climática em global, que
causou extinções e remodelou o comportamento humano.
O colapso temporário do campo
magnético da Terra há 42.000 anos desencadeou grandes mudanças climáticas que
levaram à mudança ambiental global e extinções em massa, mostra um novo estudo
internacional co-liderado pela UNSW Sydney e pelo South Australian Museum.
Este dramático ponto de viragem na história da
Terra - misturado com tempestades elétricas, auroras
generalizadas e radiação cósmica - foi desencadeado pela reversão dos pólos
magnéticos da Terra e mudanças nos ventos solares.
As descobertas foram publicadas em 180221.
"Pela primeira vez, pudemos datar com precisão
o tempo e os
impactos ambientais da última troca de pólo magnético ", disse Chris
Turney, professor da UNSW Science e co-autor do estudo.
As descobertas foram publicadas
hoje na Science.
"Pela primeira vez, pudemos datar com
precisão o tempo e os impactos ambientais da última
troca de pólo magnético", disse Chris Turney, professor da UNSW Science e
co-autor do estudo.
"As descobertas foram possíveis com as
antigas
árvores Kauri da Nova Zelândia, que foram
preservadas em sedimentos por mais de 40.000 anos.
Mas os pesquisadores foram capazes de criar
uma
escala de tempo detalhada de como a atmosfera da Terra mudou ao longo desse
tempo, analisando anéis nas antigas árvores Kauri.
"As árvores Kauri são como a Pedra de
Roseta,
ajudando-nos a unir registros de mudanças ambientais em
cavernas, núcleos de gelo e turfeiras ao redor do mundo", disse o co-líder
Professor Alan Cooper, Pesquisador Honorário do South Australian Museum.
Os pesquisadores compararam a escala de
tempo recém-criada com registros de locais em todo o
Pacífico e usaram-na na modelagem climática global, descobrindo que o
crescimento das camadas de gelo e geleiras sobre a América do Norte e grandes
mudanças nos principais cinturões de vento e sistemas de tempestades tropicais
podem ser rastreado para o evento Adams.
Uma das primeiras pistas foi que a megafauna
na Austrália continental e na Tasmânia passou por
extinções simultâneas há 42.000 anos.
"Isso nunca pareceu certo,
porque foi muito
depois da chegada dos aborígenes, mas na mesma época
que o ambiente australiano mudou para o estado árido atual", diz o Prof.
Cooper.
O artigo sugere que o Evento de Adams poderia
explicar muitos outros mistérios evolutivos, como a
extinção dos Neandertais e o súbito aparecimento generalizado da arte
figurativa em cavernas ao redor do mundo.
"É a descoberta mais surpreendente e
importante em que já estive envolvido", disse o
Prof. Cooper.
DNA
- BIOMÉTRICO
―A revolução genética mostra que somos
dados‖. Jamie
Metzel
‗A r-evolução Biométrica nos levará dos
dados genéticos, aos dados ...bioquânticos‘. Edson
Exs
O americano Jamie Metzl, que
acaba de lançar
no Brasil o livro Hackeando
Darwin .
Segundo o autor, nosso DNA está
se tornando
cada vez mais legível, copiável e reprodutível, a ponto
de estarmos próximos a conseguir ―hackeá-lo‖, assim como fazemos com dados de
computador. Isso significaria que, 3,8 milhões de anos depois do surgimento da humanidade, nos
tornaremos capazes de ditar as regras da evolução e dos
princípios de seleção natural explicados pelo naturalista britânico Charles Darwin.
―O que a revolução genética nos mostra é que
seres humanos são dados‖, diz Metzl, que, em 2019, foi nomeado para o comitê das Nações Unidas para o desenvolvimento de
padrões globais, governança e supervisão da edição do genoma humano.
Cientistas do campo da
epigenética afirmam que
o meio ambiente também influencia a genética
(Biométrica). Qual o papel da epigenética na engenharia genética?
Por trás dessa questão, há uma ainda mais ampla sobre
qual é o papel do meio ambiente e qual
é a relação entre o meio ambiente e nossos sistemas. E muitas décadas de
estudos com gêmeos tentaram chegar ao cerne da questão sobre o quanto de nós é
natureza e quanto de nós é criação. Mas a epigenética é uma
questão muito mais restrita, ela é o conjunto de instruções para a célula sobre
quais aspectos do gene se manifestam em um determinado ambiente. E isso é
extremamente importante, porque se não tivéssemos marcadores epigenéticos, cada
uma de nossas células estaria tentando criar seu próprio humano e, então, nós
morreríamos.
Algumas pessoas, porém, falam
sobre herança
epigenética. Segundo elas, se houver algum trauma pelo
qual seus pais tenham passado, então esse trauma de alguma forma é transmitido
a você. Embora haja alguma evidência de herança epigenética, eu pessoalmente
acredito que essa ciência é exagerada. A herança ambiental, cultural e genética
são extremamente importantes, mas a epigenética, para mim, é menos.
Mudando nosso código
genético, não
corremos o risco de perder o
"acaso"? Quão importante ele é para a evolução humana?
Se por "acaso" você quer dizer diversidade,
ela de fato é a única estratégia de sobrevivência da nossa espécie. É por isso
que cada abelha é um pouco diferente uma da outra. Somos capazes de ter essas
pressões seletivas e é isso que permite que nossa espécie sobreviva. Se
abusarmos das ferramentas da revolução genética, de
modo que isso reduza nossa diversidade
enquanto espécie, mesmo que pensemos estar fazendo algo bom, como proteger
nossos filhos de algum prejuízo, isso poderia significar uma evolução estreita
e muito perigosa. Mas é igualmente possível que possamos usar as ferramentas da
genética para expandir a diversidade de nossa espécie. Quer dizer, hoje somos
uma espécie que não é capaz de viver por longos períodos de tempo e espaço. Se
quisermos nos tornar uma espécie interestelar, precisaremos mudar nossa
genética de algumas maneiras, o que expandiria a diversidade genética de nossa
espécie. Portanto, a diversidade é essencial. E é por isso que, agora, nos
primeiros estágios da revolução genética, precisamos estar falando sobre
questões éticas. Precisamos falar sobre equidade e diversidade, porque se
caminharmos cegamente para esta revolução sem pensar profundamente sobre as
implicações, podemos acabar em um lugar muito perigoso.
Existe o DNA, e existe o ser
humano, a pessoa. Porem, a manipulação do DNA, pode evitar, por exemplo, que
pessoas nasçam com deformidades, algo que tende a causar infelicidades nas
pessoas. Edson Exs
E isso, com engenharia
genética ou não, não
muda, certo?
A engenharia genética é um grande acelerador. Quer
dizer, mudanças que poderiam ter ocorrido ou talvez nunca teriam ocorrido ao
longo de milhares ou milhões de anos podem ou talvez poderão ocorrer ao longo
de centenas e milhares de anos. Com essas ferramentas, você pode garantir que
daqui a 5 mil anos, tanto a nossa espécie, quanto alguns de nós, serão
fundamentalmente diferentes do resto dos humanos. Imagino que alguns irão viver
no espaço e essas pessoas vão seguir suas próprias trajetórias evolutivas. Se
tivermos 10 pessoas geneticamente modificadas começando uma outra colônia em
algum outro lugar, essas pessoas serão os humanos fundamentais para todas as
novas comunidades. Portanto, qualquer mutação que essas pessoas tenham se
tornará a norma, assim como aquele pequeno número de pessoas que deixou a África carregando
consigo seus genes se transformou no que somos hoje.
Aqui a Biométrica através do DNA,
unificara aos novos Ambientes, consequentemente
também dos outros seres vivos. Passaremos de dados genéticos, para dados (bio)
...quânticos. Edson Exs – Evolução Biométrica.
Com a engenharia
genética, o sexo para
procriação se torna obsoleto, e você dedica
um capítulo inteiro do livro para falar sobre o futuro do sexo. Como você
enxerga o futuro do sexo e das relações humanas?
Acredito que as relações sexuais são uma forma
essencial de conexão entre humanos. Isso não deve acabar, está meio que enfurnado
em nós. Ao mesmo tempo, acho que vamos rapidamente nos tornar um mundo onde uma
pequena parcela da população usa o sexo como maneira de procriação. Cada vez
mais as pessoas vão usar as ferramentas de reprodução assistida, especialmente
inseminação artificial e engenharia genética, para produzir crianças com perfis
de baixo risco para doenças.
A manipulação genética alcançará a
Física Quântica, aqui sim, teremos fenômenos incríveis para novas adaptações
extraordinárias como as do espaço. Porque poderemos mapear nosso DNA através
das partículas subatômicas, e adaptálas conforme o Ambiente. Edson Exs –
Seleção Biométrica.
Mutação Genética Nas Populações
– Biométrica.
As mutações mais aceleradas tem ligação
direta
com o aumento da população nas últimas 400 gerações.
‗Com mais indivíduos, mais possibilidades
das mutações (genéticas) ocorrerem‘, Joshua Akey,
autor do estudo publicado__Conseguimos mostrar quão profunda e efetiva foi as
variações de padrões genéticos nas populações contemporâneas, mas fazer
previsões é difícil‘.
Quanto maior uma população, maior suas
chances de desenvolver mutações em vários níveis
(genéticofísico-neural-mente), de mudar suas características biométricas,
principalmente nos humanos, que modificam constantemente seu espaço-tempo
(alimentação), e dependendo do tipo da mudança, novos caracteres biométricos
serão adquiridos, para uma evolução (preservação), ou involução (contaminação).
Edson Exs
‘Cada’ organismo é um bioma, são
biomas
dentro de Biomas. Macro bioma,
micro bioma, infra
bioma,
bioma fisioquímico. Seleção Biométrica. Edson Exs
Estima-se que cerca da
metade do nosso corpo seja composto de células
humanas, mas o restante é uma mistura de bactérias, vírus e fungos que
compõem o que é conhecido como microbioma. Esse microbioma, que é
tão particular quanto a impressão digital de cada
um, tem influência sobre uma ampla variedade de funções — da digestão ao
sistema imunológico. Você é 43% humano de
acordo com as estimativas
mais recentes, se contar todas as células", afirmou à BBC em 2018 o
professor Rob Knight, da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos EUA. Se pensarmos em termos
genéticos, os números são
ainda mais surpreendentes. Microbiólogos da escola de medicina da
Universidade Harvard e do Joslin Diabetes Center, ambos nos EUA, analisaram o
DNA de cerca de 3,5 mil amostras da boca e intestinos. Os resultados do
estudo, publicado neste ano na revista científica Cell Host
& Microbe, indicam que havia cerca de 46 milhões de genes bacterianos,
sendo 24 milhões no microbioma da boca e 22 milhões no dos intestinos. Estima-se que cerca da
metade do nosso corpo seja composto de células
humanas, mas o restante é uma mistura de bactérias, vírus e fungos que
compõem o que é conhecido como microbioma. A Seleção Biométrica
utiliza várias vidas para manter uma vida, as maiorias dos seres são
em si mesmos biomas, |
de DNA, Genes, que se acoplam a outros DNAs e
genes, compondo suas células, unindo-se com bactérias, vírus, fungos...
São macro biomas, dentro de
micro biomas,
dentro infrabiomas. Edson Exs
Epigenética - Biométrica
Cientistas
do campo da epigenética afirmam
que o meio ambiente também influencia a genética.
Estudos
genético mostra que houve evolução
recente na espécie humana. Analise do genoma de
mais de cinco mil pessoas, identificou-se
Descobertas contestam hegemonia
de Darwin e
recuperam Lamarck
Características adquiridas em
vida afetam
genética e evolução das espécies, escreve professor
escocês .11.mar.2018 às 2h00
Kevin Laland
RESUMO Autor afirma que pesquisas recentes
indicam que a evolução das espécies é um fenômeno
mais complexo do que se imaginava e não pode ser explicado apenas pela seleção
natural. Defensor de uma teoria alternativa (a síntese evolutiva estendida),
ele argumenta que a ciência tem
dificuldade para incorporar novas ideias.
Quando pesquisadores da
Universidade Emory,
em Atlanta, treinaram camundongos para sentir medo
do cheiro de amêndoas (aplicando choques elétricos acompanhados pelo odor),
eles descobriram, consternados, que os filhos e netos desses camundongos temiam
espontaneamente o mesmo cheiro. Isso não deveria acontecer.
Gerações de estudantes sempre
souberam que é
impossível herdar características adquiridas. Um
camundongo não deveria nascer com algo que seus pais aprenderam durante a vida,
assim como aquele que perde a cauda em um acidente não dá à luz filhotes sem
cauda.
Isso ocorre porque a cauda é um
caractere
genético adquirido, e o medo de amêndoas, é um
estimulo adquirido eletricamente em seus cérebros, qual o cheiro-imagem... está associado a algo que os ratos devem
evitar, e eles evitam. Esta registrado biometricamente no instinto, no
in-consciente do rato. O psicopatismo tende a nascer disso. Edson Exs – Seleção
Biométrica.
Se você não é biólogo, pode ser
perdoado por
estar confuso com o estado da ciência evolutiva. A
biologia evolutiva moderna data de uma síntese que emergiu nas décadas de 1940
a 1960, casando o mecanismo da seleção natural de Charles Darwin com as
descobertas de Gregor Mendel sobre como os genes são herdados.
A visão tradicional e ainda
dominante reza que
as adaptações —desde o cérebro humano até a cauda do
pavão— são integral e satisfatoriamente explicadas pela seleção natural (e a
subsequente transmissão de características aos descendentes).
Porém, com a chegada de ideias
novas vindas
da genômica, epigenética e biologia do desenvolvimento, a
maioria dos especialistas em evolução concorda que seu campo se encontra em
transformação. Boa parte dos novos dados indica que a evolução é algo mais complexo
do que presumíamos.
A Evolução é muito mais complexa
do que reza
a visão tradicional (darwinista...), as adaptações
são oriundas de varias leis da natureza desde a biológica, física, astrofísica,
termodinâmica... cada ser vivo é um pacote biométrico de informações da
natureza. Edson Exs
Alguns biólogos evolutivos,
entre os quais me
incluo, têm pedido uma caracterização mais ampla da
teoria evolutiva, conhecida como síntese evolutiva estendida (SEE). Uma questão
central é saber se o que ocorre com organismos durante sua vida —seu
desenvolvimento— pode exercer papel importante e até agora imprevisto na
evolução.
Não só seu desenvolvimento
(cultural), mas
todos os processos biométricos pelo o qual o
organismo teve acesso durante sua existência, exerce papel definitivo em sua
evolução biométrica. Edson Exs –
A visão ortodoxa estabelece que
processos do
desenvolvimento são em grande medida irrelevantes
para a evolução, mas a SEE os considera cruciais. Protagonistas com credenciais
respeitadas surgem de ambos os lados do debate; professores de universidades
tradicionais e membros de academias nacionais discordam completamente quanto
aos mecanismos da evolução. Algumas pessoas até se perguntam se há
possibilidade de uma revolução.
Os fatores emocionais dos seres
humanos (como
também nos animais, principalmente em animais mais
sencientes como o golfinho, o corvo...),
foram (e são) bases fundamentais da seleção Biométrica, os estímulos neurais
influenciam ate mesmo a saúde do organismo, a sobrevivência da espécie. Edson
Exs
Em seu livro "Da Natureza
Humana" (1978), o
biólogo evolutivo Edward O. Wilson afirmou que a
cultura humana está presa a uma coleira genética. Foi uma metáfora controversa
por duas razões. Primeiro, como veremos, porque também é verdade que a cultura
segura os genes em uma coleira. Em segundo lugar, embora deva haver uma
propensão genética ao aprendizado cultural, poucas diferenças culturais podem
ser explicadas por diferenças genéticas subjacentes.
Mesmo assim, a frase tem
potencial explicativo. Imagine uma pessoa (os genes) caminhando enquanto
controla um cão forte (a cultura humana). A trajetória (o caminho da evolução)
reflete o resultado da disputa entre a pessoa e o cão.
Nesse caso, genes e culturas,
criam
combinações, cooperativas-antagônicas, entre eles,
gerando novos comportamentos, favoráveis ou desfavoráveis ao individuocoletivo,
nos seres humanos, como em animais como os chimpanzés... Edson Exs
Agora imagine essa pessoa
tentando controlar
vários cães, presos por coleiras de comprimentos
diferentes e puxando em direções distintas. Todos esses puxões representam a
influência de fatores do desenvolvimento, incluindo epigenética, anticorpos e
hormônios transmitidos pelos pais, além do legado ecológico e da cultura que
eles deixam a seus descendentes.
A Seleção Biométrica age em
blocos no
individuo-coletivo, que vão dos fatores da biologia,
física aos astrofísicos : radiação
Solar-estelar, fenômenos lunares, termodinâmica...
Alimentação, e como ela interage
com corpo e
ambiente
biométrico, que tipos de vitaminas produz, ou deixa de produzir.
Epigenética, anticorpos, hormônios transmitidos pelas as gerações, e na
interação.. destes com os primeiros e vice-versa, além do legado ecológico e
culturais passados a diante. Esses são os ‗Cães‘ que a Seleção Biométrica tenta
controlar. Edson Exs
Uma pessoa lutando para passear
com os cães é
uma boa metáfora para ilustrar como a SEE visualiza o
processo adaptativo. Isso requer uma revolução na evolução?
Não é revolução, ou evolução,
mas, uma r-
evoluçao. Como a Biométrica propõe. Edson Exs
Esse tipo de comportamento se
manifesta
claramente em discussões científicas sobre a
evolução.
Considere a ideia de que
características
adquiridas ao longo da vida podem ser transmitidas
para a próxima geração. Ela ganhou força no início do século 19 graças ao
biólogo Jean-Baptiste Lamarck, que a usou para explicar a evolução das
espécies.
Há muito tempo, porém,
entende-se que a
hipótese foi desmentida por experimentos —a ponto de,
nos círculos evolutivos, o termo "lamarckiano" carregar conotação
depreciativa. A ideia mais largamente aceita é a de que as experiências dos
pais não afetam as características de sua prole.
EPIGENÉTICA E A BIOMÉTRICA
Só que elas afetam, sim. O modo
como os genes
se expressam para produzir o fenótipo de um
organismo —as características reais que o organismo acaba tendo— é afetado por
substâncias químicas (físicas-Biométricas) que se ligam a eles. Tudo, desde a
dieta até a poluição do ar ou o comportamento dos pais, pode influir sobre o
acréscimo ou a retirada dessas marcas químicas, que ligam ou desligam genes.
Tudo afeta a prole desde sua
concepção, em
vários
níveis, cada prole é um Pacote Biométrico de informações, que a influenciam
desde sua formação biológica a genética, ambiental, cultural.. Edson Exs
Geralmente, esses acréscimos
ditos epigenéticos
são removidos durante a produção de espermatozoides
e óvulos, mas alguns são transmitidos à próxima geração, junto com os genes.
Isso é conhecido como herança epigenética, e mais e mais estudos vêm
confirmando que ela de fato ocorre.
Voltemos aos camundongos que têm
medo de
amêndoas. Foi a herança de uma marca epigenética
transmitida nos espermatozoides que levou a nova geração a adquirir um medo
herdado.
Espermatozoides e óvulos, e
carga biométrica
de seus donos. Edson Exs
Em 2011, outro estudo
extraordinário relatou
que, expostos a um vírus nocivo, alguns vermes
reagiram produzindo substâncias químicas que desativaram o vírus.
Surpreendentemente, gerações posteriores herdaram epigeneticamente essas
substâncias, através de moléculas reguladoras (conhecidas como pequenos RNAs).
É a mesma explicação posterior
sobre os ratos,
transmitirem
medo de amêndoas. Essa informação ficou cravada em sua massa-energia, criando
um caractere, impulso bio elétrico transmissível. Edson Exs.
Hoje existem centenas de estudos
semelhantes,
muitos publicados nos periódicos científicos mais
prestigiosos. Biólogos debatem se a herança epigenética é lamarckiana ou apenas
se assemelha superficialmente a isso, mas não há como fugir do fato de que a
herança de características adquiridas ocorre.
Pelo raciocínio de Popper, uma
única
demonstração experimental de herança epigenética
--como uma única ovelha negra-- deveria bastar para convencer os biólogos
evolutivos de que ela é possível. A maioria dos biólogos evolutivos, contudo,
não correu para mudar suas teorias.
Em vez disso, como Lakatos
previu, estamos
propondo hipóteses auxiliares que nos permitem
conservar as ideias que defendemos há muito tempo. Essas ideias incluem a de
que herança epigenética é rara, não afeta características importantes, está sob
controle genético e é instável demais para explicar a disseminação de
características por meio da seleção.
Infelizmente para os
tradicionalistas, nenhuma
dessas tentativas de minimizar ou relativizar a
importância da herança epigenética parece ser digna de crédito. Hoje é sabido
que a herança epigenética está amplamente presente na natureza; mais e mais
exemplos aparecem a todo momento.
Ela afeta características
funcionalmente
importantes como o tamanho de frutos, a época do
florescimento e o crescimento de raízes de plantas --e, embora apenas uma
pequena parte das variantes epigenéticas seja de natureza adaptativa, isso
também é verdade em relação à variação genética, de modo que não chega a ser um
argumento para desacreditar a herança epigenética.
Não há mais dúvida de que a
herança
epigenética nos obriga a enxergar a evolução de
outra forma.
CULTURA
BIOMÉTRICA
A epigenética é apenas parte da
história. Através da cultura e da sociedade, todos herdamos conhecimentos e
habilidades adquiridos por nossos pais. Os biólogos evolutivos aceitam essa
ideia há pelo menos um século, mas até recentemente considerava-se que isso
fosse restrito aos humanos.
Essa posição, entretanto, deixou
de ser
defensável: criaturas de todo o reino animal aprendem
socialmente sobre alimentação, predadores, comunicação, migração, escolhas de
parceiros e de locais de reprodução. Centenas de estudos experimentais já
demonstraram a aprendizagem social em mamíferos, aves, peixes e insetos.
Isso ocorre por causa da
psicorganica nos
animais, eles também possuem interações neuro-mentais
com ambiente biométrico em sua volta, percebem oscilações fisioquímicas,
frequências dos fenômenos, até mais do que nós humanos, são mais suscetíveis as
oscilações da física. Corvos e golfinhos possuem intuições, sabem trabalhar com
as ondas sonoras, frequências e sinais invisíveis.
Um cachorro, por exemplo, sabe
trabalhar com
nossos fonemas, e ‗entende‘ nossas ondas sonoras.
Lembro de cachorros que tive, que mesmo
gritando com ele, ele ficava ali com a língua de fora ‗rindo da minha
cara‘. Ele só não ‗entendia‘ da potencia sonora, como ele ‗entendia‘ da carga
emocional aplicada, ele sente as vibrações biométricas do meu corpo, e da minha
voz. Então, ele as ‗media‘, e ‗pensava‘, ‗Quem tem que sair é tu, quem manda
aqui sou eu‘, e simplesmente deitava novamente no chão, e ficava ali, de onde
pretendia enxota-lo, para varrer a casa. Edson Exs – Seleção Biométrica.
Entre os dados mais convincentes
estão estudos
em que filhotes de chapim-real foram adotados por
chapins-azuis, e vice-versa. Quando foram criadas por outras espécies, essas
aves modificaram vários aspectos de seu comportamento para assemelhar-se a seus
pais adotivos (incluindo a altura das árvores em que se alimentavam, as presas
que buscavam, seus cantos e até sua escolha de parceiro).
Presumia-se que as diferenças
comportamentais
entre as duas espécies eram genéticas, mas ficou
claro que muitas delas constituíam tradições culturais.
Culturais-emocionais.
Edson Exs
As culturas animais podem se
conservar por
períodos surpreendentemente longos. Resquícios
arqueológicos mostram que chimpanzés usam ferramentas de pedra para abrir
castanhas há pelo menos 4.300 anos.
Aqui, passou de impulso à
cultural-mental. Edson Exs
No que diz respeito à herança
epigenética,
porém, seria um equívoco supor que a cultura animal
precisa exibir estabilidade como a genética para ter significado evolutivo. Ao
longo de uma única temporada de acasalamento podem se desenvolver modismos nas
características que os indivíduos acham atraentes em seus parceiros.
Isso se deve a
inteligência-biométrica-
emocional conforme suas classificações definidas no
capitulo sobre as Bases da Biométrica. Edson Exs
Isso já foi demonstrado
experimentalmente em
moscas de frutas, peixes, aves e mamíferos, e modelos
matemáticos mostram que esse "processo de cópia da escolha de
parceiros" pode afetar fortemente a seleção sexual. Nessa linha,
acredita-se que as variadas e culturalmente aprendidas tradições das orcas na
busca de alimentos --em que grupos diferentes se especializam em certos tipos
de peixes, focas ou golfinhos-- estejam levando-as a se dividir em várias
espécies.
É claro que a cultura chega ao
auge em nossa
própria espécie, tendo sido fartamente comprovado que
os hábitos culturais são fonte importante de seleção natural de nossos genes.
A criação de gado e o consumo de
leite geraram
a seleção de uma variante genética que aumentou a
lactase (enzima que metaboliza leite e derivados), enquanto dietas agrícolas à
base de amido favoreceram o aumento da amilase (enzima que decompõe o amido).
A alimentação é um dos
principais fatores da Biométrica, ela pode gerar centenas de variações nas
espécies, como ela age nos organismos, em conjunto seu meio Ambiente (através
da física gerando novas vitaminas). A variante alimentícia humana, a trousse até
aqui, e mudou sua morfologia no decorrer dos milênios. Quanto mais seu cérebro
aprendia sobre novos alimentos, mais se desenvolvia, e conquistava
espaçostempos. Edson Exs – Seleção Biométrica.
Toda essa complexidade não se
concilia com
uma visão estritamente genética da evolução
adaptativa, fato que muitos biólogos reconhecem. Em vez disso, aponta para um
processo evolutivo em que genomas (ao longo de centenas de milhares de
gerações), modificações epigenéticas e fatores culturais herdados (ao longo de
várias, possivelmente dezenas ou centenas de gerações) e efeitos parentais (ao
longo de uma só geração) coletivamente influem sobre a adaptação dos
organismos.
Esses tipos de herança
extragenética conferem
aos organismos a flexibilidade de se ajustarem
rapidamente aos desafios ambientais, arrastando as mudanças genéticas em sua
esteira --um pouco como um bando de cães agitados.
O DNA – é um tipo de ácido
nucleico que
possui destaque por armazenar a informação genética a
informação genética da grande maioria dos seres vivos. Mas o que dinamizar
essas informações?
Para se mudar, ou causar
mutações, não é
necessário mudar a estrutura do DNA... bastar afetar
os núcleos dos núcleos dos ácidos nucleicos, ou alterar sua trocas de
informações biométricas através do seu sistema energéticoelétrico.
A genética ‗não‘ precisa ser
mudada apenas em
suas formas, mas em suas consistências. É um olhar
por dentro do que forma a genética, o DNA, os genes. Edson Exs
RESISTÊNCIA
Olhando para a história da biologia evolutiva,
não se vê nada assemelhado a uma revolução. Mesmo a
teoria de Charles Darwin levou cerca de 70 anos para ser amplamente aceita; na
virada do século 20, ainda era vista com grande ceticismo. Nas décadas
seguintes, novas ideias surgiram, foram avaliadas pela comunidade científica e
pouco a pouco integradas ao conhecimento preexistente. A biologia evolutiva se
atualizou sem passar por grandes períodos de crise.
A mesma coisa se aplica ao
presente. A herança
epigenética não desmente a herança genética, mas
mostra que esta é apenas um entre vários mecanismos pelos quais características
são herdadas.
A evolução é Múltipla, e possuem
muitos
mecanismos quais transferem suas características.
Edson Exs
Não conheço nenhum biólogo que
queira rasgar
os livros didáticos ou jogar fora a seleção natural.
A questão é saber se queremos ampliar nosso entendimento sobre as causas da
evolução e se isso modifica nossa visão do processo como um todo. Nesse ponto,
o que está acontecendo é ciência normal.
Por que, então, biólogos
evolutivos tradicionais
se queixam dos radicais evolutivos equivocados que
defendem uma mudança de paradigma? Por que jornalistas escrevem artigos sobre
cientistas que estariam pedindo uma revolução na biologia evolutiva? Se ninguém
de fato quer uma revolução, e se revoluções científicas raramente ocorrem, a
que se deve a polêmica?
A resposta a essas perguntas
traz um insight
fascinante sobre a sociologia da biologia evolutiva.
Revolução na evolução é uma
descrição
equivocada do que está acontecendo --um mito
propagado por uma aliança improvável de evolucionistas conservadores,
criacionistas e imprensa. Não duvido que existam alguns radicais evolutivos
revolucionários, mas a imensa maioria dos pesquisadores que buscam uma síntese
evolutiva estendida é formada por biólogos evolutivos que trabalham duro.
A evolução é Múltipla. Ela não é
uma Teia Intricada, ela é formada por várias teias de geometrias diferentes
sobre expostas. Edson Exs
Todos sabemos que o
sensacionalismo vende
jornais, e artigos anunciando uma grande reviravolta
vendem bem. Criacionistas e
defensores do design inteligente também alimentam essa impressão exagerando as
diferenças de opinião entre evolucionistas e criando a falsa impressão de
turbulência no campo da biologia evolutiva.
O que é mais surpreendente é
como biólogos
conservadores jogam a carta "estamos sendo
atacados!" contra seus colegas evolucionistas. Retratar adversários
intelectuais como extremistas ou dizer às pessoas que se está sendo atacado são
truques retóricos usados desde sempre para ganhar discussões ou conquistar
lealdades.
Sempre associei esse tipo de
prática à política,
não à ciência, mas hoje percebo que fui ingênuo. Os
cientistas também têm carreiras e legados em jogo; também lutam por recursos,
poder e influência.
Receio que o discurso dos tradicionalistas
esteja
produzindo efeitos negativos, criando confusão e, sem
querer, alimentando o criacionismo pelo fato de fomentar divergências
exageradas. Muitos cientistas respeitados sentem a necessidade de uma mudança
na biologia evolutiva. Não é possível descartar todos eles como elementos à
margem da visão científica majoritária.
SEE
Se a síntese evolutiva estendida
não é um
chamado por uma revolução na evolução, então o que
ela é e por que precisamos dela? Para responder a essas perguntas, precisamos
reconhecer um acerto de Kuhn: cada campo científico possui maneiras
compartilhadas de pensar, ou quadros conceituais.
A biologia evolutiva não é
diferente. Nossos
valores e premissas compartilhadas influenciam quais
dados coletamos como os interpretamos e quais fatores são embutidos nas
explicações sobre o funcionamento da evolução.
Por isso o pluralismo científico
é saudável. Lakatos destacou que quadros conceituais alternativos (diferentes
programas de pesquisa) podem ser valiosos, pois incentivam o teste de novas
hipóteses ou levam a novos insights.
Essa é a primeira função da SEE: alimentar ou
mesmo abrir novas linhas de pesquisa e maneiras
produtivas de pensar.
Um bom exemplo é o viés de
desenvolvimento. Considere os peixes ciclídeos da África oriental. Para dezenas
ou até centenas de espécies de ciclídeos existentes no lago Maláui existe uma
espécie "duplicada", que evoluiu independentemente, no lago Tanganica,
com grandes semelhanças no formato corporal e no modo de se alimentar.
Tais semelhanças costumam ser
explicadas pela
evolução convergente: houve variação genética
aleatória, mas condições ambientais semelhantes selecionaram os genes com
resultados equivalentes.
Entretanto, o nível
extraordinário de evolução
paralela visto nesses dois lagos sugere que algo mais
pode estar em jogo. E se algumas maneiras de "construir" um peixe
forem mais prováveis que outras? E se a variação de características é enviesada
em favor de certas soluções? A seleção ainda faria parte da explicação, mas a
evolução paralela seria muito mais provável.
Para a Evolução Biométrica, o
que contribui
para ‗duplicar‘ a espécie de ciclideos no lago
Tanganica, em relação aos ciclídeos da Africa oriental, no lago Maláui, é
relativo a certas ‗configurações‘ biométricas ambientais:
Densidade da água e sua
movimentação, tipos
de nutrientes nelas contidos, outros animais que ali
habitam e como eles influenciam a vida dos dois grupos, os tipos de movimentos
físicos que executam, qual grupo está em ambiente mais estressante, qual grupo
utiliza mais suas capacidades psicorganicas, a temperatura da água, as
oscilações alimentícias entre os dois grupos, qual lago recebe mais inferência
da radiação solar, dos fenômenos lunares... Assim gerando variação genética, em
ambientes biométricos ‗semelhantes‘ que
geraram genes com resultados equivalentes. A Evolução é múltipla:
Não é só o ambiente que
seleciona os
organismos, mas os organismos também selecionam o
ambiente. Se não houve ações e
reações biométricas compensatórias,
entre ambiente-organismos, não há Vida. Edson Exs
Estudos mostram que é possível
usar um
modelo matemático, baseado em camundongos de
laboratório, para prever tamanho e número de dentes em uma amostra de 29
espécies de roedores.
Esses estudos são intrigantes
pois ajudam a
converter
a biologia evolutiva em uma ciência mais previsora. Por que, então, essas
ideias receberam, comparativamente, pouca atenção até pouco tempo atrás?
ALTERNATIVAS
Voltamos aos quadros
conceituais. Historicamente falando, biólogos evolutivos tratam o viés na
variação fenotípica apenas como uma limitação --o modo como os organismos
crescem restringe o tipo de características que eles poderão ter.
Foi preciso uma perspectiva
diferente (neste
caso, a da biologia evolutiva do desenvolvimento,
chamada evo devo) para motivar novos experimentos. De um ponto de vista evo
devo, os dentes de roedores e os corpos de peixes são como são porque o modo
como esses animais crescem aumenta a probabilidade de essas características
surgirem. Assim, o viés torna-se um conceito muito mais importante na
explicação da evolução.
Sim, os caminhos biométricos
pelos os quais os
seres excursionam, definem suas estruturas. Edson
Exs
A síntese evolutiva estendida,
ao menos como
eu e meus colaboradores a enxergamos, é mais bem
vista como um programa de pesquisas alternativo da biologia evolutiva.
Inspirada por descobertas
recentes, a SEE parte
da premissa de que os processos do desenvolvimento
exercem papéis importantes como causas de variações fenotípicas novas (e
potencialmente benéficas), como causas de diferenças de adequação dessas
variantes e causas de transmissão para descendentes.
Em contraste com a concepção
tradicional, na SEE a criatividade na evolução não é atribuída apenas à seleção
natural. Esse modo alternativo de pensar está sendo usado para gerar novas
hipóteses e traçar novas agendas de pesquisa. Ainda estamos nos primórdios da
SEE, mas já há sinais frutíferos.
Se a evolução não se explica só
por mudanças
nas frequências de genes; se mecanismos antes
rejeitados, como a herança de características adquiridas, revelarem ter
importância; e se for reconhecido que os organismos enviesam a evolução por
meio de desenvolvimento, aprendizagem e outras formas de plasticidade, tudo
isso significa que está emergindo um relato radicalmente diferente e
profundamente mais rico da evolução?
Ninguém sabe. Mas, do ponto de
vista daquela
pessoa que leva os cães para caminhar, a evolução
está ficando menos parecida com um passeio genético aprazível e mais com uma
luta frenética dos genes para acompanhar agitados processos de desenvolvimento.
A Evolução é Múltipla. Ela não é
apenas uma
teia, ela é formada por várias teias de geometrias
diferentes sobrepostas. Edson Exs
Kevin Laland
é professor de biologia evolutiva
e comportamental na Universidade de St. Andrews, na
Escócia.
Não paramos de evoluir –
Biométrica alimentícia
Ainda estamos nos adaptando ao
mundo ao
nosso redor. Um exemplo é o rápido aumento, nas últimas
100 gerações do Reino Unido, do gene de tolerância à lactose, o açúcar do
leite.
Estima-se que há cerca de 11 mil
anos, os
homens adultos não eram capazes de digerir a lactose.
À medida que os seres humanos
começaram a
depender da produção de leite em certas regiões para se
alimentar, seus corpos se adaptaram para digerir este alimento, que antes era
tolerado apenas por crianças.
O alimento é o pilar base da
vida, foi o tipo de
alimentação que cada homininio adquiriu nos
primórdios, foi predominante para sua evolução ou involução (psicorganica). E
como esse alimento agia em seu próprio corpo, e como ele era influenciado pelo
o espaço-tempo, pela a termodinâmica dos ambientes por onde cruzou, que inferiu
grandemente no tipo de vitaminas que foram geradas, transformadas (vitamina
D...) em seus organismos. E como isso ocorre ate hoje, temos que analisar o
impacto nos organismo que novas foram de alimentação que estão surgindo hoje,
como as comidas artificiais inferem no
metabolismo.
Edson Exs
Em regiões com uma longa
tradição de
produção de laticínios, como a Europa, a população é
muito mais tolerante à lactose do que na Ásia.
"É claro que não
deixamos de evoluir e nunca deixaremos, enquanto continuarmos sendo uma
espécie na Terra", diz Bermúdez de Castro. "A própria
cultura está influenciando de maneira decisiva a nossa
evolução. E essa influência será cada vez mais importante, no momento em que
a tecnologia nos permitir manipular com segurança o genoma humano." "Pode ser que os
experimentos de que temos notícia
não sejam muito éticos e tenham riscos. Mas, ao longo dos anos, vai ser
possível realizar essas manipulações. Se chegarmos a esse ponto, a mudança
evolutiva será extremamente rápida", avalia. Nada parou de evoluir,
porque não podemos parar
a biométrica de agir, em seus processos fisioquímicos, psicorganismos, suas
combinações, reações, contrações, recombinações... que vão gerando as
mutações, e novas característica no Bioma. Edson Exs |
A Seleção Biométrica (Exs),
afirma que o Ambiente-organismo, organismo-Ambiente, atuam como colecionadores
de caracteres, perpetuando os organismos-
ambientes
mais biometricamente adaptáveis a sobreviver em determinado espaço-tempo.
Biométrica Espacial.
No meu livro Ciensofia l (2019),
exponho o
fenômeno dos Gêmeos Sem Paradoxo (de 2005), em que viso
novas visões para o fenômeno de dilatação-temporal, sem ter que utilizar as
altas velocidades da teoria da Relatividade que diz que um gêmeo astronauta que
viajar para o espaço na velocidade da luz, quando este retornar, seu irmão
estacionado na Terra, estará mais velho do que ele.
Para minha teoria X, os
fenômenos de dilatação
espaço-temporal ocorrem em qualquer nível de
velocidade, ou a até mesmo na ‗inercia‘:
O que fiz, apliquei as teorias
Físicas, que expus
no meu Ciensofia l, e as lancei a biologia,
desenvolvendo assim, a Evolução Biométrica:
Gêmeos Biométricos
Estudo
com gêmeos revela os efeitos do espaço no
nosso DNA
Scott Kelly passou um ano na
Estação Espacial Internacional. Seu irmão gêmeo, Mark, ficou na Terra. E a Nasa
descobriu o que o espaço fez com seus genes.
Os
irmãos Kelly se tornaram astronautas da
Nasa, ao mesmo tempo, em 1996 – e,
com essa escolha de carreira, acabaram doando a vida inteira para a ciência. Em
um
experimento inédito chamado de Estudo dos Gêmeos (é
claro), 12 universidades se debruçaram sobre os amostras do corpo dos dois para
tentar entender como o corpo humano reage ao espaço. E a Nasa acaba de divulgar os primeiros resultados dessa
pesquisa.
Scotty
Kelly ficou 340 dias na Estação Espacial
Internacional. A ideia é que ele
permanecesse fora do planeta por um intervalo equivalente à duração de uma
missão à Marte.
Assim, teríamos uma ideia
melhor dos riscos que uma viagem ao Planeta Vermelho traria.
Por sorte, Scott Kelly dividiu o útero e
praticamente todo seu DNA com seu
irmão Mark Kelly. Mark passou apenas 54 dias no espaço há mais de 10 anos, mas
se
aposentou para cuidar da esposa
(Gabrielle Giffords, política americana que sofreu uma tentativa de
assassinato e até hoje lida com as sequelas).
Uma vez que estava na Terra, Mark
automaticamente se tornou um
―experimento de controle‖. Todos os exames, testes e estudos feitos com Scott
foram comparados
com
amostras de Mark para entender o que era normal e o que era efeito da longa
exposição ao espaço – já que, em termos de genética, ambos são praticamente
idênticos.
Alguns dos efeitos observados por outros
astronautas também
foram sentidos por Scott: problemas de
visão, perda de densidade óssea, dificuldade de
circulação e um
rosto
inchado (porque a microgravidade não puxa o sangue para as pernas como na
Terra).
Massa vezes conservação é igual
a energia ‗congelada‘. Edson Exs
Mas o
Estudo dos Gêmeos é o primeiro a
conseguir medir o impacto do
espaço no material genético. Com a exposição prolongada à radiação cósmica, os
pesquisadores
imaginavam
impactos significativos no DNA de Scott, comparado ao de Mark – só que a
mudança não foi bem a que eles esperavam
: 7 bizarrices que acontecem com o corpo no espaço
Telômeros e velhice
O
envelhecimento humano é um processo
complexo
e a ciência ainda não consegue explicá-lo
completamente. Mas um dos fatores relacionadosa ele
acontece
nos nossos cromossomos: conforme os anos passam, as
pontinhas
dos
cromossomos, chamadas de telômeros, vão encurtando.
A tese
era que, com o estresse que o corpo sofre
no espaço, junto com a radiação, os telômeros de Scott
ficassem
mais curtos do que o normal para
a sua idade. Mas não foi o que aconteceu: enquanto ele estava no espaço, seu
telômeros cresceram e ficaram maiores do que os de Mark, na Terra.
Os
pesquisadores que fizeram a análise acham
que
a mudança pode ser atribuída à dieta e ao rígido ritmo de
exercícios que Scott seguia na Estação. Mas não pode
ser só isso
– porque ao chegar na Terra, os
telômeros dele voltaram ao tamanho que estavam antes da viagem.
Esse
não foi o único mistério genético que a
pesquisa observou. A metilação do DNA também
mudou. Esse
processo acontece quando o corpo adiciona pequenos
compostos
orgânicos chamados metil a
diferentes áreas do DNA. Uma área com grande concentração de metil, acreditam
os
pesquisadores, geralmente
significa que os genes naquela região foram ―desativados‖ pelo próprio corpo.
Esse
processo todo diminuiu de ritmo no corpo
de Scott, modificando menos
genes. No corpo de Mark, ele aumentou. E os cientistas ainda não sabem o
motivo.
Essa
elasticidade corpórea é dada a pressão
biométrica qual o astronauta foi
exposto. Que diminuiu o ritmo do corpo de Scott, modificando menos genes. Edson
Exs
Por fim, os pesquisadores fizeram o
sequenciamento completo do DNA dos dois. Eles variavam
pouco
em termos genéticos – algumas
centenas de mutações individuais, muito normal, mesmo para gêmeos. Só que eles
também analisaram o RNA, uma forma mais simples de material genético.
E,
nesse caso, a diferença na expressão dos genes foi bem maior: mais de 200 mil
variações entre os astronautas.
A
ideia agora é analisar cada uma dessas
mudanças de perto – e descobrir se existe algum gene
―espacial‖,
que
tenha sido modificado ou ativado simplesmente pela presença prolongada fora do
planeta. O Estudo dos Gêmeos deve ser
terminado
nos próximos 2 anos – e aí vai dar para saber, com
mais
certeza, os efeitos duradouros das viagens além-Terra.
‗configurações‘ biométricas ambientais:
Densidade espacial e sua
movimentação, e tipos
de nutrientes
o astronauta alimentou-se, e como ele pode ter sofrido inferência pelo o ambiente biométrico espacial (raios,
cósmicos...), os tipos de movimentos físicos que executou, o nível de estresse
que lhe influenciou, ‗uso e desuso‘ das funções psicorganicas, a termodinâmica,
inferência da radiação solar, ou dos fenômenos lunares... Assim gerando variações em seu metabolismo,
genes.
A Evolução
Biométrica é múltipla.
Até que ponto a nave, seu
uniforme é capaz de
conter os fenômenos espaciais, e reter as poderosas
partículas subatômicas. A pressão biométrica espacial dilataram os telômeros de
Scott, tornando-os maiores do que os do seu irmão Mark, na Terra.
Por isso quando Scott voltou
para a Terra, seus
telemores,
voltaram ao tamanho que estavam antes da viagem, porque o ambiente biométrico
terrestre desfez os efeitos biométricos gerados no espaço. Edson Exs
- Seleção Biométrica.
Inteligência-emocional dos seres vivos
-
Biométrica
Para a Biométrica os animais,
possuem
capacidades
neuro-mentais, que desenvolvem inteligências e emoções (uma parte do que
sentimos, eles ‗também‘ sentem), e
alguns até mesmo desenvolveram culturas, como é o caso do corvo, e do
macaco prego. E como já explicado alta capacidades psicorganicas biométricas.
Seleção
Biométrica dividindo os seres vivos
conforme
seus graus de inteligência e emocional.
Racional – Humanos.
Senciente - são os que possuem um nível mais
elevado
de inteligência e emocional, e que alguns são capazes até mesmo de produzir
culturas, como os corvos e os macacos pregos.
Golfinhos, orcas, abelhas...
Infraciente
– crocodilos, cobras, louva-deus ...
Monociente
– plantas, lesmas, bactérias...
A
biologia evolutiva e as ciências do
comportamento e do cérebro têm demonstrado que o
sistema nervoso dos humanos tem semelhanças impressionantes com o de alguns
animais, especialmente de outros mamíferos. |
Uma pessoa com inteligência mediana é capaz de distinguir entre o que é justo e o
que não é. Primatas como os macacos-prego também possuem essa capacidade. Esses mamíferos se
negam a cooperar quando sentem que foram tratados
injustamente, de acordo com um estudo do Yerkes Primate Center, em Atlanta,
nos Estados Unidos. Os cientistas desse
centro executaram um experimento no qual davam
pedaços de pepino a um grupo destes macacos em troca de cartões de plástico. Depois, um dos
pesquisadores deu a apenas um dos
animais uma uva - alimento que eles preferem ao pepino. Logo em seguida, os
demais se recusaram a continuar colaborando. Alguns até jogaram os
pedaços de pepino nos rostos dos cientistas. 2. Desejo de vingança |
a ideia de vingança já passou alguma vez pela
cabeça de quase todos os humanos,
não há razão para pensar que o mesmo não aconteça com alguns animais.
Aliás, é famoso o episódio
registrado na Índia
em 2016, quando uma manada de elefantes
invadiu a aldeia de Ranchi, no nordeste do país, forçando os moradores a
fugirem para sobreviver.
Os elefantes buscavam o corpo de
uma fêmea
que havia morrido após cair em um canal de irrigação.
Outros animais também se
mostraram
rancorosos e vingativos com adestradores agressivos.
Os chimpanzés, por exemplo,
guardam em seus
cérebros quem são seus amigos e seus inimigos. Se um
agride o outro, seus companheiros podem se vingar.
3. Amor
materno
Como em outras
espécies, o sentimento materno das
mães primatas já foi demonstrado pela ciência Os seres humanos que
têm filhos tendem a ser amorosos e protetores
com eles. De tão conhecida, a frase "Não há amor como o de uma mãe"
já até virou clichê. E, em seu livro, Pablo
Herreros compila vários exemplos
de amor materno de animais que cuidaram de suas crias com tanta paixão como o
faria uma pessoa. Este
foi o caso de Christina, uma chimpanzé da Tanzânia cujo filhote nasceu com
uma condição que provoca sintomas similares aos da Síndrome de Down e uma
hérnia que o impedia de sentar sozinho. Pesquisadores
da Universidade de Kyoto, no Japão, testemunharam o extremo cuidado desta
mãe, que às vezes deixava de comer para cuidar de seu bebê. |
A filhote morreu aos
dois anos de idade. E na época,
Christina não deixou que outros a carregassem, como se soubesse que ninguém
poderia fazer isso melhor do que ela. O caso de uma mãe
elefante e sua filha - que foi roubada
da manada para ser levada a um campo de trabalho - também mostra esse lado
das emoções no mundo animal. Três anos depois elas
se reencontraram após esforços de uma organização
conservacionista. As duas ficaram quietas durante uma hora, mas, depois,
começaram a unir suas trombas e a se acariciar. |
4. Sofrimento
por amor
As araras, por exemplo, podem
não suportar a
perda de um companheiro
Rompimentos amorosos e a perda
do parceiro,
ou da parceira, são motivos de sofrimento para muita
gente.
E Herreros destaca em seu livro
como as araras,
que são fiéis a seus parceiros a vida inteira, são
criaturas especialmente frágeis diante deste tipo de perda.
Por exemplo, se um dos dois
morre
repentinamente, é difícil para o outro suportar: ele
geralmente para de comer e enfraquece.
Alguns chegam a perder tanta
força que não
conseguem mais se agarrar aos penhascos onde
vivem e acabam caindo no vazio, morrendo esmagados contra as rochas. Uma forma
de suicídio por amor
5. Capacidade de confortar o
outro
Ratos, assim como golfinhos, cães e
elefantes,
entre outros, são capazes de
confortar um parceiro que está sofrendo
Não são apenas as
pessoas que são capazes de ter
empatia e sentir compaixão pelos outros. Um
estudo publicado na revista Science em 2016 demonstrou que animais como
ratazanas ou ratos do campo são capazes de perceber quando seus pares estão
sofrendo, e de oferecer a eles conforto. Ao colocar um desses
roedores junto com outro altamente estressado, os
pesquisadores mostraram que o animal que estava bem era extremamente
cuidadoso com o outro, para fazê-lo se sentir melhor. Quando fazia isso, o
cérebro do roedor estressado gerava oxitocina
- conhecida como "o hormônio do amor" - que o fazia recuperar a
sensação de bem-estar. Outros estudos
mostraram que os chimpanzés confortam vítimas de agressão. Algo
semelhante acontece com golfinhos, elefantes e cachorros. |
de Hardy-Weinberg permite verificar se
uma população está
evoluindo por meio da avaliação da
frequência de um alelo em determinado instante. Se não há mudança nas
frequências dos alelos e do genótipo da
população ao longo do tempo, diz-se que a população está em equilíbrio de
Hardy-Weinberg. Alguns fatores que podem atuar alterando a frequência dos
alelos são a seleção natural, mutação, migração e
oscilações genéticas.
O que é equilíbrio de
Hardy-Weinberg?
A
mudança na frequência de um determinado
alelo
de um gene na população ao longo do
tempo pode ser um indício de que esteja ocorrendo evolução. Quando a população não apresenta
essa alteração, diz-se que ela está em equilíbrio de Hardy-Weinberg, o qual foi
proposto, de forma independente, no ano de 1908, pelo matemático inglês Godfrey Hardy e pelo médico alemão Wilhelm Weinberg.
Uma população encontra-se em
equilíbrio de Hardy-Weinberg quando sobre ela apenas estão agindo a segregação
mendeliana e a recombinação de alelos – não atuando, assim, outros fatores
evolutivos –, e a população não
apresenta alteração na frequência de alelos ao longo das gerações.
Uma população em equilíbrio de
HardyWeinberg não sofre ação de fatores evolutivos.
Para que ocorra o equilíbrio de
HardyWeinberg, algumas condições são necessárias, como:
• A
população deve ser suficientemente
grande;
• Os
cruzamentos entre os indivíduos devem
ocorrer ao acaso;
• Não
pode haver ação de fatores evolutivos,
como migração e seleção natural;
• As
taxas de mutação dos genes devem ser
equivalentes.
Assim, podemos observar que o equilíbrio de
Hardy-Weinberg não ocorre em populações reais, pois essas são constantemente
afetadas por diversos fatores evolutivos, como veremos a seguir.
Fatores que alteram o
equilíbrio de HardyWeinberg
O equilíbrio de Hardy-Weinberg não ocorre
em populações reais, pois elas são
afetadas constantemente por fatores que influenciam as frequências alélicas e
genotípicas, o que altera o seu equilíbrio. Alterações nas frequências alélicas
e genotípicas ao longo do tempo levam à evolução.
As mutações permitem o
surgimento de novos alelos nas populações.
Os
fatores evolutivos que alteram o equilíbrio
de Hardy-Weinberg são:
•
Migração:
a chegada e a saída de
indivíduos
podem provocar mudanças nas frequências alélicas e genotípicas da população,
pois genes estão sendo retirados e introduzidos. Assim, os indivíduos que estão
chegando podem apresentar diferentes taxas de determinados genes e afetar as
taxas que estavam presentes na população original.
• Mutação: ocorrem ao acaso,
sendo
responsáveis
pelo surgimento de novos alelos. Por meio delas, um alelo (A), por exemplo,
pode dar origem a um novo alelo (a). Se esse alelo (a) apresentar uma maior
viabilidade, ele será transmitido aos descendentes e se tornará mais frequente
na população que o alelo (A).
Não e existe acaso
• Seleção natural:
dentro de uma mesma
população,
os indivíduos apresentam variações nas suas características herdáveis. Indivíduos
que apresentam características mais adequadas ao ambiente tendem a produzir uma
maior prole do que aqueles sem essas características, que tendem a ser
eliminados.
• Oscilação gênica ou deriva genética:
são
alterações nas taxas de genes que ocorrem ao acaso,
não por mutação ou pressão seletiva, em populações pequenas.
Os
mais biometricamente adaptáveis, em
escalas
bio-fisica-quimicas sobrevivem, e passam as
características adquiridas as próximas gerações. Essas
variações
são ‗inevitáveis‘, porque cada organismos tende a ser
diferente do
outro, a forma como ele se
desenvolveu, alimentou-se, o bioma dentro de cada um deles e em torno, e isso
cria as oscilações gênicas ou deriva genéticas, independente das mutações ou
pressões seletivas, em populações pequenas, ou
grandes, ou
mesmo de individuo para
individuo. E entre o Ambienteorganismo, organismo-Ambiente. Edson Exs
Neandertal
– qual é a diferenças entre eles
e o homo
sapiens?
―O sexo de neandertais com
outras espécies
demonstra que eram muito mais sociáveis do que nós‖
O cientista sueco alerta que
modificar
geneticamente embriões pode acabar criando uma nova
espécie
Os neandertais mantiveram
relações com
os Homo sapiens.
Não só sociais, mas também sexuais. Sabemos disso porque o biólogo sueco Svante
Pääbo (Estocolmo, 1955) sequenciou o genoma dos restos de uma menina
encontrados nos montes Altai, na Sibéria, e demonstrou que era filha de mãe
neandertal e pai sapiens. Segundo Pääbo, essa combinação confirma que nossos
ancestrais eram muito mais sociáveis do que nós. ―Dois seres que eram muito
mais diferentes entre si do que nós em relação a qualquer outro humano
mantiveram relações sexuais e tiveram filhos. Isso descreve com perfeição quão
diferentes eram dos humanos atuais‖, afirma.
Além disso, para o cientista,
que proferiu uma
palestra em um evento em Alicante, convidado pelo
Instituto de Neurociências UMH-CSIC, determinar com exatidão se sapiens e
neandertais eram espécies diferentes é irrelevante. O que conta é que parte de
nosso código genético guarda traços de nossos ancestrais imediatos. ―A
influência neandertal pode ser vista em todo o nosso genoma‖, afirma Pääbo.
Continuamente aparecem estudos científicos que concordam sobre a herança
neandertal dos genes relacionados a ―diabetes, doenças de pele ou do sistema
imune ou com abortos espontâneos‖. Também deles vem a ―resistência às doenças
procedentes da bactéria Helicobacter
pylori‖, que afeta o estômago.
No
entanto, deixaram menos traços justamente
em toda a parte genética que afeta os testículos.
―Isso pode indicar algum aspecto negativo na reprodução‖, afirma Pääbo, o que
explicaria a prevalência do sapiens em relação a seu antecessor, entre outros
fatores. ―Talvez só as fêmeas tenham sobrevivido‖, arrisca o diretor do
Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva de Leipzig (Alemanha), ―e
sabemos que morriam muito mais jovens e que sua vida reprodutiva era mais
curta‖. Apesar disso, a capacidade tecnológica do humano moderno parece ser
muito mais determinante. ―A tecnologia dos neandertais é homogênea, igual na
Espanha e na Sibéria‖, explica, ―mas os sapiens souberam evoluir muito
rapidamente e é possível saber a procedência de um resto só por seu grau de
avanço tecnológico‖.
Pääbo
é considerado o pai da paleogenética e
recebeu no ano passado o Prêmio Princesa de Astúrias
de Pesquisa Científica e Técnica por suas descobertas. Entre outros, os
realizados com o material que vai aflorando no sítio de Atapuerca, em Burgos
(Espanha). Em suas mãos está a raiz de nossa árvore genealógica. Nosso
antepassado mais antigo, de cerca de 430.000 anos. Pääbo acredita que este ano
consiga decifrar ―os 10% do genoma do homem de Sima de los Huesos‖. ―Mas não
estamos seguros de conseguir‖, acrescenta.
O
biólogo escandinavo acredita que ―estamos
apenas no início‖ da revolução científica que nasce
do genoma. Mas, ao mesmo tempo, admite que gerou-se certa comoção midiática em
torno do DNA – DNA para decifrar nosso passado, para descobrir criminosos, para
compreender até o último canto do planeta, como panaceia para todos os males.
―A genética contém uma parte importante de nossa história‖, destaca, ―mas não
toda a informação que reunimos como espécie‖. ―Se vou à Grécia, me impacta
estar no berço da civilização ocidental, da democracia, da arquitetura‖,
exemplifica, ―mas nem um de meus genes sequer tem algo a ver com a Grécia‖.
Pääbo insiste em reduzir a pressão sobre sua especialidade. ―O DNA encontrado
na cena de um crime pode indicar quem é o assassino, mas no estudo genético
dessa mesma pessoa nada vai indicar que possa ser um assassino.‖
O biólogo também adverte que
convém
delimitar os usos do conhecimento do código
genético. E se refere ao caso de He Jiankui, o cientista chinês que anunciou o
nascimento dos primeiros bebês modificados geneticamente. ―O consenso geral na
comunidade científica é que não se pode manipular o DNA na linha germinal‖, ou
seja, na fase de gestação embrionária. Os perigos são desconhecidos, mas ―a
gestação de um filho modificado geneticamente poderia criar inclusive uma nova
espécie‖, pois ―não sabemos que repercussões a introdução de uma mudança em um
único gene pode causar no genoma‖. Em sua opinião, as novas técnicas genômicas
devem ser dedicadas exclusivamente ―a usos terapêuticos, para curar doenças‖.
Há 100 mil anos, espécie de
hominídeo estava
na região enquanto outros antepassados do Homo
sapiens já habitavam diferentes partes do mundo.
INDONÉSIA
FOI O ÚLTIMO LOCAL OCUPADO PELO HOMO ERECTUS HÁ 100 MIL ANOS
Fósseis de Homo erectus encontrados em Java,
na Indonésia, indicam que a região foi a última morada
desses antepassados. Crânios analisados têm entre 108 mil e 117 mil anos de
idade, o que torna as ossadas as mais "jovens" já descobertas da
espécie, segundo estudo publicado na revista Nature.
O Homo erectus é a primeira espécie humana
conhecida a evoluir as proporções modernas do corpo,
incluindo braços curtos e pernas mais longas, características que indicam um
caminhar ereto. Essa é a espécie mais próxima do Homo sapiens a deixar a África e se espalhar pelo mundo.
"Quando o Homo erectus morava em Ngandong
[Java], o Homo sapiens já havia evoluído na
África, os neandertais estavam evoluindo na Europa e o Homo heidelbergensis estava evoluindo na África", disse o
coautor do estudo Russell Ciochon, ao Smithsonian.
"Basicamente, o Homo erectus é o
ancestral de todos esses hominídeos .
As ossadas foram desenterradas
perto das
margens do Rio Solo no início dos anos 1930 por
pesquisadores holandeses que avistaram um antigo crânio de rinoceronte saindo
de sedimentos à beira do rio. Quando escavaram a região, eles encontraram,
dentre outros itens, os crânios de Homo
erectus.
Mas
foi só recentemente, com o
desenvolvimento
da tecnologia, que especialistas puderam investigar melhor os achados. Há dez
anos, a equipe de Ciochon resolveu investigá-los.
ESCAVAÇÕES EM JAVA, NA
INDONÉSIA,
EM 2010
A erosão do rio e a constante presença
da água
dificultaram o trabalho. Ainda assim, os especialistas
conseguiram explorar a região e calcularam a idade da região geológica, o que
os permitiu deduzir a idade dos ossos. ―Nunca podemos ter certeza de que
encontramos o primeiro ou o último representante de qualquer espécie‖, explicou
a pesquisadora Aida Gómez-Robles à Science. ―[Mas] uma data da última aparição de aproximadamente 100 mil anos
atrás para H. erectus parece
razoável."
Na pesquisa, os arqueólogos
sugerem que
os Homo erectus morreram no rio e seus
corpos foram levados pela água. Assim, os cadáveres se misturaram com a lama e
afundaram na terra, permanecendo lá até a década de 1930.
A maior parte dos esqueletos foi
perdida, mas os
crânios
estudados foram suficientes para trazer novas informações à história da
espécie. Patrick Roberts, especialista que não fez parte do estudo, considera
que a datação sustenta que o H.
erectus
estava em Java no mesmo período em que o Hominídeo de Denisova – espécie
descoberta na Sibéria.
Ele pondera que mais estudos são
necessários,
pois as evidências são poucas. "De qualquer
forma, o sudeste da Ásia é claramente agora um dos lugares mais emocionantes
para se trabalhar nas origens humanas", disse Roberts à Science. Copyright © 2019
ESTUDO BRASILEIRO PODE MUDAR
TUDO O QUE SABEMOS SOBRE A EVOLUÇÃO HUMANA
Por Rafael Rodrigues da Silva |
11 de Julho de
2019 às 20h19
A história do surgimento do
homem moderno e
o início da humanidade já é algo bastante
complicado, mas cientistas brasileiros fizeram uma descoberta que pode mudar
para sempre tudo o que já sabíamos sobre ela.
Isso porque pesquisadores da
Universidade de São Paulo (USP) escavaram o vale do rio Zarqa (na Jordânia) e
encontraram centenas de ferramentas de pedra lascada, produzidas por mãos
humanas, que possuem entre 1,9 e 2,5 milhões de anos de idade.
O ―problema‖ é que, de acordo
com a teoria
vigente para o início da humanidade, é que o primeiro homo (linhagem que deu origem aos seres
humanos modernos) que deixou a África e se espalhou por outras regiões do globo
foi o Homo erectus, e essa dispersão
aconteceu entre 1,8 e 2 milhões de anos atrás. Assim, com a descoberta das
ferramentas na Jordânia, a ideia agora é que essa dispersão já havia começado
há pelo menos meio milhão de anos antes.
A nova narrativa para a evolução
humana foi
apresentada no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da
USP e, ainda que o trabalho não chegue a cravar quem foi o responsável por essa
dispersão anterior ao Homo erectus, o
pesquisador Walter Neves (professor aposentado do Instituto de Biociências da
USP e pesquisador do IEA) tem convicção de que o responsável por criar aquelas
ferramentas encontradas na Jordânia foi o Homo
habilis. Para Neves, ele é o principal e único suspeito, pois era a única
espécie que já vagava pela África há 2,5 milhões de anos.
Pedras
lascadas encontradas na Jordânia,
que provariam que o Homo habilis foi o primeiro
hominídeo a sair da África (Imagem: Cecília Bastos/USP Imagens)
Os
pesquisadores garantem que não há dúvidas
sobre a idade dos artefatos e nem do fato de eles terem
sido produzidos por ancestrais humanos, já que há evidências muito claras de
lascamento intencional. As peças encontradas são em sua maioria núcleos e
lascas de pedra, que os ancestrais mais primitivos do gênero homo usavam para quebrar objetos e
cortar peles dos animais dos quais se alimentavam. Neves ainda explica que não
foram encontrados fósseis porque a região escavada possui características que
acabam não conservando bem os ossos, mas a quantidade de ferramentas
encontradas deixa claro que diversos hominídeos viveram naquela região muito
antes do que a evolução humana considerava possível.
Um dos maiores especialistas brasileiros em
evolução humana e considerado como ―pai da Luzia‖ por
conta de seu trabalho com o fóssil mineiro que virou o símbolo do povoamento
das Américas, Neves acredita que as ferramentas encontradas foram produzidas
por uma população de Homo habilis
recém-saída da África e que se dirigia à região do Cáucaso. Isso porque é
naquela região que o Homo habilis
daria origem ao Homo erectus, uma
espécie maior e mais inteligente de hominídeo, que é considerada a precursora
do homem moderno (cientificamente conhecido como Homo sapiens).
Isso explicaria também os famosos
fósseis Dmanisi, na República da Geórgia, que possuíam uma grande variedade
morfológica e datavam de 1,8 milhões de anos atrás. Para Neves, esses fósseis
seriam um exemplo da forma transitória entre o Homo habilis e o Homo erectus,
o que explicaria porque os fósseis encontrados possuem características de
ambos.
Professor Walter Neves com as pedras
encontradas na Jordânia (Imagem: Cecília Bastos/USP
Imagens)
Os crânios de Dmanisi são o foco
de um enorme
discussão científica que tenta explicar o que eles
seriam, e muito pesquisadores chegaram até a defender que o Homo habilis e o Homo erectus não seriam espécies diferentes de hominídeos, mas
variações de uma mesma linhagem que possui diferenças anatômicas entre si, como
acontece com os chimpanzés. Neves acredita que a descoberta da Jordânia e os
resultados da pesquisa brasileira irão encerrar de vez essa discussão, pois
mostram que a variação existente nos crânios de Dmanisi é exatamente o tipo de
coisa que se espera de uma espécie transitória. Assim, o Homo erectus não teria surgido na África, mas evoluído
primeiramente na região do Cáucaso e só então migrado para a África, onde as
ossadas encontradas datam de 1,8 milhões de anos atrás.
A saída do Homo habilis da África também
ajudaria a explicar a descoberta recente de artefatos
de pedra lascada em Shangchen, no leste da China, datadas de 2,1 milhões de
anos atrás — ou seja, bem anteriores ao Homo
erectus. Neves também acredita que essas ferramentas encontradas no país
asiático foram produzidas pelo Homo
habilis, o que tornaria a espécie não apenas a primeira a sair da África,
mas também a primeira a ocupar a Eurásia.
Assim, Neves é um dos primeiros
pesquisadores
a defender que o ―grande desbravador‖ da história da
evolução humana não foi o Homo erectus,
mas sim o Homo habilis. Apesar de ser
bem menor do que o Homo erectus tanto
em estatura (1,20 m contra 1,75 m) quanto em volume cerebral (650 cm³ contra
850 cm³), o Homo habilis já era
bípede e perfeitamente capaz de andar longas distâncias — algo que os artefatos
encontrados na Jordânia e na China parecem comprovar.
Além de Neves, o trabalho também
é assinado
por outros seis pesquisadores: Fábio Parenti,
arqueólogo do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do
Paraná (UFPR), Giancarlo Scardia, da Universidade
Estadual Paulista (UNESP - Rio Claro), Astolfo Araújo, geoarqueólogo do
Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, Axel Gerdes,
do
Centro de Pesquisa de Elementos e Isótopos da
Universidade
Goethe de Frankfurt (Alemanha) e Daniel Miggins, do
Laboratório de Geocronologia Argônica da Universidade
do Estado do Oregon (Estados Unidos). O estudo foi publicado no último sábado
(6) na revista Quaterly Science Reviews.
Escavação no Vale do Zarqa, onde as
ferramentas foram encontradas pelos pesquisadores
brasileiros
(Imagem: Astolfo Araújo)
O lugar de publicação pode
parecer meio
estranho, já que normalmente estudos dessa
importância — que podem mudar toda a narrativa sobre a evolução do ser humano —
costumam ser publicados em revistas de maior impacto, como a Nature ou a
Science. Mas Neves explica que nenhuma das duas publicações quis saber do que
se tratava o estudo por conta de ter sido uma descoberta brasileira.
Neves
afirma que ainda há muito preconceito no
mundo acadêmico da paleoantropologia e que a
comunidade científica internacional não acredita que existam pesquisadores
sérios e inteligentes em qualquer outra universidade que não esteja nos Estados
Unidos ou na Europa. Assim, além das maiores publicações do mundo não terem
mostrado interesse em publicar o estudo, o pesquisador sabe que as descobertas
brasileiras serão vistas com muito ceticismo pela comunidade acadêmica
internacional, pois haverá um movimento muito forte de não aceitação das
descobertas pelo fato de elas terem sido feitas por pesquisadores brasileiros.
Mas Neves ainda conta que sempre
teve um
único objetivo em mente: não se aposentar sem antes
colocar o Brasil no ―mapa‖ dos estudos da paleoantropologia mundial. E, ao
fazer com o que provavelmente será o seu último grande projeto de pesquisa seja
algo que prove que todo mundo estava errado não apenas em seu preconceito, mas
também em sua narrativa de como se deu a evolução humana, será a versão mais
próxima que teremos no mundo acadêmico de alguém indo embora chutando a porta e
mostrando os dois dedos do meio em riste para todo mundo.
Um
estudo recente indica que pode haver um
pouco mais de neandertal no Homo sapiens moderno do que se pensava até agora. Um trabalho
coordenado por pesquisadores do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva,
de Leipzig, na Alemanha, estima que a porcentagem de DNA desse hominídeo,
extinto entre 30 mil e 40 mil anos atrás, presente nas populações humanas
atuais de origem não africana varia entre 1,8% e 2,6% (Science, 5 de outubro). As populações da Austrália e Oceania,
seguidas dos asiáticos e europeus, são as que mais apresentam material genético
de origem neandertal (ver mapa).
Dados anteriores sugeriam que a contribuição dos neandertais, espécie mais
próxima do ponto de vista evolutivo do H.
sapiens, no DNA humano flutuava entre 1,5% e 2,1%. Na Europa, as duas
espécies podem ter coexistido por alguns milhares de anos e houve cruzamentos
sexuais entre elas. A nova comparação tomou como base um sequenciamento de alta
qualidade do genoma completo de uma fêmea neandertal que viveu há cerca de 55
mil anos. Um fragmento de osso da mulher neandertal foi encontrado na caverna
Vindija, na Croácia, a partir do qual foi possível extrair uma amostra de
DNA.
Também
foram levados em conta nas análises
outros DNAs sequenciados de neandertais, de hominídeos
de Denisova (outra espécie extinta) e dos humanos modernos de diferentes partes
do globo. Segundo o estudo, há indícios no DNA dos neandertais de que eles
receberam material genético dos humanos entre 130 mil e 145 mil anos atrás.
Outro achado do trabalho foi ter encontrado nas populações atuais de seres
humanos variações de genes de origem neandertal que estão ligadas a aspectos da
saúde: níveis de colesterol e de vitamina D no plasma, distúrbios alimentares,
acúmulo de gordura visceral, artrite reumatoide, resposta a drogas
psicotrópicas e até esquizofrenia.
Dinossauros da Biométrica
Mas
para a teoria da Seleção Biométrica, os
dinossauros
e muitos dos animais dessa época, e de todas as
épocas, que desaparecerem da fase da Terra, foram
extintos pela a
Seleção
Biométrica das eras (e subdivisões), cada época produziu seus próprios
processos fisioquímicos pelos os quais se
desenvolveu
a biometricidade de cada época. Assim, como demonstra o estudo de cada era.
Vários
fatores fisioquímicos contribuíram para
as mudanças das eras geológicas (e suas subdivisões),
na Seleção
Biométrica, como densidade do ar,
temperaturas, a densidade do oxigênio, gás carbônico, termodinâmica do ambiente
e dos
corpos,
efeito estufa, reações vulcânicas, ou seja, a Seleção
Biométrica,
acopla todos os fenômenos fisioquímicos
que formam um sistema biológico. O que inclui a movimentação da Terra,
dos planetas em torno do Sol, e do Sol, em torno da Via láctea, e da Via
láctea, em torno do seu aglomerado galáctico...
Para o planeta manter nosso atual movimento de
rotação
e de translação. Várias causas agem para manter esses
dois efeitos, inclui-se, por exemplo, as rajadas
solares que chegam
a até a Terra de oito em oito
minutos. Hipoteticamente se o Sol aumentasse sua intensidade para, 7 em 7
minutos, 6 em 6
minutos,
5 em 5 minutos... Aumentaria gradativamente a
incidência de calor sobre o planeta, o ciclo da água,
entraria em
colapso, o núcleo da Terra
aumentaria muito sua temperatura, que prejudicaria a térmica em suas placas
tectônicas. E afetaria o campo magnético da Terra, e seus movimentos de rotação
e translação seriam transformados em outras mediadas (E aumentando esses
fenômenos, ela até sairia de orbita do sistema solar).
E
nesse novo clima haveria uma nova ‗Seleção
biométrica‘,
‗extinguindo‘ os animais de sangue quente, os
mamíferos,
principalmente aqueles que dependem de muita
gordura,
como os ursos polares. Assim, como a ‗Seleção
biométrica‘, no passado, eliminou
os animais de grandes portes e de sangue frio: os dinossauros (as plantas
gigantes...), o novo
clima já não lhes era mais favorável, era chegada a
hora para os
mamíferos, e neste exemplo acima,
os mamíferos é que seriam convidados a se retirarem do ‗baile da vida‘. A
Seleção Biométrica (tanto como Conservação, como extinção), é derivada da
Teoria X.
Os
dinossauros foram extintos pela seleção
biométrica
das eras: viviam numa era em que fauna e flora,
clima... eram propicias aos animais, plantas...
biometricamente
maiores, principalmente os terrestres (e hoje ocorre
o inverso), a
atmosfera não possuía totalmente
a formação gasosa... da atual. À medida que a atmosfera transformava-se, fauna,
flora...
Modificavam-se, os dinossauros não se adaptaram, ou
não tiveram tempo para estes novos processos foram extintos.
Um dos processos biométricos que
exterminou os dinossauros (ou outras espécies) pode
ter origem na sexualidade, advinda de uma causa térmica, fazendo com se
reproduzissem mais machos do que femeas... de ter demorado milhares de anos com
todos esses fatores... assim como a termodinâmica pode ter afetado a reprodução
de varias espécies da época, e como a termodinâmica atua hoje, na
natureza.
E nesse percurso os mamíferos
cada vez mais se
desenvolviam na densa mata, até chegar a hora deles
dominarem o planeta.
Mamíferos
eram notívagos até extinção dos
dinossauros,
diz estudo.
Quando coexistiam com
dinossauros, mamíferos
teriam preferido viver escondidos durante o dia para
não se tornarem presa fácil. Cientistas recorreram a árvores genealógicas para
sustentar teoria.
Somente
após a extinção dos dinossauros, há
cerca de
65 milhões de anos, é que surgiram os primeiros mamíferos de hábitos diurnos,
aponta um estudo publicado nesta segunda-feira (06/11) na revista científica Nature Ecology & Evolution.
"Nós
nos baseamos no tempo ativo de
mamíferos
vivos para reconstruir as fases ativas dos protomamíferos", afirma Roi
Maor, ecologista da Universidade de Tel Aviv e coautor do estudo, feito em
parceria com a University College London.
"Os
primeiros mamíferos começaram a ter
hábitos
diurnos exatamente após o desaparecimento dos dinossauros", prosseguiu.
Antes disso, os mamíferos preferiam viver escondidos durante o dia por medo de
se tornarem presas fáceis para os dinossauros, apontam os pesquisadores.
Os pesquisadores classificaram membros de 2.415 espécies
vivas entre diurnos, noturnos ou ambos. Foram utilizados dados de elefantes,
cangurus e até morcegos, sendo que esses últimos são notívagos ainda hoje.
"Tentamos cobrir toda a diversidade de mamíferos", disse Maor.
Com a
ajuda de duas árvores genealógicas, os
pesquisadores
tentaram determinar como os diferentes antepassados se comportavam – se eram
ativos durante o dia ou a noite ou ambos.
Viagem
de 150 milhões de anos
"Voltamos
mais de 150 milhões de anos para
trás",
disse Maor. "Observamos um padrão muito claro: o de que todos os mamíferos
que viveram durante a era dos dinossauros eram noturnos."
Naquela
época, teriam vivido sobretudo animais
do
tamanho de ratos, que comiam insetos e tinham hábitos noturnos. Acredita-se, no
entanto, que também havia espécies do tamanho de cães.
Um dos
primeiros animais a se tornar diurno foi,
segundo
Maor, o antepassado do macaco. Já os antepassados dos chamados ungulados
(mamíferos de casco), como a vaca ou o camelo, seriam ativos durante o dia e a
noite.
Até
agora, os cientistas tentavam tirar
conclusões
sobre hábitos noturnos ou diurnos das espécies a partir das características
físicas dos fósseis. Porém, isso é possível sobretudo em tecidos moles, como na
retina, por exemplo, algo que geralmente não é preservado em fósseis. É sabido
que os macacos de hoje veem cores que são úteis principalmente durante o dia.
Irina Ruf,
chefe da seção de mamíferos do Instituto de Pesquisas Senckenberg, em
Frankfurt, elogiou o novo método científico.
"Os
autores tentaram confirmar a hipótese com
um
método completamente novo", disse. "Trata-se de uma boa publicação
que confirma de forma muito plausível o que se supunha."
Ela
criticou, no entanto, o fato de os cientistas
terem
ignorado a hipótese alternativa baseada em achados fósseis. "Estes modelos
se baseiam apenas em espécies de mamíferos vivos nos dias de hoje; nenhum
fóssil foi levado em consideração", disse Ruf.
Achados
fósseis sugerem que os grandes grupos
de
mamíferos vivos atualmente não têm antepassados mamíferos com mais de 65
milhões de anos. Além disso, segundo tal hipótese, os mamíferos teriam evoluído
de maneira incrivelmente rápida, e 65 milhões de anos de evolução seriam curtos
demais para a diversidade de mamíferos, aponta Maor. "Eu acho que isso é
extremamente improvável."
Apesar
de comemorarem os primeiros
resultados,
os pesquisadores observam que o estudo ainda necessita de árvores genealógicas
mais precisas. "É muito difícil provar a teoria, mas nossos resultados a
reforçam", disse Maor. IP/dpa
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